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Vem aí a festa dos Tabuleiros, evento que traz a Tomar milhares de visitantes. Apesar do esforço da câmara, das juntas de freguesia e de alguns privados em limpar e melhorar o aspeto da cidade, ainda há algumas “nódoas” que persistem e que dão uma má imagem de Tomar a quem nos visita.
Publicamos apenas três exemplos: o muro de uma habitação na rua Silva Magalhães em frente ao café Tropical, outro muro na rua Pé da Costa de Baixo e ainda outro numa das ruas que dá para o largo do Quental e que pertence à Casa dos Tetos onde funciona a Escola Profissional. Neste caso, a câmara arranjou e pintou a parte do muro que dá para a rua Pé da Costa de Baixo mas “esqueceu-se” da outra parte, menos visível para quem passa.
Pois! É como no tempo da monarquia. Alinda-se a urbe para suas magestades se deslumbrarem. Os servidores da grande Catarina, a csarina russa, até aperfeiçoaram a coisa. Mandavam colocar grandes placas em cartão com belas habitações e campos, tudo pintado, de ambos os lados do trajeto de sua real magestade.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades por esse mundo fora. Consta que proprietários agrícolas italianos também têm o hábito de pintar árvores e animais no solo das suas propriedades,mas neste caso tendo em vista os subsídios da União europeia, que são atribuídos em função da quantidade, sendo esta controlada por fotografias aéreas…
Sobre os muros nabantinos por pintar, duas curtas considerações. A primeira, que se refere ao muro da Escola Profissional, é que se nem a Câmara cumpre, não se pode esperar que os privados…
A segunda, para referir que a nossa excelente autarquia, mesmo quando pretende facilitar só complica. No caso em apreço, deliberou isentar de custas as pinturas e arranjos exteriores de imóveis. Excelente iniciativa, não fora a circunstância de exigir na mesma a respetiva licença …gratuita. Pergunta-se: Para quê, se apenas dá despesa? Obviamente apenas para sacanear o cidadão, que tem mais que fazer do que andar a requerer, aguardar, solicitar, ir levantar, apresentar…
Pequenas coisas que custam meia dúzia de tostões e que fazem a diferença! A câmara deve ter orçamento para comprar um balde de tinta e se não tiver mão de obra certamente que aparecem voluntários para fazer o serviço, para que a nossa festa seja um sucesso. Eu estou disponível!
A segunda fotografia está ultrapassada. Uma parte do muro, do lado esquerdo de quem sobe a escada, situada ao cimo da rua Aurora Macedo, já foi pintada.
Agora falta só a outra metade. Haja esperança. Ou talvez só para a próxima edição da festa, em 2023?