O homem de 63 anos que, a 28 de julho do ano passado, matou a sua mulher de 34 anos, com tiros de caçadeira, no Pego, Abrantes, vai ser julgado no tribunal de Santarém acusado dos crimes de homicídio qualificado, violência doméstica agravado e detenção de arma proibida.
Esta semana o Ministério Público emitiu uma nota na qual dá conta da acusação.
A vítima, Aimone dos Santos, natural da Guiné-Bissau e mãe de dois filhos menores, foi assassinada a sangue frio pelo marido que não aceitava o divórcio e não gostava que a mulher fosse guarda-redes da equipa de futebol feminino da Casa do Povo do Pego.
Segundo a nota divulgada pela Procuradoria da República da Comarca de Santarém, o arguido, atualmente em prisão preventiva, e a vítima eram casados e tinham dois filhos, com 11 e 9 anos. Fixaram residência no concelho de Abrantes em agosto de 2021, mas, a partir do mês seguinte, “o relacionamento pautou-se por episódios de violência, com agressões físicas e verbais, e ameaças à vida e integridade física da vítima”.
Segundo o MP, a 8 de julho de 2024, o arguido abandonou a residência do casal e, no dia 28 de julho de 2024, regressou à zona, munido de uma espingarda caçadeira e aguardou que a vítima saísse de casa. “Ao visualizar a vítima no exterior da habitação, empunhou a espingarda caçadeira na sua direção e efetuou um primeiro disparo, atingindo-a no abdómen”, acrescentou.
Apesar de ferida, a vítima pôs-se em fuga, mas acabou intercetada pelo arguido que, na presença dos filhos de ambos, a atingiu com mais dois disparos.
A vítima sofreu lesões no abdómen, tórax, cabeça/face e membros superiores e inferiores, tendo ainda sido transportada ao hospital onde veio a falecer em consequência dos ferimentos sofridos.
Comunicado do Ministério Público
Mais um “sueco”…porque generalizar e dizer que os portugueses do bem não são líderes na violência doméstica é uma inverdade…