
São cada vez maiores as restrições para os cerca de 250 estudantes alojados na residência no campus do Instituto Politécnico de Tomar.
Uma das últimas decisões dos Serviços de Ação Social do IPT está a gerar forte contestação por parte dos estudantes.
Desde 19 de setembro as cozinhas da residência passaram a estar fechadas da meia noite às 7h30, segundo o aviso afixado à entrada da residência e assinado por José Júlio Filipe administrador dos Serviços de Ação Social (SAS) do Politécnico.
Com esta medida os estudantes, durante a noite, além de não poderem usar a cozinha, não têm acesso aos seus produtos guardados no frigorífico.
As queixas dos estudantes não ficam por aqui. Lamentam a falta de condições e as restrições consideradas “excessivas”. Por exemplo os alunos não podem usar aquecedores próprios, os da residência só funcionam quando o SAS entende. No início deste ano e em pleno inverno não houve água quente durante dois meses. Outra restrição é que é proibida a entrada a convidados ou familiares na residência.
“Numa fase de falta de estudantes nas universidades, a alternativa mais barata à habitação ainda tem restrições excessivas, e isso faz com que ainda haja menos jovens interessados em ingressar no ensino superior”, lamenta um aluno.
A residência de estudantes no Campus do IPT está dividida em dois polos, um masculino e outro feminino com capacidade para cerca de 250 alunos.
Para terem acesso ao alojamento os estudantes têm de apresentar uma candidatura tendo prioridade os alunos que recebem bolsa de estudo e que se encontrem deslocados das suas residências.
As condições de acesso e utilização das residências constam de Regulamento aprovado pelo Conselho de Ação Social do IPT.
Os utilizadores das residências pagam uma mensalidade fixada anualmente pelos SAS-IPT, atualmente no valor de 89,12 € para os alunos bolseiros e de 140€ para os alunos não bolseiros, passando a 91,44 € para bolseiros e 143 € para não bolseiros a partir de 1 de outubro.
Segundo o SAS, “nas residências, estão ao dispor dos estudantes, cozinhas (para pequenas refeições), sala de convívio, internet wireless e serviço de lavandaria”.
Está prevista a eleição anual de uma comissão de residentes “para ajudar e esclarecer os residentes nas mais variadas situações e para assegurar uma ligação permanente com os serviços dos SAS-IPT”.
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Podem sempre mudar de escola, por exemplo.
O IPT pode bem sem os queixosos, suponho.