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Eleições Autárquicas em Tomar: A vida nem sempre nos dá o que merecemos

Opinião de José Soares

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Com o aproximar de mais uma eleição autárquica, os partidos dão sinal de existirem, apesar de ao longo de cada quatro anos se deixarem hibernar, principalmente quando os seus atores primam pela incompetência e, quantas vezes, pela soberba da mesma.

Agora que começaram a chover as frases dos candidatos nos cartazes, até parece que estamos num mundo da irrealidade.

 

Vem este artigo a propósito de um slogan que em nada se assemelha com a realidade:

No cartaz “A FORÇA DE QUEM FAZ”

Deve ler-se:

“A FRAQUEZA DA INCOMPETÊNCIA”

O povo sabe ver com olhos de ver, sempre que não se deixa adormecer, quem faz e quem diz apenas que faz, mesmo sabendo que nada ou pouco fez ao longo de um, dois e três mandatos, agora é que vamos fazer! Dizem…

O povo, aquele que se empenha no seu destino, sabe muito bem quem se apresenta com lastro, com histórico de vida, com sonho, com ideias, com planos e projetos realizáveis.

O povo também sabe quem não tem sonhos, quem não tem ideias, quem não tem projetos e apenas se limita a dizer que faz.

TOMAR, a nossa cidade; TOMAR, o nosso concelho foi, há muitos anos atrás, uma referência a nível nacional. TOMAR era a cidade com que os demais cidadãos de municípios próximos e de menos próximos sonhavam para si e para os seus filhos.

TOMAR é uma cidade de média dimensão que continua a estar no imaginário de muitos, apesar das políticas erráticas que os vários poderes autárquicos lhe têm imposto.

 

TOMAR, comparado com outras cidades, é uma cidade adiada que vive para turista ver a obra que nos foi legada pelos antepassados e obreiros da cidade Templária que somos e que, hoje, nos limitamos a festejar com pequenos, muito pequenos eventos de lana caprina.

 

OH…TOMAR, QUE É FEITO DOS TEUS JOVENS COM FORMAÇÃO DE EXCELÊNCIA?

Quantos jovens tomarenses com formação de excelência já partiram de Tomar e, ao que parece, não estão interessados em voltar enquanto a pasmaceira e a incompetência reinar neste cidade que certamente amam, e da qual têm saudades.

É uma evidência triste e chorosa que uma cidade e concelho que outrora eram referência, a vários níveis, se tenham deixado claudicar pelas mãos de “miúdos” sem lastro nem glória.

A beleza da cidade de Tomar só o é porque a herdamos. Se ela estivesse dependente dos autarcas recentes e atuais, então a tristeza era, com toda a certeza, incomensurável.

Nós, cidadãos, temos o direito e o dever do exercício de cidadania.

Sempre que não exercemos esse direito estamos a dar o poder de decisão a outros. Assim sendo, não temos o direito de nos queixarmos quando as coisas correm mal.

Palavras sábias do Dr. Jorge Sampaio, referência democrata e ex-Presidente da República

Aos tomarenses recomenda-se a leitura do Poema de José Régio, cuja atualidade é um farol e uma bússola para as próximas eleições autárquicas.

A EDUCAÇÃO E A CULTURA são duas áreas do conhecimento absolutamente essenciais na formação e desenvolvimento de qualquer cidade que se preze.

Se olharmos à nossa volta, para o mundo em que nos movemos, vemos com muita clareza quais as cidades, quais os países e quais as comunidade mais cultas e mais bem preparadas para ver o mundo como ele é e como gostariam que ele fosse.

 

Uma comunidade de cidadãos cultos e com muita sabedoria é uma comunidade que enaltece e tem orgulho do meio onde nasceu e onde tem as suas raízes.

Em TOMAR há uma enorme confusão na dimensão e na importância da Cultura, daquela que nos apresenta os átomos estruturantes do conhecimento que a humanidade abraçou ao longo da sua caminhada.

É urgente ler e estudar a obra de LEONARDO para entendermos o que é Conhecimento e Cultura.

É urgente distinguir os eventos de FESTA com as ações de CULTURA, sob pena de estarmos em permanente divórcio com o que de melhor se faz noutros cantos do mundo.

Termino este meu grito com um excerto do Poema de José Régio:

…/…

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!

Ninguém me peça definições!

Ninguém me diga “vem por aqui”!

A minha vida é um vendaval que se soltou.

É uma onda que se levantou.

É um átomo a mais que se animou…

Não sei para onde vou,

Não sei para onde vou

– Sei que não vou por aí!

VIVA TOMAR! VIVA PORTUGAL!

José Soares

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2 comentários

  1. alguém com lucidez…..muito mais havia para dizer a cerca dos garotos da praça da república á sombra do que se passa em Lisboa deixaram entrar essa gente de outras paragens e seus negócios como se isso fizesse falta em Tomar………..parabéns Sr. José Soares…..espero que nas próximas eleições os tomarenses tenham esta lucidez e não se deixem vender ….

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  2. A incapacidade de toda esta gente em conceberem um destino e um rumo para Tomar, é o que mais dói.
    Gente impreparada,. gente da geração “J”. Só sabem fazer o necessário para ganhar a próxima eleição, seja à base de frango assado, seja a base de festas.
    O futuro, escapa.

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