
Digam o que disserem, escrevam o que escreverem os avençados concelhios, o recente resultado do CHEGA causou um sério cagaço aos políticos instalados. Todos. Com destaque para a maioria PS. Trapalhona, porque se engana e comete erros, como toda a gente. Casmurra, porque teima em não admitir que erra, insistindo em culpar os outros. Assim uma forma de obstinação doentia.
Tudo devidamente ponderado, vê-se que o grande perigo não virá propriamente do partido de Ventura, que ninguém imagina a tomar o poder a partir das autarquias, mas dos citados instalados relapsos e contumazes, que com os seus erros vão levando, não a carta a Garcia, mas os votos a Ventura.
De onde vieram afinal esses votos, nas recentes presidenciais? Segundo David Dinis, no Expresso online de 06/02/21, esses sufrágios “vieram de zonas despovoadas, com mais idosos, com estrangeiros residentes e alunos com mais dificuldade em acabar o ensino básico.”
Nesta fotografia, onde está Tomar? Somos o município que perdeu mais eleitores no período 2013/2020, quando comparado com Ourém ou Torres Novas. Há 2,93% de estrangeiros no concelho. As escolas locais aparecem quase sempre para lá do centésimo lugar nas tabelas classificativas nacionais. Temos um índice de envelhecimento de 255%, só ultrapassado no Médio Tejo por Mação (5.899 eleitores), Sardoal (3.203 eleitores), Sertã (13.316 eleitores) e Vila de Rei (2.727 eleitores). Tudo concelhos com muito menos de metade da população de Tomar, nos quais Ventura alcançou mais de 12% e Ana Gomes nunca ultrapassou os 9%, enquanto o BE só alcançou mais de 4% no Sardoal. Pior só mesmo o PCP, com menos de 3%, excepto no Sardoal, onde conseguiu 4,50%.
Meditando neste quadro tão sombrio, surge a alternativa dolorosa: Ou a esquerda nabantina e o PSD, com destaque para a maioria PS, resolvem deixar-se de teimosias, admitem que cometeram e cometem erros, e decidem enfim equipar-se com programas sólidos para o futuro, qualquer que venha a ser o resultado; ou o CHEGA pode vir a conquistar um resultado surpreendente para todos. Até mesmo para os seus apaniguados.
Aqui fica o aviso, a oito meses do desafio inevitável. Quando ainda estão a tempo de combater o desastre. Para eles, claro, que uma eventual vitória do CHEGA no concelho, até poderia vir a ser uma grande oportunidade para todos. A de acertar finalmente o passo com a História.
Tomar, concelho socialista, ou social-democrata? Sempre me pareceu ser um daqueles casos em que o rótulo não condiz com o conteúdo.
António Rebelo
Caro António Rebelo,
Vejo que nem o calor o impede de ir acompanhando o “pântano” nabantino…
Seguramente com a sua experiência já não acredita no Pai Natal e acho que aquela história do escorpião e do sapo que o acabou por ajudar a atravessar o riacho acabando por morrer ao ser picado a meio da travessia, se pode aplicar aos nossos políticos de meia tigela tomarenses.
Acha que algum deles que anda nisto há anos e já teve mais do que tempo para mostrar algo de positivo, agora ia mudar???
Essa mesma cambada legislou de modo a tornar impossível as antigas listas de independentes que normalmente eram os preteridos dos partidos com tiques de caciques locais.
Por isso só com uma lista e programa apresentado por um partido político se pode TENTAR desalojar esta corja.
Por isso qualquer coligação com os atuais políticos por demais conhecidos ou listas com ex-membros destes partidos está votada ao insucesso!!
A esquerda toda junta e até incluindo o PSD, simplesmente não sabem o que fazer, o que é pior do que errar. Falta de capacidade de gerenciamento. Não têm projetos de futuro nem de desenvolvimento. Governam á base de utopias, criam a pobreza que sustenta a politica deles. O PS então, tem uma estratégia de perpetuação no poder, quase ditatorial, que é controlar o voto seguro do funcionalismo publico. Funcionários esses, que com medo de perderem os empregos (e alguns tachos e panelas de sopa) votam sempre nos mesmos já há muito anos. Inflacionam a máquina do estado, estranguladora da criatividade empresarial, criando uma economia semi-estatal sem o necessário apoio á livre iniciativa dos privados. É a perpetuação da tal máquina de estado burocrática, e que pouco contribui para a riqueza do país, e paga com os impostos selvagens de quem produz alguma coisa. Em matéria de impostos, “Bom pastor é aquele que tosquia as ovelhas, não o que lhes arranca a pele” Tibério (séc I. a.C.)
Cego não é quem nâo vê, é quem não quer ver…
Praticamente todos os concelhos mais povoados pelos subsidiodependentes (trabalhadores do gamanço), os resultados de André Ventura só foram suplantados pelo anterior e actual Presidente da República.
No nosso distrito os casos de Tomar, Entroncamento, V.N. Barquinha, Golegã, Ourém, Abrantes, Almeirim, Benavente, Coruche etc etc, são o exemplo flagrante da saturação dos contribuintes em relação aos personagens de etnia cigana.
A votação no André Ventura é uma forma de protesto que na minha opinião tem tendência a aumentar nas próximas eleições legislativas.
Os contribuintes que cumprem com a lei e pagam impostos, são tratados como marginais pelo nosso estado e os verdadeiros marginais são subsidiados. A revolta dos cidadãos de bem é latente.
Subsidios para quem não paga ou alguma vez pagou impostos não tem nada de justificável, é antes um incentivo à preguiça e parasitismo.
Só cerca de 30 % dos votos em André Ventura, são de facto votos de direita ou extrema direita, os restantes são uma forma de gritar bem alto, BASTA!!! Quero dizer, CHEGA!!!.
Os politicos do arco da governação que continuem a assobiar para o lado e não tomem medidas corajosas em relação a estes sugadores dos dinheiros públicos, que vergonha!.
Então vamos imaginar as propostas do Chega:
Mandar os Ciganos todos de volta para as barracas.
Acabar com os subsidios a todas as colectividades, principalmente as que dão apoio social ou estão ligadas à cultura.
Despedir metade dos funcionarios da Câmara e por a outra metade a limpar as valetas.
Enfim… Antes as propostas fraquinhas dos partidos moderados!
Caro Jorge,
O problema de Portugal vai muito para lá dos ciganos, ou dos subsidío dependentes. A nossa República está podre. Ainda agora vi nas noticías, penso que foi na CMTV, que um jagunço foi libertado da prisão em Portugal, estava preso porque matou a companheira no Reino Unido, atingiu os 5/6 da pena e foi libertado automaticamente, por lei, e foi matar uma jovem de 26 anos na Holanda, por esta o rejeitar. Se ele tiver sido condenado a 25 anos no primeiro homicídio, o que é raro, ao fim de 20 anos foi posto em liberdade condicional. E segundo vi a meio da pena já pode gozar saídas precárias. É uma vergonha. Veja o caso do Pedro Dias que matou 3 e um escapou por milagre, apanhou 25 anos!!!! Ao final de 20 está fora!!!! É vergonhoso. E o Sócrates já anda na justiça desde 2014 e ainda não começou o julgamento. E o Salgado!!!! Já não são só os ciganos, o CHEGA quer a quarta república e eu acho que faz bem, esta já cheira muito mal!!!!
Este seu comentário peca de dois modos. Por um lado, atribui ao Chega propostas caricaturais, pois por exemplo no caso dos ciganos, entre a solução engendrada pela Câmara de lhes fornecer alojamento num bairro isolado, e o retorno às barracas, há varias outras, que você não considerou.
Por outro lado, as “propostas fraquinhas” dos partidos moderados não passam afinal de conversa da treta. É agora evidente que não têm quaisquer ideias fecundas para o futuro de Tomar. Impõe-se portanto a pergunta: Propostas fraquinhas dos partidos moderados? Que propostas? De que partidos?
Não me diga que o PS, por exemplo que instalou em Tomar uma economia em circuito fechado, na qual protege apenas os funcionários públicos e as coletividades, que são os seus eleitores, é um partido moderado.
Estou farto de ser tosquiado à máquina zero. E agora ainda vem mais uma taxa do lixo.