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Condicionamentos na obra da av. Nuno Álvares Pereira continuam

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Para evitarem conflitos com a comunidade cigana, os trabalhadores das obras na av. Nuno Álvares Pereira em Tomar só iniciam os trabalhos mais barulhentos por volta das 10 horas.

Isto mesmo pode constatar-se no local e falando com comerciantes e moradores. Nesta terça feira, dia 23, os trabalhadores começaram a operar com as máquinas às 9 horas e houve de imediato protestos de elementos da comunidade cigana por causa do barulho. Dizem que “ficou combinado” entre as partes só começarem às 10 horas.

Nesta quarta feira, às 9 horas estavam apenas dois trabalhadores no troço em obras, junto ao acampamento do Flecheiro. Dedicavam-se a fazer trabalhos braçais para evitar barulho.

Eram 9.30 horas, o silêncio imperava (ver vídeo). No acampamento não se via qualquer movimento. A empresa Vedap descarregava uma estrutura sanitária amovível.

Eram 9.34 horas quando uma máquina pequena começa a circular dirigindo-se para a zona sul, perto da rotunda, onde começa a desbastar mato e arbustos.

Uma máquina de maiores dimensões chega ao local às 9.45 horas e pouco depois começam os trabalhos de remoção do pavimento.

“Isto só visto, fazem o que querem”, comenta um morador indignado com a situação.

Ao lado, um comerciante lamenta o prejuízo que está a sentir no negócio e mostra-se preocupado com o arrastar da obra. “Em duas semanas só tiraram o pavimento”, refere. Prevê que alguns estabelecimentos da rua fechem portas definitivamente devido ao impacto que a obra tem no movimento de clientes.

Morador e comerciante criticam a câmara por não haver qualquer informação sobre a obra. “A gente não sabe de nada. Podiam enviar informação para casa das pessoas e para as lojas, colar aí editais nas portas, mas nada”.

O mínimo que qualquer câmara deve fazer nestes casos é informar os cidadãos, explicar de que obra se trata, quais os seus benefícios, os prazos previstos e apelar para a compreensão pelos transtornos causados.

Além da falta de informação e sensibilização aos moradores e comerciantes, junta-se a falta de documentação obrigatória no local.

Segundo o contrato assinado entre a presidente da câmara e a empresa Carlos Gil (ver documento em baixo) e de acordo com a lei, o empreiteiro “deve afixar no local dos trabalhos, de forma visível, a identificação da obra, do dono da obra e do empreiteiro, com menção do respetivo alvará”.¨

Além disso, nos estaleiros da obra (junto ao semáforos da Aral) “devem igualmente estar patentes os elementos do projeto” e “o horário de trabalho em vigor”.

Nada disto está a ser cumprido e a obra já começou há duas semanas.


https://issuu.com/tomarnarede/docs/706783

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