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Cedência da escola Infante D. Henrique: onde estão as mentiras?

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A publicação da notícia da cedência da escola básica Infante D. Henrique à empresa RUN & SLIDE, gerou celeuma na presidente da câmara e na vereadora Filipa Fernandes, autarcas que tentaram negar a notícia e descredibilizar o “Tomar na Rede”.

Importa primeiro referir que a notícia saiu no dia 19, três dias antes da reunião de câmara onde o assunto foi abordado. Não tivemos acesso ao protocolo entre a câmara e a empresa (que, apesar de ter sido aprovado, continua a não ser divulgado) e baseámo-nos apenas no texto da ordem de trabalhos e no histórico da escola.

Nesse documento, no ponto 8, está escrito:

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Excerto da ordem de trabalhos da reunião de câmara de 22 de junho

E aqui começam as contradições da câmara:

Na Assembleia Municipal (dia 19) a presidente da câmara disse que a cedência era apenas de uma sala da escola.

Na ordem de trabalhos da reunião de câmara o ponto n.º 8 refere-se a “CEDÊNCIA TEMPORÁRIA DO EDIFÍCIO DA EB1 INFANTE D. HENRIQUE”

Na reunião de câmara (dia 22) já se falou da cedência de um bloco da escola.

Em que é que ficamos? É apenas uma sala? Um bloco? Ou a escola toda?

Mas, comecemos pelo princípio. É ou não verdade que a câmara vai ceder a escola, ou pelo menos parte dela, à empresa? É. Foi isso que publicámos em título. Poderia ser cedida a uma associação ou a uma IPSS, mas foi a uma empresa.

Quanto à utilização das instalações, está escrito no corpo da notícia que será para realização de campos de férias e apenas no verão. Não entendemos onde está a mentira.

Mas, ao contrário do que diz a presidente da câmara e a vereadora Filipa, a empresa não se está a instalar agora em Tomar. Desde março de 2019 que já tem instalações na rua Infantaria 15, conforme demos notícia na altura.

Em lado algum se diz que a escola fechou com o propósito de ser cedida a uma empresa. A escola fechou, é verdade, vai ser cedida a uma empresa, é verdade, mas é mera coincidência a simultaneidade dos dois factos.

E os factos são sagrados, as extrapolações são o que cada um quiser.

Sabemos que o ideal para quem está no poder é que os órgãos de comunicação social publiquem só aquilo que a câmara envia “ipsis verbis”. A tentação do controlo da informação está sempre presente.

“Tomar na Rede” há-se continuar a ser um espaço de informação livre, sem amarras, não controlado nem subsidiado pelo poder autárquico. Não admira por isso que sejamos alvo de ataques e boicotes sistemáticos, além de tentativas de descredibilização por parte de quem está no poder. A verdade por vezes dói, mas alguém tem que a revelar.

As mais de 10 mil pessoas que diariamente lêem o “Tomar na Rede” levam-nos a prosseguir esta missão de informar.

 

Nota: Já solicitámos à câmara o envio do protocolo assinado com a empresa. Aguardamos a resposta.

Câmara cede escola Infante D. Henrique a empresa

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5 comentários

  1. Mas se esta página se apresenta como comunicação social, coisa da qual tenho dúvidas, mas avancemos, não devia confirmar as notícias antes de as publicar? É que a mensagem transmitida, semânticas à parte, era muito enganadora, afinal, ao que parece é apenas o empréstimo temporário dumas salas.

    1. Cá para mim você você também pasta na mesma manjedoura da presidente ou então é tapadinho!
      Mas qual é a parte da notícia que você não percebeu?!
      Se o executivo camarário é perito na “não transparência” e não pública os protocolos como é que o tomarnarede poderia confirmar a 100% a situação? O dever de comunicação social está cumprido e corretamente pois confirma-se a cedência da escola ou de uma parte e perante o “quero, posso e mando” do executivo, ainda bem que há quem levante as lebres…

    2. Você perdeu os óculos? Não sabe ler? Não lhe convém? É afinal Tomarense pouco esclarecido? Também come da gamela municipal? Tudo isso e mais alguma coisa?
      O extrato da convocatória da reunião do executivo, acima publicado na notícia, não deixa dúvidas, LOGO NO CABEÇALHO: CEDÊNCIA TEMPORÁRIA DO EDIFICIO DA ESCOLA EB 1 INFANTE D. HENRIQUE…”
      Onde é que você foi ler “empréstimo temporário dumas salas”?
      Tanta irritação leva até a supor que haverá se calhar outros interesses, ligados à cedência da escola…

  2. É o mundo às avessas. Uma galinha e uma franga a levantarem a crista para um galo. (Não é machismo. Apenas um ponto de vista de quem está fora da contenda.) A galinha ainda se compreende, habituada e legalmente habilitada que está a comportar-se como galo chefe absoluto da capoeira nabantina. Agora a franga não se entende de todo. Tanto mais que, mostrando a escrita o que vai na cabeça de quem escreve, o seu comentário no Facebook denuncia aquilo que ela decerto gostaria de manter escondido -a sua manifesta limitação para altos voos.
    Perguntarão os leitores nabantinos, cuja perspicácia e literacia são legendárias: Mas onde é que está o mundo às avessas ?
    Responde quem escreve estas linhas: Num país dito democrático, parece-lhe normal que sejam os autarcas a criticar jornalistas, ou estes a criticar os autarcas? Os eleitores a criticar os eleitos, ou estes a condenarem os eleitores?
    Segundo o popular ditado “De médico e de louco, todos temos um pouco.” Mas tanto é um exagero, a mostrar que algo vai mal no galinheiro tomarense.

  3. Que tristeza…esconder informação, desmentir fatos, negar evidencias, deturpar ordem de trabalhos…que necessidade têm os (as) responsaveis da Camara em armar estes numeros, que nem classificação merecem?
    Embirração?
    Receio, de quê?
    Ou é apenas falta de…?
    Ou será excesso de…?

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