
Há um ano atrás, incitámos a Presidente da Câmara de Tomar a fazer mais e melhor do que tinha sido feito até então.
E a razão desse incitamento era simples: o saldo dos mandatos desta administração socialista ao longo da ultima década era alarmante. Foi o desaparecimento de Tomar, de 36/ habitantes /mês, durante esses dez anos.
Mas a presidente Anabela Freitas e a sua equipa só quiseram fazer mais do mesmo.
Continuaram a esquecer que o que conta é o legado que deixam, e não as vitórias eleitorais que possam celebrar.
Ao longo dos últimos anos não tiveram capacidade de fazer uma pausa para pensar que Cidade e que Concelho querem deixar às próximas gerações.
Não foram, nem são, capazes de resolver a falta de competitividade de Tomar.
E essa competitividade é determinante do crescimento económico, e do bem estar real da população.
Só com ela é possível dar Segurança real às gerações mais velhas, e criar Esperança e construir Futuro às gerações mais novas.
Mas a Presidente da Câmara prefere talvez concentrar as suas energias noutras paragens, e por certo na realização de festas, de arraiais, e de eventos.
Muitos eventos, muitas festas.
Este, é um problema de Tomar.
A administração socialista da Câmara procura refugio em superioridade moral que gosta de exibir, mas que não basta para se esquivar aos infortúnios, frequentes, do seu desempenho.
Dos seus argumentos consta que, o que não foi feito nos últimos 10 anos, será feito a seguir. E se não foi feito, foi porque as administrações do PSD, antes, não fizeram.
Ou então, dos seus infortúnios guarda prudente e envergonhado silêncio.
A Presidente ensaiou mais recentemente resolver o problema da competitividade.
Numa declaração de intenções que nos dirigiu, fez apelo, com pompa, a uma certa política de habitação.
Queria resolver a partir dela todos os problemas do concelho de Tomar, como afirmou na Assembleia Municipal.
Mas nada se sabe da execução dessa suposta politica, porque a Presidência da Câmara não tem capacidade para responder às perguntas, concretas, que lhe dirigimos a esse propósito.
Ou não tem capacidade, ou não quer.
Agora, quer “afirmar Tomar como um polo de produção de hidrogénio verde para promover o desenvolvimento sustentável do Concelho… e anuncia que o território vai receber fundos para a criação de um cluster de produção de hidrogénio…
Confirma assim que é especialista em anunciar medidas, que depois são pouco ou coisa nenhuma.
- Queriam criar ninhos de empresas, queriam criar novas zonas industriais (ou parques empresariais, com pompa)
- Queriam criar emprego com atração de investimentos.
- Queriam… muito, e muita coisa. Desde investimento israelita a investimento chinês…
- Queriam criar uma Cidade inteligente…
Estenderam a mão a fundos europeus, inventaram umas vezes, libertaram a imaginação, outras.
Por fim, a quase hipocrisia do “reforço do tecido associativo”.
- Já agora, por que medidas e orçamentos passa esse reforço, para lá da generosa distribuição anual de subsídios?
Não têm responsabilidade em nada.
Mas encontram culpados em Organismos do Estado (que chumbam as candidaturas, ou retiram competências…) e na Oposição, que não fez, não faz, e atrapalha.
Sejam os outros e as suas (in)competências, seja lá quem for, e o que for, não esquecendo é claro o PSD há 10 anos atrás, há sempre culpados.
E é assim que a Presidente se transcende, inaugura, discursa e improvisa, e tudo e mais qualquer coisa serve para desviar culpa e distrair atenção.
Os sinais de declínio, que já eram visíveis, estão a ser ampliados por esta maioria que se diz socialista. Produtora de Festas, também é, dizemos nós.
Esse declínio, da Cidade e do Concelho, aguarda-nos ao virar de cada esquina.
A Presidente elogia o emprego que seja criado pelas empresas, mas ninguém sabe o que faz de válido, e de concreto, para as atrair.
Nem se vê o Emprego que tem sido criado.
A Senhora Presidente, apesar de ser inquirida sobre o assunto, opta por responder com dissertações díspares, e sobre um concelho que apenas existe na sua imaginação.
Opta, também, por promover entrevistas vistosas, e pela produção de festas e arraiais, e por viajar e visitar.
- Vejamos o que se passa com a limpeza das ruas, com a manutenção dos jardins (Tomar cidade jardim), ou … com o acolhimento ao turismo…
- Avaliemos o que se passa com a valorização do legado Templário (Tomar Cidade Templária), e com a valorização real do Património que a História nos legou…
Gostaríamos de acreditar que todo o desconchavo existente resultou da pandemia.
Mas as gafes que têm sido a marca de água desta Câmara (que também quer fazer justiça por mãos próprias – desde o património de que não documenta a propriedade, à expulsão de operadores no mercado), fazem desconfiar que cada vereador executivo, ou anda a fazer o que quer, ou faz o que calha.
A Presidente até denuncia publicamente a pouca coesão existente numa Comunidade a que preside, quando deveria ser ela a promover o reforço da coesão que afirma que falta!!!
Mas falta, principalmente, a capacidade de perceber que está a sentar os Tomarenses em cima de um balão muito frágil, que esvazia; e que tem os maiores buracos na falta de investimento produtivo, e no êxodo da população.
A verdade é que o Concelho está, à semelhança da Administração da Câmara, sem rumo.
A Presidente não responde, ou responde vagamente, às perguntas que lhe dirigimos; mas a soberania desta Assembleia não é compatível com essa indignidade na postura da Presidência da Câmara.
Pois que embaralha as perguntas, as sacode, e produz respostas que são lengalenga de “faz de conta”.
Perde-se dignidade nessas respostas, porque quem as dá parece ser especialista em manipulação retórica.
Já nos respondeu, a Senhora Presidente, dizendo que isto é democracia… seja, então.
Mas que assuma ou a falta de capacidade, ou a falta de vontade, para responder!…
O que parece é que esta Administração socialista espera que as Festas e Eventos em que é especialista, sejam triunfos no meio do declínio do Concelho.
Mas os anos passam, os milhões também, e os problemas permanecem, são os mesmos, e agravam-se.
Fica a certeza que o dinheiro pode ser bastante, mas que o desperdício é muito.
Fica também a certeza que há muito em falta, e o caso da Tejo Ambiente é paradigmático de tudo isto.
A Empresa, que foi presidida pela Presidente da Câmara de Tomar até recentemente, nem sequer é capaz de cumprir com o que os seus Estatutos lhe determinam.
A Empresa ou os seus responsáveis…
Certo é que demonstra falta de capacidade de gestão, e de competência para cumprir. E disso somos testemunhas, se houver duvidas.
E falta também à Câmara capacidade de controlo do dinheiro que para lá transfere.
E depois, ou paga o consumidor na muitíssima agua que é perdida (mas paga!), ou paga o contribuinte nas transferências decididas e realizadas a partir do orçamento municipal.
A continuarmos assim, haveremos de perceber os resultados desastrosos do manancial de improvisos, e de festas e de subsídios, que proliferam pelo Concelho.
Satisfazem assim vaidades, e algumas dores aliviam.
E também perceberemos como este Executivo socialista bloqueia presentemente a modernização do Concelho, quando pagarmos a fatura do desvio de verbas e de energias, para tanta festa e festança.
Em vez de travar ou cortar a despesa corrente, prefere minorar as despesas de investimento, que quase se limitam aos resultados de peditórios em Lisboa, em Coimbra ou em Bruxelas.
Sem investimento, consensual e dirigido, é impossível crescer.
É apenas possível minguar e empobrecer, que é o que está a acontecer.
Esta Administração não mostra sequer ter uma visão consistente para a Cidade, e para o Concelho.
Também nos parece que não existe presentemente uma presidência na Câmara.
Confunde-se tranquilidade com inércia.
Vê-se que não há coordenação e não se sabe para onde quer ir.
Não temos um plano para o Desenvolvimento do Concelho.
Não há como unir e reunir as energias disponíveis, que vão sendo cada vez menos, tal a expressão do êxodo da população.
Ninguém sabe que caminho estamos a percorrer, ou onde queremos estar daqui a cinco ou dez anos.
Estes mandatos socialistas vão ficar na história como mandatos perdidos.
Para resposta à pergunta “o que queremos para o nosso Concelho”, já não valem os discursos do costume, sobre um concelho que não existe.
O Concelho está sem rumo.
A ação política é feita apenas de festas e de arraiais, de eventos, e de subsídios.
Tomar precisa de objetivo e de desígnios comuns, que sejam por todos partilhados.
Precisa muito mais que uma maioria absoluta e mandona na Câmara.
Há pessoas e há certamente ideias. Falta o consenso, e cabe ao Executivo promove-lo.
É precisa liderança.
António Lourenço dos Santos
Deputado Municipal (PSD)
Intervenção na sessão da Assembleia Municipal de Tomar de 2022-09-26
Uma oratória muito bonita.
Muito do que escreve, infelizmente está correcto, mas e o que o PSD propõe!? Talvez mais jobs for the boys, será!?
– Maís dívida como nos últimos anos em que esteve na Câmara?
– Mais autocracia como nos últimos anos em que o PSD esteve na Câmara?
A olhar para a vossa prestação na Assembleia Municipal, que tem sido muito negativa, o que transparece é mais do mesmo, ou seja, apenas pretendem o poleiro para dar emprego aos Boys do partido.
-Mostrem trabalho em prol do concelho e dos seus munícipes
– Proponham medidas para resolver os acima mencionados problemas do Concelho
– Vir para a comunicação social dizer mal, e o que todos já sabemos é muito pouco
Depois daquela lamentável prestação como deputado municipal onde com o voto de abstenção no assunto Tejo Ambiente, deixou que a mesma fosse aprovada deixou de ter credebilidade para dizer o que quer que seja.
Infelizmente enquanto se basear tudo na podridão da politica , nada se faz , ou seja nada de bom para os contribuintes porque eles os sacanas que estão nos cargos municipais sejam eles do partido que forem só servem os interesses deles , dos familiares , amigos e afins….É uma vergonha mas é verdade que todos eles é só lábia com palavreado estúpido e sem sentido e fazerem-se bonitos para as fotos e , claro, festas festas festas que rebentam com os tímpanos a qualquer um . É uma vergonha tudo o que foi dito e o que não foi dito . E quanto aos animais? Estes palhaços empoleirados nas cadeiras de chefia do municipio nem se dignam a fazer campanhas para a esterilização em animais necessitados , nem ao cheque veterinário quiseram aderir porque não lhes dá lucro . São literalmente indiferentes aos pobres animais até do próprio canil municipal que tem falta de apoio , são indiferentes com a falta de dignidade que os precede , a falta de humanismo , a ganância e a falsidade que os move para se sentirem gente a mandar nos outros sem qualquer pingo de conhecimento, sabedoria ou auto respeito. Mas se não querem saber dos munícipes muito menos dos animais , não é ? Pois gente como eles consideram os animais abaixo deles , só que os nossos animais são mais inteligentes e servem as pessoas com o verdadeiro amor e se não fossem eles a humanidade teria já morrido de tédio