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Câmara aprova três milhões para o Flecheiro num projeto que ninguém conhece

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A câmara de Tomar aprovou o projeto de arranjo para o Flecheiro, margem direita do rio Nabão, onde se encontram as barracas das famílias ciganas, um investimento de 3 milhões de euros mas que ninguém conhece.

Até agora nada foi apresentado publicamente, não há qualquer informação disponível e os tomarenses não foram vistos nem achados no projeto.

“Tomar na Rede” solicitou à câmara imagens do projeto, mas até agora nada recebemos. Foi necessário recorrer a outras fontes de informação, internas e externas à câmara, para poder apresentar a imagem do que está previsto para aquela zona, entre a ponte do Flecheiro e a entrada da cidade.

Conseguimos saber que está prevista uma grande zona relvada e com árvores, um anfiteatro ao ar livre, virado para o rio, um parque infantil e zonas pedonais, além de uma ciclovia. João Carvalho Teixeira, de Lisboa, é o arquiteto autor do projeto.

A câmara vai avançar com o concurso público para esta obra que é financiada por fundos comunitários em 2 milhões de euros.

O prazo de execução é de nove meses.

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4 comentários

  1. UM CONTRIBUTO

    Não são capazes de fazer uns passeios em Carvalhos de Figueiredo.
    Tornam-nos a vida num inferno quando vamos a Tomar – estacionamento inexistente, pago ou impossível).
    Subtraem à população o uso ancestral de praças antigas (Várzea Grande), inventam ciclovias inadequadas, e perigosas só porque é moda (Torres Pinheiro), torram dinheiro a contratar músicos pimba para o Mouchão; em vez de integrar os ciganos criam-lhes guetos como se fossem estufas (Bairro Calé), não são competentes para contratar atempadamente um nadador salvador para que a população mais pobre pudesse usufruir da piscina pública, etc., etc., etc..
    E agora, só porque conseguem sacar mais uns fundos europeus, vão espatifar mais uns quantos que supostamente seriam nossos em projectos que ninguém quis, ninguém pediu, toda a gente desconhece.
    Na esteira do mais silencioso salazarismo há aqui um desprezo profundo pelas populações que supostamente deveriam servir.
    Em coerência, acho que no meio de mais esta obra com que vão deformando Tomar, deveriam colocar, em cores bem garridas e iluminação LED a brilhar e a piscar, um Z muito gigante.

  2. Eu gostaria de saber era o porquê de não haver concurso para selecionar o projecto?
    Até se poderia entre as várias propostas ser desenvolvida uma exposição em que todas iam a votos pelos cidadãos de Tomar, numa abordagem de política inclusiva e próxima dos cidadãos.

  3. Sobre o projeto – alguma coisa teria que ser feita, as décadas vão-se passando e a população continua afastado do rio.
    Mas:
    – CMT continua a não disponibilizar o Estudo Hidrológico que foi aprovado pela APA e respetiva ZAC – Zona Ameaçada por Cheias.. como um investidor ou habitante das zonas junto ao rio pode saber?!
    – Por essas imagens de projecto verifica-se um grande movimento de terras (remoção de terras / rebaixamento da zona inundável)… vai haver acompanhamento arqueológico adequado (técnicos em número suficiente tendo em conta a rapidez da escavações por ex..) ou serão apenas uns “poços de sondagem” – não quero acreditar nesta 2ª hipótese até porque na outra margem está a ser feito um museu sobre esse tema..
    – não estão consideradas travessias pedonais do rio? (desde a atual travessia junto ao Mercado só é possível atravessar o rio para jusante a 5,5km .. este novo parque será sempre um enclave e o rio continuará a ser uma fronteira / barreira ..
    – não conhecendo o projeto e por essas imagens parece que ainda se aposta em soluções a régua e esquadro (quando atualmente se opta pela renaturalização dos espaços, pavimentos permeáveis, redução ao máximo de regas não sustentáveis, sombreamento (alterações climáticas.. )

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