
O mal-estar que se vive na corporação de bombeiros de Tomar tem-se agravado nos últimos tempos, sobretudo desde que a câmara deixou de pagar os gratificados aos voluntários (cerca de 2 euros por hora).
E, ao contrário do que a presidente da câmara afirmou numa rádio local, há menos bombeiros na corporação. Apesar de há poucos dias terem entrado sete novos bombeiros (num concurso para 14 vagas) que estão em formação em Lisboa, foram mais de sete os que saíram no ano passado. E já este ano saiu mais um bombeiro para a corporação de Ourém.
Praticamente sem voluntários, os bombeiros de Tomar vão funcionando através do pagamento de um elevado número de horas extraordinárias aos profissionais que estão no quadro.
A falta de pessoal é sentida todos os dias porque é recorrente terem de vir bombeiros de outros concelhos para acudir a ocorrências em Tomar. Aliás a própria presidente da câmara sentiu isso na pele quando o seu filho deu uma queda da escola Jácome Ratton e tiveram de ser os bombeiros de Vila Nova da Barquinha a vir socorrer.
Depois isso, foram abertas inscrições para voluntários e, já esta semana, foi aberto concurso para admissão de dois bombeiros em regime de mobilidade. Medidas tomadas à pressa para tentar disfarçar um problema de fundo que é a falta de bombeiros, o mau ambiente no quartel e a falta de liderança e de motivação.