
O homem de 54 anos, funcionário da Autoridade Tributária e antigo chefe dos escuteiros em Abrantes, viu confirmada a sua condenação a quatro anos e três meses de prisão por crimes de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência agravados.
Em resposta ao recurso apresentado pelo arguido, o tribunal da Relação de Évora confirmou, na íntegra, o acórdão do tribunal de Santarém.
O caso passou-se no Centro de Acolhimento Temporário (CAT) Casa Clotilde, do Centro Social Interparoquial de Abrantes, onde o suspeito era voluntário e onde a vítima residia.
Os abusos começaram em 2015, quando a vítima, com um atraso cognitivo profundo, tinha apenas 10 anos.
O arguido era acusado pelo Ministério Público de nove crimes de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência, na forma agravada, mas foi condenado apenas por quatro.
O arguido argumentou que não existia prova testemunhal e que os depoimentos eram contraditórios e não convincentes. Referiu também no recurso que o menor não tinha capacidade para descrever os factos.
A pena a que o arguido foi condenado fica suspensa com a condição de não participar em atividades que envolvam menores durante os próximos oito anos.
Tem ainda de pagar uma indemnização de 8 mil euros à família do menor.
O acórdão do tribunal da Relação de Évora pode ser lido aqui (ATENÇÂO: CONTEÚDO SENSÍVEL)
Abrantes: antigo chefe dos escuteiros condenado por abuso sexual de menor deficiente
Abrantes: antigo chefe dos escuteiros acusado de nove crimes de abuso sexual de menor deficiente