A SIC emitiu no fim de semana uma reportagem sobre os castelos da Sertã e Alcobaça.
É mais um apontamento da rubrica “Castelos de Portugal”, em que se explora a riqueza histórica e cultural dos castelos.
A reportagem pode ser vista aqui:
Castelos de Portugal: Celinda terá combatido inimigos com uma sertã
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Castelos de Portugal: Celinda terá combatido inimigos com uma sertã
Às vezes não é só um castelo que atrai as atenções, mas também a vista que proporcionam. Na Sertã aprecia-se sobretudo a vila e a natureza, já em Alcobaça é difícil haver um melhor local para admirar o famoso Mosteiro.
Procurar um castelo na zona da Sertã pode até levar um GPS a confundir-se um pouco. Mas é sinal de que por lá a presença humana é muito antiga. E se a direção for correta, há mesmo um castelo, com torre, igreja e muralhas. O espaço atual foi recuperado nos anos 90.
As histórias da história recuam o Castelo da Sertã até ao ano 74 antes de Cristo e ao general romano sertório, que se rebelou contra Roma. Já a arqueologia atesta a presença islâmica e uma mesquita neste sítio. Mas seja em que tempo for, Celinda é sempre a figura principal das memórias locais.
Existem lendas, mas aqui também há história. Até porque o castelo era um apoio recuado à linha do Tejo. Templários Primeiro e depois com a ordem dos hospitalários.
É essa história que deverá ser contada em museu, nesta que é a antiga igreja matriz. O castelo será o coroar da requalificação em progresso do património da Sertã.
Cerca de 2 milhões de euros para dar ainda mais motivos de paragem aos muitos que viajam na rota da Nacional 2, que passa logo ao lado. Com direito até a uma escada rolante entre a estrada e o castelo para facilitar o acesso.
Vontade de valorizar o castelo, também não falta em Alcobaça, mesmo que hoje a estrutura seja uma sombra do que já foi, e que a importância do Mosteiro que ajudou a proteger durante séculos, a possa ter feito cair no esquecimento.
A pedra do Castelo chegou aos 80 reis a carrada, com a demolição à custa do comprador Isto porque com o terramoto de Lisboa, chegou a ruína quase completa do edifício cuja cisterna já no século XX, ainda abastecia Alcobaça de água.
Mas a verdadeira pedrada no charco só chegou com uma visita real.
Sobre as origens há dúvidas se foram os visigodos ou mouros a erguer a fortificação tomada depois pelo primeiro rei português e doada aos monges de cister. Toda uma herança que levou a autarquia a lançar o concurso Do Mosteiro ao Castelo, que vai valorizar a área entre os dois monumentos.
Uma intervenção mais profunda no próprio castelo está pensada para mais tarde. A ideia é que o diálogo de séculos entre o monumento militar e o religioso, e que o tempo interrompeu, possa ser reatado para usufruto dos visitantes.
