
Conta-se que nos anos 80, quando a estalagem de Santa Iria fechou, a maior parte do espólio da unidade hoteleira desapareceu, incluindo um piano.
Parece estar a acontecer o mesmo desde que a estalagem fechou em fevereiro de 2018 e desta vez o que está em causa são sobretudo os quadros que decoravam a estalagem, da autoria da pintora tomarense Maria Luisa Costa Rosa, o seu marido, arq. Costa Rosa e dos dois filhos.
A câmara não sabe o que foi feito dos quadros nem parece, ano e meio depois, estar preocupada com isso. Desconhecem-se quaisquer diligências da câmara para recuperar os quadros e o tempo vai passando.
Entre os quadros mais emblemáticos estava um, de grandes dimensões, sobre a festa dos Tabuleiros, que estava exposto numa parede da sala de refeições. Maria Luisa Costa Rosa foi a autora. No bar estava outro, mais pequeno, que mostrava a ponte velha e o rio Nabão. E havia quadros espalhados por toda a estalagem incluindo nos quartos.
Já que a câmara não responde às perguntas colocadas pelo “Tomar na Rede”, pelo menos devia esclarecer os tomarenses sobre o destino dos quadros da estalagem e o que já foi feito para os recuperar.
Há uma longa lista de “esquecimentos”, que até parecem cumplicidades. Se fosse só o mobiliário e decoração da estalagem… Mas há a parte norte do Convento de S. Francisco, ilegalmente vendida; a capela de S. Gregório, abusivamente registada pela paróquia, o legado António Martins de Azevedo, os terrenos da antiga sopa dos pobres, a capela da Sra da Conceição E ATÉ OS PAVILHÕES DA FAI, CUJA SITUAÇÃO REAL O EXECUTIVO SIMULA IGNORAR.
Estamos mesmo bem entregues e estou convencido que cidade e concelho vão ter um lindo funeral. Com flores e discursos e tudo. Mas ninguém assumirá culpas ou sequer responsabilidades. Tudo boa gente. De primeira escolha.
Em algumas igrejas tomarenses também parece haver indefinição no que respeita à localização de algumas pinturas…
Misterios. Do nosso Patrimonio, do Colectivo.
Se não for mais este esclarecido, será obscena a situação.
E a colecção de moedas de ouro, já agora, que estava na Antiga Biblioteca, e que o senhor deputado HC disse no FB que esclarecia, já há muitos meses? Que é feito dela? Para onde foi, onde está?
Memorias curtas….
Se o deputado HC disse que esclarecia… Ainda vai a ministro. A Dra Albuquerque de Abrantes já
o é.