O Convento de Cristo em Tomar foi visitado em 2023 por 311.879 turistas, um aumento de cerca de 20% em relação ao ano anterior (260.871).
Os números são oficiais e foram revelados esta semana pela “Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E.”, antiga Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
A tendência de recuperação do número de entradas é transversal a todos os museus, monumentos e palácios, depois dos mínimos registados durante a pandemia. Em Tomar o facto de ser ano de festa dos Tabuleiros também contribuiu para o aumento do número de visitantes.
No total do país foram 5.157.360 visitantes durante o ano passado. Este número abrange as mais de 3,6 milhões de visitas recebidas nos 26 equipamentos que até 31 de dezembro de 20283 estavam na dependência da Direção-Geral do Patrimônio Cultural, e os mais de 1,5 milhões de visitantes dos 12 espaços culturais anteriormente sob a tutela das direções regionais de cultura.
As estatísticas de 2023 mostram que, nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais agora geridos pela MMP, se verificou um aumento de visitantes na ordem dos 10% comparativamente com o ano anterior, o que representa cerca de mais 444 mil visitas ao longo do ano.
Estes números vêm confirmar o crescimento positivo que se observa desde 2022 no numero de entradas nos museus e monumentos nacionais, após dois anos de pandemia que obrigaram a vários encerramentos e condicionamentos no acesso a equipamentos culturais. De referir ainda que, entre 2022 e 2023, foram vários os museus e monumentos que tiveram de encerrar ao público devido a obras de reabilitação, entre os quais o Museu Nacional de Arqueologia, o Museu Nacional Resistência e Liberdade (que reabriu em abril deste ano) e o Museu Nacional da Música.
De acordo com as estatísticas de 2023, os visitantes com entrada paga representam 76% do total de entradas, nas quais se destacam os turistas estrangeiros, que perfazem 57,6% dos visitantes.
Entre os equipamentos culturais mais visitados em 2023, o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, lidera com 965.526 entradas, seguido pela Fortaleza de Sagres, com 427.817 visitantes, e pelo Castelo de Guimarães, com 387.570. Em quarto lugar surge o Paço dos Duques, em Guimarães, que somou 387.222 visitantes, em quinto o Mosteiro da Batalha, com 306.872 visitantes e em sexto a Torre de Belém, em Lisboa, que recebeu 356.769 visitas em 20283.
Dos monumentos inscritos como Património Mundial da Humanidade, destaque ainda para o Convento de Cristo, em Tomar, que registou 311.879 entradas, e para o Mosteiro de Alcobaça, que recebeu 200.531 visitantes.
O Palácio Nacional de Mafra, inscrito como Património Mundial em 2019, recebeu 164.972 visitas em 2022, enquanto o Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, registou 118.123 visitantes. O Panteão Nacional, em Lisboa, contabilizou 180.705 entradas.
Os dados mostram ainda que o museu mais visitado continua a ser o Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, que em 2023 recebeu 276.209 visitantes, logo seguido pelo Museu Nacional dos Coches, com 226.634 entradas. Em terceiro e quarto lugares surgem o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, que somou 107.223 entradas, e o Museu Nacional de Conímbriga, com 97.097 visitas.
O Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães, registou 85.543, o Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, 67.797, e o Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa, totalizou 58.904 visitantes.
Desde 1 de janeiro de 2024 os Museus, Monumentos e Palácios nacionais encontram-se sob gestão da Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E..
