
A candidatura da companhia de teatro Fatias de Cá de Tomar ao programa de apoio à criação teatral da Direção Geral das Artes foi chumbada.
Em mais de 150 candidaturas para o subsídio mais baixo (15 mil euros), foram contempladas cerca de 50 e a do Fatias de Cá ficou em terceiro… a contar do fim.
O objetivo é levar à cena a peça “A Sombra do Livro Esquecido” onde se propõe revisitar os conturbados momentos do Regicídio e da Implantação da República (1908-1910) e da instauração do Estado Novo, da Censura e da polícia política. (1933-1936).
“Temos de nos aguentar à bronca e fazer como é costume: investimos nós”, refere o grupo.
Sem apoios oficiais, o grupo anuncia que vai estrear a peça na distilaria da Brogueira, em Torres Novas, na Primavera de 2026.
“Contamos com a receita da bilheteira e, como ela nunca chega para as despesas, pedimos para as pessoas porem a cruzinha na declaração do IRS em 2026 com o nosso nº de contribuinte (501 668 667)”, apela. Este ano o Fatias, com esta comparticipação, já conseguiu angariar 5 mil euros “o que deu um jeitão”.
As respostas negativas a pedidos de apoio não ficam por aqui. Para apoio à edição de livros sobre as suas peças teatrais, o Fatias candidatou-se ao programa de financiamento da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT) mas também neste caso a candidatura não foi contemplada. Mesmo assim, o grupo, por sua conta e risco, vai avançar com a edição do livro sobre a peça “Thomaridade”.