
O presidente da assembleia municipal de Tomar e deputado do PS, Hugo Costa, manifestou a sua solidariedade com o ex-ministro Pedro Nuno Santos, que se demitiu do governo na sequência do escândalo TAP.
O atual e também líder distrital do PS fala num “dia duro” e lembra “a ética republicana no assumir de responsabilidade, o trabalho de Pedro Nuno Santos e que existe uma maioria absoluta para honrar”.
“É altura de simplesmente agradecer ao meu amigo Pedro. Até já no Parlamento”, escreve Hugo Costa numa publicação no Facebook ilustrada com uma foto de 2007, quando Pedro Nuno Santos era secretário-geral da Juventude Socialista e vice-presidente da bancada parlamentar do PS e Hugo Costa era líder concelhio da JS. Além da política partidária, une-os a formação académica, ambos são economistas.
A imagem retrata uma reunião da Comissão Política Nacional da JS realizada a 29 de agosto de 2007, na sede da junta de freguesia de Santa Maria dos Olivais, em Tomar.
Até agora ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, demitiu-se esta semana após uma nova polémica com a TAP, que envolveu a indemnização de 500 mil euros paga à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis.
Juventude Socialista: uma fábrica de políticos profissionais
FAZ SENTIDO
Aliás, faz mesmo muito sentido.
Eu nunca percebi muito bem o que é que essa gente quer dizer quando se diz “socialista”. E como eles também não explicam nos temos de deduzir observando o que vão fazendo.
Mas eis que, elaborados e “superiores” que são, já não lhes basta o ser “socialista”, vão-se arvorando agora em ungidos de uma suposta “ética republicana”. Seria mesmo bom que explicassem ao comum dos cidadãos o que é que entendem por uma coisa ou por outra. Se é que entendem alguma coisa.
Atalhando caminho, eu sinceramente acho que eles não entendem coisa nenhuma. Aquilo são palavras com que enchem a boca, cujo significado não lhes interessa nada, mas que servem perfeitamente para dar um ar snob e culturalmente superior perante o comum dos cidadãos. Porque eles, no fundo, estão mesmo convictos que toda a gente engole aquela patranha.
Este Ugo de Tomar então é mesmo o máximo. Começou a sua brilhante carreira, como toda a gente sabe, enquanto apaixonado defensor da alheira. Basta ir ao Youtube e esta lá tudo. Mas aquilo, convenhamos, era coisa que dava bem com ele. Aquela cor, o tamanho, aquela flacidez, tudo dá bem com ele. Vejam lá se ele algum dia seria menino para se empenhar por um chouriço teso e ressequido dos fumeiros cá da terra?
Para além da alheira lembro-me bem de o ver a elogiar um correligionário dele ali de Ourém, um tal Gameiro – que parece que agora “escondem” – porque se soube que andava envolvido com uma falcatruas com uma câmara lá do Algarve. Tudo desempenhos e performances à Sócrates.
A TAP então foi mesmo uma fartar vilanagem. Retiraram-na aos privados que estavam a tratar de a rentabilizar e dar lucro com preços que os portugueses pudessem pagar e vai de injectar para lá dinheiro dos contribuintes com o argumento de que aquilo era mesmo muito importante: era uma companhia de bandeira (cof, cof)! Metem lá uma francesa com a missão de dar cobertura às “golpadas” que se iam seguir e… foi o que se viu. Vai de comprar carros tipo de gama para as dezenas de administradores que lá meteram e vai de nomear e destituir, em acelerada rotação, à medida dos interesses e das indeminizações disponíveis.
A TAP só não mete nojo porque o fedor que de lá emana não se distingue do resto do regime. Onde esta gente se mete é sempre do mesmo. A par da companhia “de bandeira” temos os aeroportos, e mais o TGV, como tivemos o aeroporto de Beja e o parque escolar, e as scuts, etc. etc..
Na enxurrada de notícias que temos vindo a gramar percebemos bem o que é isso de ser socialista, coisa que se aprende bem nas jotas e o que para estes protagonistas é mesmo a “ética republicana”. A madama que já estava instalada no tesouro teve associada a ela nomes que, como é normal, ou se calam, ou não sabiam de nada ou fizeram tudo legalmente. Foi a francesa, foi o secretário de Estado que já bazou, foi o ministro Nuno (não foi este menino que, para além de por as pernas dos banqueiros alemães a tremer, vendeu o Porsche porque parecia mal ser “de esquerda” e ter um carruncho de betinho “facho”?). Mas depois a gente ouve coisas: que a mulher do Medina também era dos recursos humanos da TAP e que até um irmão do Marcelo – qual papagaio de serviço – contribuiu para a legalidade do processo.
Parece que, quanto a ética republicana e socialismo vamos ficando conversados.
Eu também sou um ferveroso adepto da alheira, mas não do esterco que se vende em Tomar. Bons foram os tempos do Diogo & Duque onde no snackbar, aquele com o balcão enorme corrido de ponta a ponta, eu comia ao balcão, sentado num banco, uma bela alheira de Mirandela, daquelas com selo em chumbo cravado no cordel. Mas as de Mirandela nem eram as melhores porque, dada a procura, já eram semi industriais. Em Valpaços havia uma padaria que vendia alheiras puramente artesanais, confeccionadas por uma vizinha, que tinham um sabor que era de lamber os dedos até aos sovacos.
Passando ao assunto sério, aquilo que somos obrigados a gramar por cá já sabemos que é indejesto, dada a má qualidade do “produto”, e o pior é que não se perspectivam melhorias, olhando para a fauna que começa a perfila-se para a tachada que vem a seguir.
Ao contrário das alheiras que com muito gosto recordei, está “comida” que agora temos de gramar é de nós pôr de cabeça por cima da sanita para o vómito sair em segurança…
Concordo plenamente com as suas palavras. Da nossa terra só desta gente para afocinhar no “tacho”. Vão comer m…a!