
As “cartas”, que é como quem diz as prioridades, da governação municipal socialista começam a cair por terra. Apesar de em surdina, ao longo das últimas semanas temos assistido a uma mudança das principais prioridades socialistas para este mandato, em consequência da sua incapacidade para as concretizar.
Aquando da tomada de posse dos autarcas tomarenses em outubro de 2021, a Presidente da Câmara Municipal de Tomar anunciou como grandes prioridades para a sua gestão municipal a habitação, referindo “o desafio centra-se na habitação a custos controlados, para que jovens e trabalhadores de classe média possam trabalhar, mas também viver em Tomar”; e a reabilitação da margem direita do rio Nabão, que considerou uma iniciativa de “papel central” neste mandato.
É, por isso, com muita surpresa que observei a 6ª Modificação do Orçamento Municipal proposta pela governação socialista, incluída apenas para tomada de conhecimento em reunião do executivo municipal.
Vejamos as mudanças muito significativas nas despesas impostas por esta alteração dos socialistas para este ano. A verba para eventos e promoção turística aumentou 1,750 milhões de euros (passou de 670.000€ para 2.430.000€), e onde foi retirado este dinheiro? Um corte de 1,3 milhões de euros à habitação (reduzida de 2 milhões de euros para 735 mil euros); menos 540 mil€ para a requalificação da margem direita do rio Nabão, Flecheiro (reduzido de 1,1 milhões de euros para 560 mil euros); e ao Centro do Conhecimento no Instituto Politécnico de Tomar, cuja verba sofre um corte de 495 mil€, ficando quase reduzida a zeros.
Resultado da sua incapacidade em executar e concretizar obra, a governação municipal socialista vira-se para mais eventos, mais festas e mais feiras. A habitação, as empresas e a margem do rio Nabão que esperem!
As grandes prioridades da maioria socialista em outubro de 2021, sete meses depois, deixaram de o ser. Desmoronou o castelo de cartas. A que se deve afinal esta mudança?
Houve realmente uma alteração de prioridades? Ou trata-se apenas de uma reação à falta de capacidade para as concretizar? Ou falta de disponibilidade financeira? Os tomarenses têm razão em sentirem-se defraudados e merecem uma explicação sobre este Caminho cada vez mais Incerto.
Tiago Carrão
Vereador da Câmara Municipal de Tomar, eleito pelo PSD
Os tomarenses gostam disto !
Ficou expresso nas últimas eleições locais e nacionais !
Excelente texto político. Perguntas muito oportunas e pertinentes.
O PSD parece começar agora a fazer oposição, o que é bom para Tomar e para os tomarenses.
T’às t’a encostar ou quê, ó Rebelo???!!!
Esses 2.430.000€ não poderiam ter ido para pagar as dívidas do município, ou existe uma obrigação legal em gastar todo esse dinheiro em publicidade e festarolas?
São para festas e para quem as organiza.. consultem o portal da transferência.. uma vergonha..