Depois de nove anos de luta por uma vida com a máxima qualidade de vida possível, o pequeno Santiago morreu a noite passada.
Foi a própria mãe, Liliana Nunes, que deu a notícia na noite de 11 para 12 de março: “O luto mais duro de uma vida… Para sempre meu SANTI”, mensagem acompanhada por um fundo preto e uma rosa também preta.
Agora com 14 anos, o estado de saúde de Santiago começou a agravar-se há cerca de um ano.
Foi em maio de 2013 que Santiago Rodrigues, na altura com cinco anos, caiu numa fossa em Vale Carneiro, Alviobeira, Tomar, e ficou com paralisia cerebral, sem andar, nem falar e a precisar de ajuda para tudo.
A família nunca desistiu de tentar a recuperação do menino dando-lhe o máximo de qualidade de vida possível.
Sem posses para pagar os tratamentos e comprar os equipamentos necessários, gerou-se uma onda de solidariedade ao longo destes anos, foram lançadas várias campanhas e iniciativas de angariação de fundos.
Recolha de tampinhas e de donativos, espetáculos solidários, a publicação de um livro, entrevistas na televisão, foram algumas das atividades desencadeadas para angariar verbas.
Em paralelo decorria o processo judicial. O acidente da queda do menino chegou a julgamento, mas o tribunal ilibou o dono da fossa, atribuindo as culpas do acidente à própria criança.
A família sempre considerou a decisão injusta e ponderou recorrer para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Aos mesmo tempo lamentava que o Estado tenha atribuído uma pensão de apenas 100 euros à criança.
Nas últimas horas, centenas de pessoas têm partilhado nas redes sociais a sua dor pela perda do Santiago deixando palavras de homenagem e conforto à família.
Ainda não há informação quanto ao funeral.
Neste momento de dor, apresentamos à família sentidas condolências.
