Sociedade

Construção da rotunda da Aral promete batalha judicial

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A construção de uma rotunda no chamado cruzamento da Aral (av. Nuno Álvares Pereira e av. Combatentes da Grande Guerra), em Tomar, está a espoletar um conflito entre a câmara e o proprietário do palacete oitocentista, a família Macedo, que promete dar processo em tribunal.

De um lado, a câmara tem intenção de construir ali uma rotunda para substituir os semáforos, mas para isso argumenta que tem de demolir parte do muro e cortar várias árvores da propriedade privada, ameaçando avançar com a expropriação.

A família Macedo não aceita que o seu património seja “mutilado” e promete defender a causa em tribunal até às últimas instâncias.

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10 comentários

  1. Cara Sr.ª Filipa Macedo e caro Sr. Manuel Macedo,

    Como arquitecto que sou, aflige-me a desbarata destruição do património arquitectónico das povoações, sejam elas de que grandeza forem, provocadas pelo egocentrismo de alguns iluminados políticos (talvez outra expressão devesse ser usada, mas por respeito não a uso), que sentados a uma bela secretária lançam aquilo a que o povo chamou de «postas de pescada» para entreterem os seus «súbditos», sem terem qualquer noção da realidade ou sequer da abrangência de tais atos. Tomar tem tido, infelizmente, várias destas personagens que ao longo dos anos se têm entretido a destruir e brincar com o tecido urbano e o património.

    Como bisneto e neto de ilustres Tomarenses (da freguesia da Pedreira), entristece-me ver ao que Tomar chegou, estagnada no tempo e sem previsão de qualquer alteração a esse estado. Falta população jovem, falta habitação, falta emprego, falta visão de futuro. Mas turismo, hotéis e (caras) obras de embelezamento há muito.

    Assim, apraz-me subscrever todo o seu texto, e fico feliz por saber que ainda há Tomarenses que se preocupam com o que é seu e com as «alarvices» que se apregoam.

  2. Este cruzamento é único na Europa pois todas as 4 ruas permitem virar à esquerda. Tudo se agravou com a nova ponte paiva. Para facilitar a vida a quem tem de se deslocar para trabalhar é fundamental construir a rotunda. O trânsito chega a estar parado entre as duas rotundas. Não parece estar previsto cortar qualquer parte do edifício, antes o muro e o jardim privado. Pior foi a demolição da Pensão/Restaurante Nuno Álvares que dava emprego a muita gente.

  3. A dona do terreno está a ver mal e os técnicos camarários devem ser vesgos.
    O que está previsto na planta publicada pouco afeta o terreno dos Macedos, ao contrário do que escreve a senhora. Que só tem razão numa coisa que é a inutilidade da expropriação. Podem perfeitamente chegar a acordo caso a câmara encomende a técnicos que não tenham problemas visuais uma pequena alteração. Trata-se de “puxar” a prevista rotunda um pouco para nordeste, reduzindo ligeiramente o respectivo diâmetro, o que diminui bastante o terreno a comprar aos Macedos. Mas em Tomar é sempre assim. Há interesses mais fortes que os da comunidade no seu conjunto.

  4. É simples falta de diálogo. Se a Câmara prometer que a futura rotunda vai chamar-se “Rotunda dos Sherman DE Macedo”, os herdeiros do terreno da Marchanta até são capazes de oferecer a parte a cortar. E ainda agradecem. Estamos na terra do penacho e todos gostam e todos querem.

  5. Gostava que informem onde são as rotundas que resolvem os problemas de trânsito em cruzamentos??
    Quem já tenha estudado ou saído do burgo pode constatar as carradas de rotundas nos Estado Unidos, Japão Reino Unido, etc… Existe uma em Paris no Arco do Triunfo de enormes dimensões e quem já lá conduziu sabe o perigo que é, nem se conseguindo por vezes saír onde se queria e ter de se fazer mais uma volta.
    O tráfego nessa zona de Tomar é uma treta , e pode-se manter os semáforos , mas com uma temporização adequada ao atual movimento de veículos.
    Para além disso dizer que o que se CORTA são uns muros e uma parte do jardim , é uma completa imbecilidade, pois esse jardim é parte integrante de um solar importantíssimo do património TOMARENSE , mantido pela família Macedo.
    Mais é propriedade PRIVADA e nada justifica tal pretensão!!! Não está em causa um preço JUSTO, não existe tal valor!!

  6. Propriedade privada ou fruto(furto) de anos e anos de exploração de uma classe servil por parte de pseudo iluminnados, que debaixo do medo imposto pela igreja foram durante séculos oprimindo uma maioria para beneficio de poucos..
    Bem vistas as cosias, talvez este privado pertença a todos nós e a todos os que viram derramado o seu sangue para alimentar esta dita Nobreza..

  7. Penso que lhe convinha ser um pouco mais comedido na sua escrita. Decretar que “é uma completa imbecilidade” propor um pequeno corte do jardim, aparece como uma completa falta de educação e do sentido comem das coisas
    Indo por esse caminho de não se poder mexer no terreno, por ser um jardim “parte integrante de um solar importantíssimo do património TOMARENSE”, falta antes de mais demonstrar que assim seja de facto. Património tomarense? Sem dúvida. Importantíssimo? Só para os seus donos. Em termos de arquitectura aquilo pouco ou nada vale. Quanto ao pátio ajardinado e à cortina de ciprestes, são contemporâneos e nada têm a ver em termos de continuidade com o edifício, cuja entrada principal é do lado oposto.
    Evitam também os herdeiros de ficar tão irritados, em termos históricos, o terreno onde está implantado o edifício principal e os anexos, foi parte da Várzea grande, um terreno da comunidade tomarense. Por conseguinte, comprar ou expropriar um pequeníssima parcela para benefício dos tomarenses, será apenas um regresso às origens.
    Não é só o povo que tem de ser tosquiado. A classe dominante, por vezes, também tem de fornecer lã.

  8. Acho muito interessante e típico desta vila, outrora cidade, que uma obra a na minha opinião infundada se converta tal como Mark e Engels profetizavam numa luta de classes, esquecendo-se os autores que ambos não eram “filhos do povo nem de classes servis”, tal como Fidel 100 anos depois…, se compararmos o estatuto econômico e social de Karl Mark e Friedrich Engels eram muito superior ao da família Macedo.
    Agora o errado fi e muito bem acima referido, 4 faixas a voltar á esquerda é um erro que não se resolve com rotundas mas sim com uma planificação de transito de forma a que se volte sempre na mão, porque temos outros exempla na cidade em que em vez de se voltar á esquerda temos que ir fazer o retorno mais á fente.

  9. Na minha modesta opinião, a construção dessa retunda é mais que necessária e ontem já era tarde. Sou Tomarense e resíduo actualmente no Entroncamento. Sempre que me desloco a Tomar e ao passar no referido cruzamento, penso para mim…”como faz falta aqui uma retunda!”
    Na terra dos fenómenos onde vivo, foram construidas várias retundas no período da governação do gitano do PSD, Jaime Ramos.
    Parece anedota o que vou referir: A seguir à ponte que passa por cima das linhas de caminhos de ferro, no sentido Entroncamento/Torres Novas, existem duas retundas que distam cerca de 20 metros entre si, com uma passadeira para peôes entre as duas retundas… não, não é anedota, podem verificar com os vossos olhos.
    Isto para dizer o quê?
    Deixem-se de tretas, com a construção de uma retunda nesse local, vão haver milhares de beneficiados em detrimento de um prejudicado!

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