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Coordenador João Palrilha: campanha de vacinação “está a correr muito bem”

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Desde 24 de fevereiro, todos os dias da semana, são vacinadas, em média, 600 pessoas por dia no Centro de Vacinação Covid-19 que funciona no pavilhão Jácome Ratton em Tomar. É uma luta contra o tempo que mobiliza diariamente uma equipa de médicos, enfermeiros, auxiliares, administrativos e voluntários naquela que é a maior campanha de vacinação de sempre.

Enfermeiro gestor de carreira, João Paulo Palrilha é o responsável pelo centro de vacinação de Tomar. É a ele que compete garantir que os profissionais têm tudo o que necessitam para trabalhar e que os utentes são vacinados em condições.

Sem um modelo previamente definido, a campanha “foi-se construindo e foi-se melhorando para que tudo corra bem”, refere o coordenador em entrevista ao “Tomar na Rede”.

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Na opinião do responsável, até agora o balanço é positivo. A campanha, com os melhoramentos que têm vindo a ser introduzidos, “está a correr muito bem”.

“Sendo certo que a campanha é protagonizada pelos profissionais de saúde, não deixa de ser uma responsabilidade de todos nós cidadãos”, lembra João Palrilha em resposta às críticas sobre as filas e o tempo de espera.

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O problema das longas filas deve-se, na maior parte dos casos, ao não cumprimento dos horários da vacinação previamente marcados. Alguns cidadãos vão para o local com horas de antecedência e a aglomeração acontece com protestos por parte de quem chega a horas.

O processo de marcação é feito ao minuto, pelo que não dianta estar no centro de vacinação com muito tempo de antecedência. “Venham à hora para que foram convocados”, apela o enfermeiro, aproveitando para lembrar que todo o processo demora normalmente entre 45 minutos a uma hora, já a contar com a meia hora de repouso após a inoculação.

Até agora não há registo de situações graves, segundo o responsável. Aliás, o caso mais grave aconteceu na fila de espera com um homem que desmaiou e teve de ser evacuado para o hospital. De resto há um ou outro caso de pessoas que se sentem mal por vezes até devido ao stress, mas não há registo de reações anafiláticas.

Seja como for, para prevenir eventuais situações complicadas, existe no pavilhão um desfibrilhador que pode ser usado em caso de necessidade.

No centro de vacinação funciona diariamente entre as 15 e as 17 horas a chamada “happy hour”, em que os utentes podem ser vacinados sem marcação, basta aparecerem. Mas há condições: para já esta fase só abrange pessoas com mais de 50 anos e têm de estar pelo menos seis pessoas para serem vacinadas de modo a que se possa abrir o frasco com as respetivas doses. O objetivo é que não haja qualquer tipo de desperdício de vacinas.

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“Um trabalho imenso, com muita pressão”

Desde que a campanha que vacinação começou, não há sábados, domingos nem feriados para os profissionais que ali trabalham. “Todos sabem a que horas entram, mas não sabem a que horas podem sair. O trabalho obriga-nos a ter esta disponibilidade para podermos cumprir com a nossa missão. Tem sido um trabalho imenso, com muita pressão”, sublinha João Palrilha.

Em regra, estão no pavilhão 12 enfermeiros em permanência, dois médicos, dois administrativos e todo o pessoal em contexto de voluntariado, a maior parte jovens. Há profissionais que trabalham 15 dias seguidos, sem descanso.

A falta de recursos humanos é um problema que o coordenador não esconde e dele tem dado conta aos responsáveis, o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Médio Tejo. Para dar resposta, já foi contratada uma enfermeira exclusivamente para o centro de vacinação. Além disso, há profissionais que vêm do Centro Hospitalar para reforçar as equipas.

Pelo pavilhão Jácome Ratton têm passado os utentes do Centro de Saúde de Tomar e Unidades de Saúde Familiar de Marmelais e de Santa Maria (incluindo o pólo de Ferreira do Zêzere).

Na altura em que fizemos a entrevista, finais de junho, estavam a ser administradas as 1ªs doses ao grupo etário dos 35 anos, o que significa que nesta altura cerca de dois terços da população abrangida já foi vacinada.

O coordenador do centro de vacinação mostra-se satisfeito pelos resultados obtidos até agora. “Estamos a fazer um bom trabalho, ficamos satisfeito porque estamos a corresponder àquilo que é um esforço nacional. Vamos conseguir responder às necessidades”, regozija-se João Palrilha que elogia “o esforço e a dedicação de todos os profissionais”.

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