Opinião

Covid-19: o dia seguinte

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Tiago Carrao 2
Tiago Carrão*

O pesadelo covid-19 continua e irá continuar a moldar a nossa vida pessoal, familiar, profissional e social.

Muito do que sempre tomámos como garantido, hoje está-nos vedado.

Estou convicto que conseguiremos ultrapassar este pesadelo, mas não posso deixar de me questionar: que mundo teremos no dia seguinte?

As dúvidas e anseios sobre o futuro pós-pandemia têm vindo a avolumar-se e a adensar-se.

O mundo não vai acabar. Mas não é para já possível prever quando e como será o fim desta situação, quantos vidas humanas roubará este vírus, quantas pessoas perderão o seu emprego, quantas empresas fecharão.

Sabemos sim que muito estará nas mãos dos dirigentes nacionais, europeus e mundiais.

A esse propósito, dizia Miguel Sousa Tavares no Expresso de 21 de março:

“O que temos hoje são apenas duas espécies de líderes à frente das nações que têm armas, poder e dinheiro: os inteligentes e os idiotas. Desgraçadamente, porém, os inteligentes são cínicos e os idiotas são, por natureza, perigosos”.

Em Portugal, apesar dos esforços do Governo, ficamos com a sensação de que não serão suficientes para minimizar o inevitável impacto na saúde pública e na economia.

Na Europa os recentes episódios espelham a falta de solidariedade entre os estados membros, o que não augura nada de bom para o futuro da União Europeia.

E, por todo o mundo, os exemplos irresponsáveis e displicentes de Donald Trump, Boris Johnson e Jair Bolsonaro não inspiram muita confiança.

Falar do panorama mundial leva-nos necessariamente a falar da China.

Muito antes desta epidemia, já a China tinha em curso uma clara estratégia de invasão económica em todo o mundo.

O aumento do seu poder e influência internacional era cada vez mais evidente.

Basta olhar para o exemplo de Portugal, com os vistos gold e a compra de empresas estratégicas nacionais.

Foi na China que surgiu o covid-19, mas, tendo em conta o seu universo populacional, o resultado não foi tão devastador como se poderia imaginar, de acordo com os números oficiais.

E economicamente, apesar de devagar, estão já a recuperar e a fornecer equipamentos de saúde para todo o mundo.

São muitas as questões a este respeito: qual a ambição dos líderes chineses? Qual será o papel da China no mundo pós-pandemia? Será como afirmou a Revista do Expresso na capa do passado sábado: “Como Xi Jinping está a usar a pandemia para cumprir o sonho imperial chinês”?

Recordo-me da profecia de Napoleão Bonaparte há 200 anos atrás: “Quando a China despertar, o Mundo tremerá”.

Cá estaremos para ver.

Enquanto isso, apesar das consequências devastadoras do covid-19, encontramos também histórias de coragem que nos motivam a todos.

Lido diariamente com pequenas e médias empresas. E inspira-me a resiliência destes empresários que lutam para garantir a sobrevivência do seu negócio e a subsistência dos funcionários.

Assisto à transformação digital que se está a passar na educação, com milhares de alunos a conseguirem prosseguir os seus estudos remotamente.

Conforta-me a entrega das instituições de apoio social que não prescindem de apoiar aqueles que, mais do que nunca, delas necessitam.

São exemplos como estes que nos devem encher a todos de esperança.

Está nas nossas mãos, está ao alcance de todos nós vencer este maldito vírus!

Tiago Carrão
*Vice-Presidente do PSD de Tomar

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4 comentários

  1. Sr. Vice presidente devia era estar preocupado com o que passa na nossa cidade.
    Estam se aproveitar da desculpa do covid-19 para fechar a nossa urgencia do hospital qie é de todos .
    Quando lhe der uma dor de bariga e tenha que ir para o hospital de abrantes. Secalhar ja é tarde.
    Faça alguma coisa pela sua cidade. Se quer chegar a presindente.

  2. O sr. Tiago Carrão mudou de partido?
    Creio que não, pois assina como vice-presidente de tal partido que teve como dirigentes maiores Cavaco (que amarrou sem contrapartidas o País à Europa e ao euro), Barroso (que deixou o Governo de Portugal a troco de melhor ordenado e carreira) e Passos ( que literalmente vendeu, até a última noite do mandato, as melhores empresas nacionais ao capital internacional, chinês incluído).
    O sr. Carrão que, com legitimidade, pretende “vender” a sua imagem a favor de uma carreira política, podia evitar fazer dos outros parvos e idiotas… O partido de Passos onde pontificaram liberais, defensores do “pouco Estado” e da privatização de serviços públicos, preocupado com o peso económico da China?

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