
O caso aconteceu no hospital de Abrantes no sábado, dia 11 de outubro, e é relatado por uma testemunha.
Um homem sofreu um violento acidente de carro e os seus familiares levaram-no, já cadáver, para o hospital de Abrantes onde invadiram o serviço de urgência e agrediram seguranças e profissionais de saúde, provocando alguns prejuízos materiais.
Aqui fica o relato da testemunha bem como o esclarecimento da à Unidade Local de Saúde do Médio Tejo
“Venho, por este meio, dar a conhecer uma situação extremamente grave que ocorreu no passado sábado, dia 11 de outubro, no Hospital de Abrantes, pertencente à Unidade Local de Saúde do Médio Tejo.
Na sequência de um acidente de viação ocorrido num carro de alta cilindrada que circulava a uma velocidade acima da lei na região de Abrantes, um grupo de mais de 50 indivíduos da comunidade cigana invadiu o Serviço de Urgência do hospital, transportando uma vítima que, segundo informação médica, já se encontrava sem vida.
Apesar dessa circunstância, o grupo forçou a entrada na sala de reanimação, exigindo que os profissionais de saúde tentassem reanimar o indivíduo. Durante o incidente, vários seguranças e profissionais de saúde foram agredidos, tendo alguns necessitado de cuidados médicos.
A PSP de Abrantes foi obrigada a solicitar reforços, tendo sido mobilizadas viaturas do Corpo de Intervenção vindas de Lisboa. A situação só foi controlada após uma intervenção policial de grande dimensão.
Nos dias seguintes, entre domingo e segunda-feira, enquanto o corpo da vítima não foi libertado, cerca de 200 pessoas da mesma comunidade permaneceram no exterior do hospital. Graças à atuação da PSP, foi possível manter o grupo afastado das instalações hospitalares, contudo permaneceram no parque de estacionamento destinado aos profissionais de saúde.
Muitos trabalhadores relataram medo e insegurança ao terminarem os seus turnos, uma vez que tiveram de se dirigir aos seus carros passando junto a dezenas de pessoas do grupo, sendo alguns até abordados e questionados sobre o estado da situação e a libertação do corpo.
Lamento profundamente que a administração da ULS Médio Tejo não tenha comparecido no hospital após os acontecimentos, nem tenha dirigido qualquer palavra de solidariedade ou apoio aos profissionais agredidos e expostos a tamanha situação de tensão e violência.
Considero inadmissível o silêncio em torno de um episódio tão grave, que pôs em risco a segurança de doentes e trabalhadores.
Fui testemunha direta de todos os acontecimentos e sinto-me moralmente obrigado a relatar o que presenciei. O que se passou no Hospital de Abrantes é vergonhoso e inaceitável, e não pode ser ignorado”.
Esclarecimento da Unidade Local de Saúde
“A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) confirma que ocorreu uma situação de tensão durante o fim de semana associada à chegada de uma vítima de acidente rodoviário grave, sem a intervenção das equipas de emergência pré-hospitalar.
Deste evento, causado por uma situação de óbito irreversível, não resultaram feridos ou danos físicos a profissionais de saúde, sendo os danos materiais muito limitados.
A situação em causa foi acompanhada presencialmente desde o primeiro momento pelo Conselho de Administração da ULS Médio Tejo, em contacto permanente com o Diretor do Serviço de Urgência do Hospital de Abrantes, bem como com as forças de segurança pública e com os serviços de segurança interna da instituição.
A intervenção das autoridades foi imediata e decisiva para restabelecer a normalidade, garantindo desde segurança de utentes, profissionais e instalações.
Todos os elementos envolvidos acataram as instruções transmitidas pelas forças de segurança pública, que permaneceram no local até à completa resolução da situação. Importa ainda sublinhar que, até ao momento, não foi apresentada qualquer queixa formal por parte de utentes ou profissionais de saúde relativamente a este episódio.
A administração da ULS Médio Tejo manifesta a sua solidariedade para com todos os profissionais que se encontravam em funções e reconhece o empenho demonstrado em assegurar a continuidade dos cuidados num contexto particularmente exigente.
O Conselho de Administração está a adotar todas as medidas decorrentes deste tipo de ocorrência, em articulação com os serviços internos competentes e as entidades de segurança, de forma a garantir o permanente reforço das condições de segurança e apoio aos profissionais.
O dia a dia de um Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica é, por natureza, marcado por episódios de grande tensão emocional e humana, resultantes da gravidade das situações clínicas que ali chegam. Os profissionais da ULS Médio Tejo estão preparados e formados para atuar com serenidade e competência, em estreita articulação com as forças de segurança.
A ULS Médio Tejo mantém o seu compromisso com a prevenção e gestão de situações de conflito em contexto hospitalar, em alinhamento com o Plano de Ação para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde (PAPVSS), da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) e da Direção-Geral da Saúde (DGS).
A instituição reitera que o seu foco é — e continuará a ser — a prestação de cuidados de saúde com qualidade, segurança e respeito por todos os cidadãos”.








votaram PS agora azar
E são tão Ignorantes e Hipócritas que vão continuar a Votar nos Mesmos!!!
Até quando vamos ter de aturar estes criminosos , sem que ninguém os ponha , por muitos anos na prisão ???
Depois perguntam porque o chega ganhou no entroncamento. Porque será?