
Um protocolo assinado há 25 anos entre a Câmara Municipal de Tomar, Fábricas Mendes Godinho e Banco Espírito Santo (BES) permitiu que um importante e histórico património imobiliário da cidade fosse cedido gratuitamente à autarquia. Falamos, entre outros bens imóveis, dos Lagares d’El Rei, da Casa dos Cubos, da Moagem, num total de 13 prédios urbanos e um logradouro.
A 18 de julho de 2000 nos Lagares d’El Rei foi assinado esse protocolo entre as três entidades representadas por António Paiva, presidente da câmara, Ricardo Espírito Santo, presidente da Comissão Executiva do BES, e José Afonso Figueiredo Costa, presidente do Conselho de Administração de Fábricas Mendes Godinho.
Os bens imóveis em causa, avaliados em um milhão de contos, foram parar às mãos do BES na sequência do colapso do grupo Mendes Godinho nos anos 90.
No âmbito do protocolo assinado há 25 anos o BES comprometeu-se a ceder gratuitamente à edilidade 13 prédios urbanos e um logradouro com o objetivo de implementar os projetos cientifico-culturais denominados “Ciência Viva” da Levada e “Tomar Cidade Viva”.
Por seu lado, as Fábricas Mendes Godinho SA, arrendatárias da maioria dos prédios, cederam gratuitamente o equipamento existente.
Vinte e cinco anos depois, os Lagares, a moagem e a Casa dos Cubos estão recuperados e no terreno da margem esquerda do rio foram demolidos antigos armazéns que deram lugar ao parque de estacionamento Santa Iria.