Economia

De onde veio o estereótipo de que as TI são uma profissão dominada pelos homens?

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26Sabia que a primeira mulher programadora da história foi Ada Lovelace (filha de George Byron), que escreveu o primeiro algoritmo de software? Vamos mais longe: se ler a referência histórica, verá que, em meados do século XX, eram as mulheres que trabalhavam em máquinas de computação e computadores. E no espaço? O software da Apollo 11 também foi obra de uma mulher. Ah, sim, a muito apreciada palavra “bug” foi inventada por Grace Hopper. Então, de onde vieram os estereótipos sobre o pior desempenho das mulheres nas TI e na tecnologia digital? Vamos lá ver.

Estereótipos sobre as mulheres no mundo digital e das TI

Na verdade, embora ainda haja mais homens na profissão, as empresas em crescimento estão a aperceber-se de que a diversidade é o motor do progresso. Estudos oficiais mostram que as equipas com diversidade de género são muito mais eficazes porque as mulheres são capazes de trazer uma perspetiva diferente para a mesa. Na maior parte das vezes, é mais fresca e não convencional. Eis um exemplo de um estudo de caso bem sucedido com esta abordagem. A AUTODOC desenvolve tecnologias digitais e o diretor de produto da empresa em Portugal é uma mulher.

Quais são os principais estereótipos?

  • O primeiro estereótipo está relacionado com a divisão convencional das pessoas em humanidades e matemática. Na sociedade, é comum pensar-se que as mulheres são humanitárias. Estas teses são frequentemente ouvidas pelos pais das raparigas, ecoam na televisão e noutros “faladores” deste mundo. No entanto, como mostra a prática, nesta matéria não existe uma diferença fundamental entre o cérebro masculino e o feminino. As mulheres aprendem depressa e não lidam com as tarefas pior do que os homens.
  • Há também uma afirmação de que as profissões de TI para as mulheres são especialidades não técnicas. Para sermos justos, ainda existe aqui um certo preconceito de género. No entanto, está a estabilizar-se rapidamente. Mais uma coisa: se olharmos para o campo da análise e dos testes, podemos ver que as mulheres estão a apropriar-se com confiança do seu próprio território.
  • Existe também um estereótipo de que, assim que uma mulher tem uma família ou entra na profissão já com uma família, o seu desempenho deteriora-se drasticamente. De facto, há muitas mulheres que conciliam (com muito sucesso) trabalho e família. Além disso, é a capacidade de variabilidade, a responsabilidade (especialmente quando se trabalha à distância) e o engenho que constituem a alavanca que conduz a uma eficiência muito elevada e a um desempenho impressionante.
  • As mulheres nas TI têm dificuldade em comunicar e gerir os programadores do sexo masculino. Outro estereótipo que, para ser justo, é muito difícil de confirmar. Porquê? As estatísticas mostram que 39% dos diretores são mulheres. Aliás, esta percentagem está sempre a aumentar, quebrando este estereótipo em pedaços.
  • E, por fim, falemos de mais uma tese que, infelizmente, ainda se verifica. Trata-se dos salários. Como mostram pesquisas recentes, as mulheres na área de TI têm renda menor que a dos homens. Na verdade, isto deve-se sobretudo ao facto de haver mais mulheres em profissões não técnicas nesta fase, como dissemos anteriormente. Para além disso, muito depende ainda da própria empresa. Mas, como a prática demonstra, com o tempo, esta tese não passará de um mero estereótipo.
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