
Mais uma vez na EN 110, passam os homens com moto-roçadoras e sopradores e limitam-se a cortar a erva, deixando os detritos a entupir as valetas. Ou seja, ficam ali carradas de feno que, mal chove, vão entupir manilhas de passagem de água e que dão acessos a habitações e aquedutos e passagens de água inferiores da estrada.
Tal acontece todos os anos com a empresa a quem a Infraestruturas de Portugal tem concessionado o contrato de manutenção das bermas da EN110 entre Rego da Murta e Tomar (distrito de Santarém – concelho de Tomar). Refiro-me em concreto aos lugares de Ceras-Freixo, Pintado e Venda Nova, onde estão a chegar.
Já alertámos mais que uma vez que as bermas, dado o excesso de terra que se acumulou e solidificou, estão na sua grande maioria ao nível da estrada e deixaram de ter a função de drenagem das águas. Necessitam de, através de maquinaria apropriada, serem limpas em profundidade fazendo voltar o seu lastro à profundidade aquando foram feitas e todas as manilhas e aquedutos devem ser limpas, ou seja uma intervenção de fundo, pois este corte de ervas é um “paliativo” para condutor ver.
Mal chove, a faixa de rodagem passa a ser um “mar de água”, água essa que entra em algumas habitações devido à cota de soleira. Quando é renovado o piso por desgaste, a Infraestruturas de Portugal e a ex-JAE não obrigam os empreiteiros a fresar o asfalto velho levando a que se perca, de ano para ano, a cota de soleira.
Não há fiscalização dos serviços, por parte do Instituto Público e este tipo de obras, mal executadas, estão a prejudicar moradores e os utentes da via que pagam os seus impostos
Agradece-se que sejam tomadas medidas
António Freitas