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Tomar é o concelho com mais casos de violência doméstica na região

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De acordo com o relatório anual da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima referente a 2022, foram apoiadas pela APAV 22 vítimas em Tomar, sendo o concelho da região com maior número de casos (ver tabela).

Segue-se Ourém com 18, Abrantes com 17, Entroncamento com 16 e Torres Novas com 13.

Na capital do distrito, Santarém, a APAV apoiou 81 vítimas.

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De uma maneira geral, registou-se em todos os concelhos um aumento do número de queixas de 2021 para 2022 (comparar relatórios em baixo).

 

Vítimas de violência doméstica apoiadas pela APAV em 2022

ConcelhoVítimas apoiadas
Tomar22
Ourém18
Abrantes17
Entroncamento16
Torres Novas13
Alcanena10
Ferreira do Zêzere7
Santarém81

Fonte: APAV

 

A nível nacional:

APAV apoiou em 2022 perto de 15 mil vítimas diretas de crimes, quase mais 11% que em 2021

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) apoiou em 2022 perto de 15 mil vítimas diretas de crimes, com os crimes contra as pessoas, como a violência doméstica ou os crimes sexuais, a representarem 94% dos crimes registados.

A associação divulgou hoje o seu relatório anual, com as estatísticas relativas a 2022, no qual refere ter feito 83.322 atendimentos, mais 25,5% do que em 2021, apoiando diretamente 16.824 pessoas.

“Estes atendimentos realizaram-se nos vários serviços de proximidade: Gabinetes de Apoio a` Vítima, Equipas Móveis de Apoio à Vítima, Polos de Atendimento em Itinerância, Sub-Redes Especializadas e Casas de Abrigo, Sistema Integrado de Apoio a` Distância e Linha Internet Segura”, refere a APAV, no relatório.

Acrescenta ter apoiado “um total de 14.688 vítimas diretas de crime e de violência, o que representa um aumento de 10,9% de vítimas face ao ano transato”.

Segundo a APAV, estes números revelam que durante o ano passado, a associação atendeu, em média, todas as semanas 157 mulheres, 50 crianças e jovens, 30 homens e 29 idosos, o que representa igualmente 40 vítimas por dia.

“Entre todos os crimes e outras situações de violência registadas pelos vários Serviços de Proximidade da APAV, os crimes contra as pessoas, como a violência doméstica ou os crimes sexuais, representam cerca de 94% do total”, refere a organização.

Relativamente aos crimes ou outras formas de violência reportadas, a violência doméstica surge de forma destacada, com 21.588 ocorrências, 77,4% do total, seguindo-se os crimes sexuais contra crianças e jovens, com 4,9% dos crimes.

A média de idades das crianças e jovens apoiadas pela APAV em 2022 é de 10 anos e 60% destas vítimas menores eram do sexo feminino.

“A Rede CARE – apoio a crianças e jovens vítimas de violência sexual tem-se dedicado ao apoio especializado a este tipo de vítimas, partindo do modelo de apoio da APAV para o desenvolvimento de procedimentos próprios, específicos para esta tipologia de crime”, refere a associação.

O perfil geral das vítimas que recorreram à APAV aponta para uma maioria de mulheres (77,7%), com idade média de 40 anos, e grau de escolaridade ao nível do ensino superior (7,3%).

Em termos de faixas etárias, as vítimas que recorreram à APAV em 2022 situavam-se fundamentalmente entre os 25 e os 54 anos de idade (39,6%), acompanhando uma tendência crescente já verificada em anos anteriores.

As vítimas menores (menos de 18 anos de idade) que procuraram apoio na APAV registam aumentos expressivos face a 2021, tendo-se registado no ano passado 2.595 (17,7%), o “maior número alguma vez registado pela APAV”.

A associação refere que o número de pessoas idosas vítimas (65 ou mais anos de idade) é igualmente elevado, tendo havido 1.528 pessoas (10,4%), ainda que ligeiramente mais baixo do que em 2021, quando 1.594 (12%) pediram ajuda.

Relativamente ao autor do crime, a APAV refere ter tido conhecimento de 14.824 pessoas, a maior parte do sexo masculino (62%), “mantendo-se, desta forma, a tendência de anos anteriores”.

A APAV destaca ainda que do total de contactos feitos para a associação, 47,8% foram feitos pela própria vítima, enquanto 43,1% foram por amigos, conhecidos ou familiares das vítimas.

Lusa

 

Relatório anual APAV 2022

 

Relatório anual APAV 2021

 

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