![Tomar é o concelho com mais casos de violência doméstica na região violencia domestica](https://tomarnarede.pt/wp-content/uploads/2020/06/violencia-domestica-780x470.jpg)
De acordo com o relatório anual da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima referente a 2022, foram apoiadas pela APAV 22 vítimas em Tomar, sendo o concelho da região com maior número de casos (ver tabela).
Segue-se Ourém com 18, Abrantes com 17, Entroncamento com 16 e Torres Novas com 13.
Na capital do distrito, Santarém, a APAV apoiou 81 vítimas.
De uma maneira geral, registou-se em todos os concelhos um aumento do número de queixas de 2021 para 2022 (comparar relatórios em baixo).
Vítimas de violência doméstica apoiadas pela APAV em 2022
Concelho | Vítimas apoiadas |
Tomar | 22 |
Ourém | 18 |
Abrantes | 17 |
Entroncamento | 16 |
Torres Novas | 13 |
Alcanena | 10 |
Ferreira do Zêzere | 7 |
Santarém | 81 |
Fonte: APAV
A nível nacional:
APAV apoiou em 2022 perto de 15 mil vítimas diretas de crimes, quase mais 11% que em 2021
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) apoiou em 2022 perto de 15 mil vítimas diretas de crimes, com os crimes contra as pessoas, como a violência doméstica ou os crimes sexuais, a representarem 94% dos crimes registados.
A associação divulgou hoje o seu relatório anual, com as estatísticas relativas a 2022, no qual refere ter feito 83.322 atendimentos, mais 25,5% do que em 2021, apoiando diretamente 16.824 pessoas.
“Estes atendimentos realizaram-se nos vários serviços de proximidade: Gabinetes de Apoio a` Vítima, Equipas Móveis de Apoio à Vítima, Polos de Atendimento em Itinerância, Sub-Redes Especializadas e Casas de Abrigo, Sistema Integrado de Apoio a` Distância e Linha Internet Segura”, refere a APAV, no relatório.
Acrescenta ter apoiado “um total de 14.688 vítimas diretas de crime e de violência, o que representa um aumento de 10,9% de vítimas face ao ano transato”.
Segundo a APAV, estes números revelam que durante o ano passado, a associação atendeu, em média, todas as semanas 157 mulheres, 50 crianças e jovens, 30 homens e 29 idosos, o que representa igualmente 40 vítimas por dia.
“Entre todos os crimes e outras situações de violência registadas pelos vários Serviços de Proximidade da APAV, os crimes contra as pessoas, como a violência doméstica ou os crimes sexuais, representam cerca de 94% do total”, refere a organização.
Relativamente aos crimes ou outras formas de violência reportadas, a violência doméstica surge de forma destacada, com 21.588 ocorrências, 77,4% do total, seguindo-se os crimes sexuais contra crianças e jovens, com 4,9% dos crimes.
A média de idades das crianças e jovens apoiadas pela APAV em 2022 é de 10 anos e 60% destas vítimas menores eram do sexo feminino.
“A Rede CARE – apoio a crianças e jovens vítimas de violência sexual tem-se dedicado ao apoio especializado a este tipo de vítimas, partindo do modelo de apoio da APAV para o desenvolvimento de procedimentos próprios, específicos para esta tipologia de crime”, refere a associação.
O perfil geral das vítimas que recorreram à APAV aponta para uma maioria de mulheres (77,7%), com idade média de 40 anos, e grau de escolaridade ao nível do ensino superior (7,3%).
Em termos de faixas etárias, as vítimas que recorreram à APAV em 2022 situavam-se fundamentalmente entre os 25 e os 54 anos de idade (39,6%), acompanhando uma tendência crescente já verificada em anos anteriores.
As vítimas menores (menos de 18 anos de idade) que procuraram apoio na APAV registam aumentos expressivos face a 2021, tendo-se registado no ano passado 2.595 (17,7%), o “maior número alguma vez registado pela APAV”.
A associação refere que o número de pessoas idosas vítimas (65 ou mais anos de idade) é igualmente elevado, tendo havido 1.528 pessoas (10,4%), ainda que ligeiramente mais baixo do que em 2021, quando 1.594 (12%) pediram ajuda.
Relativamente ao autor do crime, a APAV refere ter tido conhecimento de 14.824 pessoas, a maior parte do sexo masculino (62%), “mantendo-se, desta forma, a tendência de anos anteriores”.
A APAV destaca ainda que do total de contactos feitos para a associação, 47,8% foram feitos pela própria vítima, enquanto 43,1% foram por amigos, conhecidos ou familiares das vítimas.
Lusa
O CM 🛐 não comenta?
Isso é violência….deves ser o VA….