Regimento de Tomar: quase tantos oficiais e sargentos como praças

No Regimento de Infantaria 15 de Tomar há 85 praças e entre 70 e 75 oficiais e sargentos, segundo uma reportagem publicada pelo jornal Público no dia 25, a propósito da “crise de efetivos que deixa quartéis à míngua”. “A base da pirâmide está, assim, com poucos elementos, em risco de inversão”, constata o jornal.

É no Regimento de Tomar que os paraquedistas se preparam para as Forças Nacionais Destacadas (FND), com missões no âmbito da Aliança Atlântica, Nações Unidas, União Europeia e no quadro da cooperação bilateral de Portugal.

O jornal Público fez um levantamento e detetou vários casos de quartéis que têm mais oficiais e sargentos do que praças.

No Regimento de Manutenção do Entroncamento, o número das praças é equivalente ao dos oficiais e sargentos, e no Regimento de Engenharia de Tancos há 114 oficiais e sargentos para 75 praças.

“À partida, chama a atenção a desproporção, embora haja uma explicação”, ressalva o jornal. É que “os trabalhos de manutenção exigem maior especialização e o desequilíbrio resulta da especificidade da função. Em parte, tal explica, também, os números da Engenharia de Tancos”.

A nível nacional, e de acordo com os dados a que o jornal teve acesso, no caso das praças, onde o défice é maior, estavam autorizados 9089, dos quais apenas estão preenchidos 4191. O diferencial é, assim, de 4898 efetivos. Este é o diferencial de maior expressão, seguido do que afeta os sargentos do quadro permanente (menos 338), em que estavam autorizados 3042 e só estão colocados 2704.

Por ordem decrescente, seguem-se os sargentos voluntários e em regime de contrato, 538 em 720 – portanto, com um défice de 1802. Os oficiais do quadro permanente com uma falta de 180 e, por fim, os oficiais voluntários e contratados, com menos 147 do que o autorizado.

Crise de efectivos deixa quartéis à míngua. Exército confirma falta de 5745 militares