A maior parte das dezenas de árvores que foram plantadas na alameda dos Freixos, da Mata dos Sete Montes, em novembro de 2021, morreram à sede.
A iniciativa chamava-se “Reflorestar Tomar”, envolveu a câmara de Tomar, a Junta de Freguesia Urbana e o ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Floresta, mas redundou num falhanço por negligência dos responsáveis que não cuidaram de regar as árvores.
Carvalhos, carrascos e freixos foram plantados e todos identificados com uma tabuleta onde consta o nome da escola, o ano e a turma que plantou, o nome da árvore e a espécie a que pertence, entre outros dados.
Agora essas tabuletas, perfiladas ao longo da alameda dos Freixos, mais parecem as tabuletas de um cemitério.
“Em vez de “mata dos sete montes “, bem podem mudar o nome para ” Jardim das tabuletas das árvores mortas”. Plantar árvores e depois não as regar, e delas não se cuidar é simplesmente estúpido. Para mais com a responsabilidade que o ICNF teve na sua plantação. Uma lástima”, criticou José Pedro Gil no Facebook.
O escândalo ainda é maior quando se sabe que a plantação das árvores fazia parte de uma “ação de sensibilização e reflorestação integrada no projeto vencedor do orçamento participativo jovem de 2018 Reflorestar Tomar”, da câmara.
A autarquia e a junta mobilizaram as crianças de várias escolas e jardins de infância como Santa Iria, Raul Lopes e Jardim Escola João de Deus e fizeram a respetiva publicação sobre a plantação no Facebook, para tudo terminar desta forma triste.
“O que interessava era meter a placa, tirar umas fotos, fazer umas selfies, registar na imprensa o que foi feito. O resto que se F©∆@”, critica Rui Costa.
Além das que foram plantadas na alameda dos Freixos, também as árvores plantadas na mesma ocasião no local devastado pelo tornado de 7 de dezembro de 2010, acabaram por morrer à sede.
A publicação da câmara aquando da plantação das árvores:
O caso ilustra muito bem a consistência das iniciativas desta Câmara e do seu Executivo, a começar na brilhante senhora Presidente.
É este caso exemplo dos legados que vão deixar: árvores secas, iniciativas estéreis, espaços verdes projetados e jardins arruinados(Mouchão), população em fuga e investimentos em cascata virtual.
Foi uma boa iniciativa: a de pouparem água.