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Cortaram as últimas árvores da Várzea Grande

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As duas únicas árvores que restavam na Várzea Grande, em frente ao tribunal de Tomar, foram cortadas pelo empreiteiro da obra. As árvores estavam saudáveis, não ofereciam qualquer perigo, pelo que não se compreende o abate.

Nesta altura a Várzea Grande parece um deserto. Até a meia dúzia de árvores que foram transplantadas secaram.

O projeto prevê a plantação de olaias (árvores idênticas à da rua dos Arcos) nas laterais da praça.

A empreitada de requalificação da Várzea Grande vai custar 3.048.435 euros, a que acresce o custo do projeto. Está previsto que as obras estejam concluídas em dezembro.

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9 comentários

  1. não se compreende o abate

    Pois eu compreendo que não se compreenda.
    Tomar – chamemos-lhe assim a esta horda de gente que nos pastoreia e deixa pastorear, nesta borda do Nabão – caracteriza-se, culturalmente, por ter uma relação patológica com a sua própria cultura e com a sua própria identidade.
    Tirando o convento onde está aquela janela e que quando foram feitos Tomar era despicienda, o que cai na mira dos que por cá passam é precisamente o espelho de água à volta do mouchão. Pois bem: aquilo é resultante de uma barragem que serviu outrora para uma industria farrusca servida pela levada.
    Se fosse hoje, os planeadores e os inteligentes que decidem por nós nunca autorizariam nem uma nem outra coisa. Provavelmente nem o convento porque implicaria também construir uns Pegões e isso teria um impacto ambiental nunca admissível.
    Verdadeiramente o que conta não é nem a natureza nem a história. É o que consta e o que sai dos iluminados projectos de especialistas e decisores autárquicos cuja capacidade e competência cultural, a bem dizer, nunca foi referendada.
    Todos querem “deixar obra”. E em tal afã, burrifam-se, não conseguem ver e são insensíveis à sensibilidade e à cultura daqueles que lhes pagam o ordenado.
    Que importância tem uma árvore ao pé de uma placa a dizer quem é que mandou fazer aquela obra?
    O concelho está impestado de plaquinhas a dizer o nome do inaugurante do quer que seja. Até o nome das ruas, em muitos casos, teve de se adaptar ao nome do analfabruto vereador.
    No que respeita a questões culturais, Tomar não faz questão. Assim, estes grupos que ocupam privilégios decisórios, broncos ou tecnocratas (vai dar ao mesmo), assumem como deles um património a cuja natureza colectiva são insensíveis e desatam a “fazer obra” no mais refinado estilo “pato-bravismo a dar para o madeireiro”: uma árvore bonita é uma árvore abatida.

  2. Bom trabalho, depois de tudo pronto vai fi ar linda aquela zona as árvores existentes, embora em bom estado, não se enquadravam na requalificação. Muito que só sabem dizer mal mas nunca fizeram cada de útil, vão ter que meter a viola no saco.

    1. Lá está o lambe botas institucional a debitar benquerenças. É como os padres: Está sempre do lado de quem manda.
      Falta de espinha dorsal…

  3. Só falta demolir o tribunal para o largo/terreiro ficar na forma original, tão ao gosto dos intelectuais locais. Lembrar que a plantação do tribunal ali foi, segundo consta, decisão de um ministro do antigamente, após polémicas tomarenses sobre a ocupação do sítio. O soldado desconhecido é que não está para discussões e já está mais perto da estação para apanhar o comboio para outras paragens. Tal como os tomarenses não aposentados. Fazem bem. E sempre podem voltar no verão para as festas. Dos tabuleiros e das outras.

  4. Está presidente da câmara devia ser demitida. Além de incompetente, idiota e outros atributos, está a destruir está cidade. Cambada de idiotas perigosos

  5. Esta cidade realmente é composta só por pessoas cultas e multifacetadas. Vejo aqui pessoas constantemente a “argumentar” e criticar todas as áreas possíveis e imaginárias, desde o planeamento urbanístico da cidade, aos problemas sociais, organização de transito, politica, questões de engenharia, e agora paisagismo. Realmente estas pessoas são fantásticas… todos os assuntos são a praia deles… ou então não.

    Eu, como não não tenho o tal nível de conhecimento linear a todas as áreas, sendo Engenheiro Civil, e cingindo-me apenas à minha área, tenho a dizer que independentemente da cor politica (que para o caso pouco ou nada me interessa), tenho a dizer que as obras realizadas a nível de estruturas e infraestruturas na zona em questão, são sem dúvida uma mais valia para a nossa cidade, que há muito eram necessárias fazer (a minha opinião). Como tal só tenho de felicitar o município.
    Quanto à questão paisagística, até posso não entender por agora, mas vou aguardar para ver o resultado final, confiando nos verdadeiros profissionais da área, que tenho a certeza que estudaram o caso e fizeram a melhor escolha possível para a zona e obra em questão. Há que confiar nas pessoas e não ter a mania que se sabe de tudo e criticar tudo e todos, sem ter as mínimas informações ou conhecimentos dos assuntos.

    PS: uma sugestão… o jornalismo seria valorizado se apenas informa-se as pessoas de forma imparcial, e não fosse utilizado para dar opiniões próprias ou criticar cores politicas.

  6. Uma das características do “pato-bravismo”, esta coisa de ser bronco com poder ou dinheiro, é precisamente a aversão às questões culturais e à opinião. Nota-se bem no texto deste “engenheiro”. No fim de dar a sua opinião, de assumir que nem sequer pensa no assunto e criticar os que o fazem, acha então que “o jornalismo” só deveria relatar “factos”. Na melhor das hipóteses poder-se-ia talvez abrir uma excepção para quando ele ou algum “engenheiro”, ou alguém da câmara que eles achassem bem, ou algum outro Rui Pompeu, quisessem botar faladura. Mas só nessas condições. Porque os outros são gente para quem “todos os assuntos são a praia deles… ou então não”.
    O que eles não sabem, nem sequer sonham, é que a construção e intervenção no espaço público, no espaço colectivo tem uma determinação social e cultural. Não sabem nem sonham porque, pare eles, a instância cultural suprema será talvez o departamento de vendas da Cimpor. A história, a identidade cultural e simbólica dos utentes dos espaços que eles abastardam é uma dimensão do projecto que, em absoluto, desconhecem ou nem sequer sabem que existe.

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