Os Vereadores eleitos pelo PSD na Câmara Municipal de Tomar apresentaram em reunião de Câmara uma proposta para que o Município aderisse ao projeto “Bairros Comerciais Digitais” – uma medida com o objetivo de promover a digitalização da economia, ora através da adoção tecnológica por parte dos operadores económicos e pela digitalização dos seus modelos de negócio, ora através da sensibilização e capacitação dos trabalhadores e empresários, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Entendemos que esse financiamento se destacava como uma oportunidade para os setores do comércio e dos serviços abertos ao público, traduzindo-se num impulsionador económico com foco na transformação digital dos agentes económicos e dos seus modelos de negócio.
Curiosamente, a governação socialista reprovou a proposta dos eleitos do PSD para depois avançar com a referida candidatura. Situação infeliz, que diz muito da forma de estar de quem nos governa. Mas, o mais importante estava cumprido, Tomar candidatou-se à medida Bairros Comerciais Digitais, resultado da colaboração entre a Câmara Municipal, ACITOFEBA e a SoftInsa/IBM.
A candidatura do Município de Tomar tinha um investimento de 1.438 M€, com financiamento elegível de 991 mil €. No entanto, após serem tornados públicos os resultados das 160 candidaturas, constatámos que a candidatura de Tomar foi considerada “elegível não selecionada”, ou seja, elegível mas sem financiamento, que é como quem diz, nada! Ao contrário de 65 outros Municípios que viram as suas candidaturas aprovadas e financiadas, entre os quais Torres Novas e Santarém.
Procurei saber mais sobre este processo na reunião de Câmara Municipal do passado dia 16 de outubro e, para meu espanto, a Vereadora Filipa Fernandes limitou-se a dizer que “o dinheiro não chegou para apoiar todos os projetos”, como se o processo de seleção se tratasse de um sorteio. Não esclareceu, no entanto, a razão pela qual uns projetos foram apoiados e outros não.
Razão essa que é fácil de perceber na análise do IAPMEI à candidatura do Município de Tomar que “careceu de uma abordagem mais eficaz no que se refere a alguns subcritérios”, i.e., a candidatura tomarense não reunia as condições necessárias ficando atrás das candidaturas de outros Municípios.
A Câmara Municipal de Tomar recorreu desta decisão a 2 de agosto, mas, quase 3 meses depois, ainda não houve qualquer resposta, conforme informou a Vereadora responsável. E, neste caso, a ausência de resposta é bastante esclarecedora: Tomar vai ficar fora dos “Bairros Comerciais Digitais”.
Mais uma oportunidade perdida para a economia local, para a valorização e competitividade do serviços e comércio local em Tomar.
Tiago Carrão
Vereador da Câmara Municipal de Tomar, eleito pelo PSD
Presidente do PSD de Tomar
Tomar está mais virada para outro tipo de bairros, os bairros sociais, aqueles onde medra a pobreza, a indigência e o comércio de farinha…
A questão, está bom de ver, foi que a tal vereadora não soube preencher os papéis.
Mas não desesperem. Mais um curselho de Novas Opotunidades e mis um assessor que lhe explique as coisas e não haverá candidatura que lhe escape. Para nosso bem.
Este é um daqueles artigos de opinião com noop interesses….