As diferenças entre um ano “comum” e um ano de eleições autárquicas.
Seis meses acabam de passar sobre a morte do Sr. Padre Mário e é com surpresa que vemos a notícia de que a Câmara Municipal de Tomar lhe irá atribuir uma medalha, a título póstumo. Uma homenagem merecida por tudo o que foi e fez. São incontáveis as pessoas que lhe são agradecidas por toda a ajuda que prestou e não é por acaso que está a ser criado um livro em seu nome.
Então, porquê a surpresa da homenagem? Pois bem, quando soube que no próximo dia 1 de março isto iria acontecer, veio-me à memória a notícia relatada pelo Tomar na Rede quando precisamente nas comemorações do dia da cidade e no ano 2014, a Presidente da Câmara lhe retirou o lugar de entidade como representante da Igreja, numa pura tentativa de humilhação. Mas esse triste acontecimento, foi só o começo de uma marginalização, nunca antes vista, do Município ao nosso Vigário. Foram inúmeros os atos da Câmara onde não houve convite ao Sr. Padre; a missa foi banida do programa oficial das comemorações do dia de Tomar; a Sra. Presidente fez questão de virar as costas à igreja em todas as celebrações (exceto quando esta foi transmitida pela televisão) da Festa dos Tabuleiros; e tantos outros infortúnios não colocados em praça pública pelo humilde Mário Duarte. Terminando, já após o falecimento, com a recusa em ser decretado luto municipal e com a típica infantilidade do sr. Vice-presidente ao vir publicamente, num programa de rádio, tentar denegrir a sua imagem.
Mas, todo o ser humano tem o direito ao arrependimento e ao seu posterior perdão. Se é um ato puro e sincero, só um pedido publicamente de desculpas o provará, pois se não for feito este mea culpa, passa a ser legítimo concluir que se trata de mera hipocrisia.
Beatriz
É bem capaz de ser um mero ato hipócrita. Mais um em ano eleitoral. E mais mais barato que muitos outros. Convém porém reconhecer que o falecido padre Mário também teve em vida culpas no cartório.
Terá sido um excelente ministro de culto e uma boa criatura de Deus, mas deu descaminho ao catavento quinhentista da capela de S. Gregório e apropriou-se indevidamente de um dos quadros da igreja de S. João Batista, que são propriedade do Estado, mandando-o para o então recente museu diocesano de Santarém. Sem dar cavaco a ninguém, e mostrando-se até ofendido quando o assunto foi debatido e criticado na informação local.
Tão pouco consta que alguma vez o padre Mário tenha pedido desculpa, ou sequer reconhecido a imoralidade dos atos antes citados, pelo que nesse aspeto a presidente da Câmara está salvaguardada, uma vez que os exemplos devem vir da Igreja. A hipocrisia, Beatriz é uma “qualidade” humana muito abundante no vale do Nabão e no país, mesmo no seio da paróquia.
À boa maneira socialista.
O que foi verdade ontem, não é hoje, porque não é essa verdade que lhes interessa. Hoje. Amanhã, logo se vê.
Demasiado mau.
Mas a Câmara não são 7 pessoas? Na atual composição não são 3 do PSD? Ou as homenagens são dadas pelo PS? É que este texto parece bastante hipócrita e à boa maneira de alguma beata que confunde igreja com Estado.
Então essa de vir com a da Presidente não ir à missa por tudo e por nada como se o devesse fazer ou chamar infantil ao vice-presidente porque tem opiniões, mostra bem uma linha de pensamento bafiento que ainda existe nas terras do nabão.
Tem razão, a câmara são sete pessoas, todas eleitas em listas partidárias. Há uma que julga que manda em tudo e afinal é um pau mandado da capelinha camarista. Um que lá se vai safando, um outro que excedeu as expetativas e uma que só quer é promoção pessoal. Do outro lado, ou do que devia ser o outro lado, há três contemplativos, cheios de pena por não serem eles a fazer exatamente o mesmo que fazem os anabelistas.
O concelho é pequeno. Tem cada vez menos recursos. As melhores cabeças já se foram quase todas. Não há pachorra para aturar os tomareiros.
São 7, mas só 4 mandam, têm o monopólio do mando, JP. Os laranjas são apenas verbo de encher, quem manda são os rosas.