Desde o início do ano letivo, são cada vez menos as crianças que almoçam no refeitório da Escola Básica 2,3 D. Nuno Álvares Pereira. A má qualidade dos produtos, a pobreza das refeições e a falta de apresentação do empratamento são apenas algumas das queixas dos alunos.
Ninguém acredita que os responsáveis do agrupamento não estejam preocupados com a qualidade do serviço que é oferecido aos alunos, mas às vezes, com o foco nos resultados das avaliações e nos quadros de mérito que são hoje o referencial, até se esquecem que há outras formas de obter a almejada notoriedade. Por exemplo, se o Lubomir apreciar o arroz de espinhas que ali se faz, está imediatamente encontrado o próximo chef do Hell’s Kitchen.
É uma pena que ao invés de procurar perceber o que está mal nos produtos e na confeção das refeições, ou o que pode ser melhorado para que os alunos tenham melhores condições para as soluções que vão encontrando, a Escola e a Câmara de Tomar parecem ter escolhido a via de varrer para baixo do tapete. Comem e calam é o que se depreende da comunicação enviada esta semana por um Diretor de Turma…
Caros Encarregados de Educação,
foi-me solicitado que vos transmitisse a seguinte informação:
“Face a algumas questões que têm surgido com os almoços na escola, informamos que:
1.Todos os alunos e Encarregados de Educação têm conhecimento de que a escola tem um serviço de refeições, tutelado pela CMT e concessionado a uma empresa, assim o espaço “Refeitório” destina-se única e exclusivamente àquele serviço, ou seja, não é permitido ao aluno trazer de casa ou comprar fora da escola a refeição e sentar-se no refeitório para a consumir.
- Os alunos vão deixar de ter a possibilidade de utilizarem o micro-ondas da escola, porque não se encontram garantidas as condições de higiene /segurança e tem-se verificado a sua má utilização, com riscos para a sua saúde.
- Tendo em conta todas as preocupações com o fornecimento aos alunos de uma alimentação saudável e entendendo que a escola é um espaço privilegiado para a promoção da saúde, os discentes que, habitualmente, compram para o almoço pizas, McDonalds ou alimentos similares, bem como bebidas gaseificadas, têm de os consumir fora da escola.
- Estas normas entram em vigor no dia 23 de outubro.
- A partir do dia 6 de novembro, todos os alunos podem escolher a ementa vegetariana, sem necessidade de qualquer pedido especial nos Serviços Administrativos.”
Quem acredita que a Escola e a Câmara de Tomar estão atentas às questões da higiene e segurança e como tal não se vão ficar pela correção no que diz respeito à utilização do micro-ondas e vão corrigir muito mais situações de flagrante atropelo às boas práticas, acredita também que o discurso floreado do início do ano letivo não foi apenas isso.
Nota: a 13 de setembro o Município de Tomar assinou um contrato para “Aquisição de serviços de fornecimento de refeições escolares (almoços) em regime de confeção local e transporte a quente”, com a empresa Euroessen – Restauração e Serviços, Lda por 567.943,30 euros + IVA, válido por um ano.
… também devia perguntar ao sr. Presidente da Câmara porque contrataram uma nova empresa de fornecimento de refeições às escolas só por 1 ano, ou se a dita tem referencial de serviço escolar, …
Pergunta para os responsáveis por este artigo: em que dados se basearam para afirmar “são cada vez menos as crianças que almoçam no refeitório da Escola Básica 2,3 D. Nuno Álvares Pereira” ?
Eu não respondo pelo responsável do blog, mas posso dar a minha opinião: basta haver alguém que se dê ao cuidado de constatar o facto, não acha?
simples, quem mandou a queixa ao tomar na rede, que é provavel que tenha sido um aluno que disse aos pais, fez esta observação. meus dois filhos disseram que, sim de facto há menos pessoas a almoçarem na escola.
No meu tempo ia almoçar a casa e era quando o havia
como pai de 2 filhos, senti-me horrorizado ao ler este artigo. como uma escola pode ignorar tantos pedidos de uma maior qualidade alimentar? vou mudar os meus filhos para a jacome ratton assim que possivel.