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Faltam planos para o futuro de Tomar… o tal programazinho…

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O debate em curso sobre o PDM, mostra o estado lastimoso a que já se chegou nas margens nabantinas. Por imposição legal, técnicos municipais e algumas raras almas penadas andam entretidos com o debate de um instrumento de planeamento que, quando foi aprovado, há mais de 20 anos, já era de facto um aborto, obsoleto e mal elaborado desde o início. E o que nasce torto…

Agora, após mais de 15 anos de revisão, subsistem nesse plano erros crassos, entre os quais alguns que até provocam o riso, apesar de estarmos em pandemia. Destaque para a projectada ponte entre a rotunda do Padrão e o actual Horto municipal, com posterior ligação à avenida Maria de Lurdes Melo e Castro, via Marmelais de cima. Assim uma espécie de troço de periférico de penetração, tipo carapaça de caracol, da rotunda do 15 à rotunda da estação da CP. Mais uma originalidade tomarense. As sucessivas gerências municipais nunca deixaram de me surpreender. Infelizmente pela negativa.

Com as cabeças pensantes nabantinas entretidas na discussão pública obrigatória do PDM, outros concelhos vizinhos não se ficam a dormir, nem ocupados com debates estéreis. Ourém vai de vento em popa, nomeadamente nos organismos europeus de santuários e turismo religioso. Já ultrapassou Tomar em termos de população, de turismo e de economia em geral, sendo agora o concelho líder do Médio Tejo. Com a vantagem de poder despejar as águas sujas da ETAR da Sabacheira para o Nabão, sem serem incomodados. Bastou colocar Anabela Freitas na presidência da Tejo Ambiente, a empresa que dirige a referida ETAR. A srª agradece, pelo prestígio. Ourém agradece, pela paz assim alcançada. Quem sabe, sabe.

Torres Novas, que tem 31 mil eleitores, contra 34 mil em Tomar, acaba de aprovar um orçamento para 2021 de 48 milhões de euros. Tomar ficou-se pelos 41 milhões de euros. Uma diferença de 7 milhões nada fácil de explicar, ao saber-se que a autarquia nabantina não tem fama de ser poupada. Pelo contrário.

Santarém, que tem o magnífico panorama das Portas do Sol, o túmulo de Pedro Álvares Cabral, achador do Brasil, igrejas góticas, e uma rica gastronomia, não é apesar disso, por enquanto, considerada uma âncora turística. Não figura, por exemplo, em nenhum dos grandes guias internacionais de referência (Routard, Bison Futé, Lonely Planet, Guide Bleu, American Express), nem integra os principais circuitos organizados pelos operadores portugueses.

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Ainda assim, longe de desanimarem, os eleitos escalabitanos acabam de criar um Conselho municipal de turismo, tendo como objectivo principal o desenvolvimento dessa área de negócio no concelho.

Sessenta quilómetros mais acima, Tomar, que é o segundo maior polo turístico da zona, logo a seguir a Fátima, vê os seus autarcas a brincarem com coisas sérias. Já tivemos a primeira Comissão de Iniciativa e Turismo do centro do país, e uma das primeiras do país, mas isso foi nos anos 30 do século passado. O belo painel de azulejos ainda lá está, a ornamentar a fachada. Agora nem temos comissão de iniciativa, nem comissão municipal, nem coisa nenhuma.

O turismo em Tomar está, desde há 8 anos, entregue a duas senhoras com feitio de adolescentes tardias, que confundem idas a feiras de turismo com ajudas ao incremento do turismo local. E eventos popularuchos com turismo cultural estruturado. Falo da vereadora do pelouro e da sua chefe de divisão, que até consegue ser deliberadamente desagradável para alguns tomarenses, quanto mais agora para os turistas.

Embalados no conhecido discurso, segundo o qual vai tudo muito bem, nunca falhamos e o importante são festas, cinema, passeatas e comezainas, tudo bem regado, os eleitores tomarenses têm tido dois andamentos. No primeiro andamento votam em quem lhes afaga as necessidades primárias antes descritas. No segundo, quando já não tem praticamente remédio, lastimam-se que a vida está cada vez pior, que o Nabão está poluído, que não há empregos, e que Tomar está a definhar. Fazem lembrar aqueles alcoólicos que se queixam cada vez mais do fígado, mas que entretanto continuam a emborcar. E que acabam por morrer de cirrose.

Será que vamos ter mais uma repetição em Outubro próximo? Por agora ainda nada indica o contrário.

                                            António Rebelo

 

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27 comentários

  1. O programazinho ou, se se quiser, a estratégia tomarense (nem plano estratégico chega a ser) está definido há 30 anos, especialmente visível há 20: prescindir da indústria, repudiar as novas acessibilidades por autoestrada e as novas modalidades de comércio. Ou seja, tolerar o pequeno negócio e apostar no turismo. Dir-se-a que o turismo não foi convenientente desenvolvido; talvez, mas ainda que fosse, não seria comparável com o fenómeno religioso de Fátima/Ourém. O resultado de tudo isso está á vista, bem refletido no PDM.

    1. Tem razão.
      Por isso venho alertando para que as formações políticas apresentem cada uma o seu programa. De forma a termos planos alternativos a um PDM que só estorva. De forma a que os eleitores possam FINALMENTE! saber o que tencionam fazer os candidatos, antes de fazerem a cruzinha.
      Sobre o desenvolvimento do turismo em Tomar e em Fátima, salvo melhor opinião, creio haver um pressuposto falso, e um mal entendido ou equívoco. O pressuposto falso é aquele que implicitamente considera as autarquias como motores naturais do turismo local, mesmo que se limitem a umas bocas de circunstância, exactamente o ocorre a maior parte do tempo.
      O mal entendido ou equívoco está ligado ao pressuposto anterior. Consiste em pensar que o turismo de Fátima é concorrente do de Tomar, ou vice-versa, quando afinal são complementares. Assim sendo, se as duas autarquias tivessem nos seus quadros competentes especialistas em turismo, ou sequer vontade de os contratar (como funcionários, ou como simples assessores ocasionais), já há muito teriam enveredado por iniciativas tendentes a transformar o seu concelho respectivo em base ou “hub” para o turismo regional. Única maneira de ter cada vez mais turistas e menos excursionistas (para quem saiba do que estou a falar).

    2. António Pina, ao dizer que o turismo não foi convenientemente desenvolvido você só pode estar a brincar!!! Quando eu andava pela cidade á um ano atrás, pré covid, vi Americanos, Chineses, Russos, Coreanos, Brasileiros (turistas), etc…, etc…, vi as esplanadas cheias e com imensos turistas estrangeiros a deliciarem-se com as nossas iguarias, as igrejas a serem visitadas, a mata (que estava em muito mau estado), etc…. Repare me quantidade de hotéis, hostels e alojamento local que brotaram me cidade nos últimos anos!!! Agora á que saber quanto é que a câmara gasta com o turismo e qual o retorno por cada euro investido e número de postos de trabalho. E como você diz o turismo de Tomar jamais concorreria com o turismo religioso.

  2. Nem Ourém/Fátima dependem do turismo religioso tanto como se pensa, nem a economia do turismo se mede pelo número de visitantes em passeio ou nas esplanadas. No caso de Ourém/Fátima há muitas empresas, tirando partido da A1 e da proximidade a Leiria/Pombal. Quanto a Tomar, com a venda duns cafés e umas (poucas) diárias de turistas de passagem, não se progride. Até porque sendo um setor de ordenado mínimo e volátil (como agora se vê) tem que ser complementado com outras atividades.

    1. António Pina, com todos o respeito até os habitantes de fátima se riam se você lhes disse-se que eles não dependem assim tanto do turismo religioso!!! Eu não tenho partido, detesto o PS, mas tenho de dar a mão á palmatória e dizer que o PS está a fazer um bom trabalho em Tomar em termos de promoção do concelho, e algumas obras como a requalificação da várzea grande e o cine teatro. Também acho a criação da Tejo Ambiente uma excelente ideia. Agora temos de ver é as contas, se o passivo desce ou sobe e quanto, se os consumidores da Tejo ambiente têm uma água de qualidade a preços acessíveis, se o fluxo populacional estabeliza e reverte, se se criam mais postos de trabalho do que aquele que desaparece, se a câmara tem uma estrutura eficiente, a meu ver não tem, acho-a péssima, etc…

      1. Helder Silva, o sr. tem todo o direito de, conforme escreve, detestar o PS mas achar que a actual maioria “está a fazer um bom trabalho em termos de promoção do concelho e com obras como a Várzea e o cine-teatro”. E até de achar a criação da Tejo Ambiente “uma excelente ideia”. Mas é uma tomada de posição tão insólita, tão ao arrepio da opinião pública local, que só pode levar a desconfiar.
        Lá diz o povo que quando a esmola é grande, o santo desconfia. Neste caso não é o santo que desconfia, são os que que pagam os seus impostos.
        Indo agora à sua opinião sobre o desenvolvimento do turismo local, num seu comentário anterior, por favor não confunda inundações sazonais com sistemas de rega. Noutros termos, Tomar praticamente nada tem a ver como turismo que nos invadiu, ou com a proliferação de alojamento turístico. São duas vagas estreitamente ligadas que atingiram o país, fruto da evolução geral do sector e não das iniciativas portuguesas, quer sejam nacionais, regionais ou locais.
        Quer um exemplo: As senhoras que estão no turismo tomarense resolveram ir, em anos anteriores, a feiras internacionais de turismo, segundo disseram para promover a Festa dos tabuleiros, que se realiza apenas de 4 em 4 anos, e cuja última edição custou à câmara a bagatela de 600 mil euros, sem retorno directo. O sr, caso fosse operador de turísmo, arriscaria elaborar um pacote turístico integrando uma festa que só há a cada 4 anos? E nos 3 anos intermédios vendia o quê?
        Por conseguinte, as idas de eleitos e funcionários camarários a feiras internacionais de turismo são muito interessantes para os próprios, que sempre ficam com um bocadinho mais de “mundo”. Para o desenvolvimento do turismo local, o interesse é nulo. Ninguém pode vender aquilo que não tem. Tomar nunca teve nem tem produtos turísticos elaborados, vendáveis no actual mercado nacional e internacional. LImita-se a receber (por vezes mal) aquilo que vai aparecendo, fruto do mero acaso.
        Fico por aqui, cumprimentando com todo o respeito.

        1. António Rebelo, eu sou um liberal, sou anti socialista ou social democrata, e elogio o trabalho da câmara na área do marketing porque eu não tenho umas palas nos olhos. Promover um concelho é uma qualidade, e a presidente Anabela parece-me ser uma excelente relaçōes públicas. Também me parece ser péssima a gerir, ela parece ter uma grande propensão para gastar dinheiro. Por exemplo critiquei-a quando alugou o Mercedes e quando deu como argumento o facto do outro poluir muito e por isso trocou-o por um híbrido!!! Achei ridículo!!! A minha esperança é que haja alguém na equipa dela que a chame á realidade. Aliâs eu já dei uma vista de olhos a relatórios e contas de anos anteriores e a dívida parece estar a baixar, o que muito me admira!!!!. Vamos ver se assim contínua….

          1. Apesar de eu ter umas palas nos olhos, conforme o sr. dá a entender no seu comentário, estou de acordo num ponto importante: ANABELA FREITAS É UMA EXCELENTE RELAÇÕES PÚBLICAS. Acrescento até uma outra qualidade: É uma óptima pessoa para conversar. De raciocínio rápido, tem resposta para tudo. Uma delícia para os jornalistas, tanto os avençados como os outros. Sei bem do que falo, pois já tive o gosto de a entrevistar em tempos na Rádio Hertz. Era ela deputada substituta na AR.
            Que fique também muito claro o meu posicionamento de sempre. Nada tenho contra a srª em termos pessoais, pelo que sempre procuro limitar os meus escritos a seu respeito à esfera política.
            Dito isto, parece-me que sr. está a ser vítima de uma ilusão de óptica. Anabela Freitas nunca teve nem tem como objectivo central promover a cidade ou o concelho. Apenas pretende promover-se a si própria. E comprar votos sempre que possível.
            Todos os políticos fazem o mesmo? Fazem. Mas há uns mais discretos e mais hábeis do que outros. E Anabela Freitas dá muito nas vistas.
            Abstraindo essas outras questões menores que o sr. elencou, Mercedes, gestão… no meu entender Anabela Freitas tem dois enormes defeitos na área política, que vão provocar a sua derrota em Outubro próximo, se não arrepiar caminho entretanto. Falo da auto-suficiência e do ressentimento. Nunca admite que errou, raramente pede ajuda e jamais perdoa.

  3. Umas no cravo, outras na ferradura.
    Nas décadas antecedentes, não houve um pensamento estratégico para visionar Tomar com futuro, e o futuro de Tomar.
    A Câmara não é salvadora, nem pude ser a Mãe de todas as soluções.
    Mas, devido ao modelo de funcionamento da Administração e da Economia nacionais, cabe à Câmara uma posição e um papel decisivos no enquadramento e na dinamização do desenvolvimento local. Seja ele qual for.
    Mas tem que existir o tal pensamento estratégico, a tal ideia norteadora, para avançar.
    E é neste capítulo que somos desgracados, em especial nestes últimos 30 anos.
    As Câmaras, os elencos camarários, têm sido estéreis. O problema não é pois limitado às duas donzelas citadas por António Rebelo, é muito anterior. Elas são apenas as protagonistas mais recentes desta desgraça que se abateu sobre Tomar.
    A incapacidade de pensar o futuro, a cegueira pelo voto, que leva às tais comezainas e passeios.
    A incapacidade de pensar que estamos de passagem, e que temos responsabilidades para com as gerações que nos vão suceder.
    A continuar assim, só nos resta a vergonha dos destroços que vamos legar.

  4. CANSADOS DE OBRAS!
    Sem precedentes, um simples vírus inesperado afetou de maneira radical e dramática toda a humanidade. Esta realidade que estamos vivendo, reafirma a importância de desenvolver ideias e iniciativas antecipatórias tendentes a minimizar as suas consequências, temores e angústias. O mercado de trabalho – também em TOMAR – alterou-se rapidamente e já está a provocar mazelas de consequências sociais imprevisíveis. Urge promover eventos de reflexão e prognosticar cenários futuros sobre a vida dos tomarenses antecipando riscos e enfrentar com êxito as grandes ameaças que se avizinham.
    Precisam-se ideias senhores governantes, muita gente ficará pelo caminho.
    Será que?

  5. Sr. Hélder. Sejamos realistas, o que é promover um concelho? Criar riqueza que gere postos de trabalho, se possível bem remunerados, criar emprego, fixar os locais, permitir a ascensão social dos que estão e atrair novos residentes, dinamizar a economia, fazer subir a receita fiscal para poder fazer exigências junto do poder central. Do meu ponto de vista, muito mais que ajardinar praças ou criar ciclovias. Pode e deve dizer-se que as autarquias não criam empresas (um argumento paiviano), mas podem e devem atrair empresários, criar-lhes incentivos para investir localmente. Algo que é muito mais complexo do que a capacidade para convencer os pouco exigentes eleitores tomarenses, ainda que merecedor do elogio de “boa relações públicas”.

  6. Já aqui escrevi um dia que Tomar é adversa ao investimento e até hostil a quem aqui quer investir, criar postos de trabalho e atrair pessoas.

    Dei como exemplo o caso do Continente quando há 30 anos se quiz instalar em Tomar e teve que ir instalar-se em Leiria. Só anos mais tarde tivemos um Modelo.

    Outro caso foi a construção de um centro comercial que nunca foi consensual em Tomar para não dizer que teve forte contestação de meia dúzia de pessoas e levou os investidores a desistirem.

    Há concelhos a pagarem para terem investimento, Tomar corre com os investidores!

    Tudo com o pretexto do comércio local, que aliás defendo. Só que se esquecem que o comércio local não cresce mem sobrevive com modelos dos anos 80, com os Tomarenses e os vizinhos a saírem sempre que podem onde está a oferta: Leiria, Coimbra e Lisboa, não esquecendo Torres Novas.

    Se não existe oferta para atrair pessoas até às de cá vão fazer compras fora.

    Um turista Inglês, Japonês, ou de outra qualquer nacionalidade, que venha a Tomar num autocarro visitar um ou dois monumento, que é o típico, e que muitas vezes nem uma refeição aqui faz, já para não falar de aqui pernoitar não vai comprar nada e muito menos as ofertas que Tomar tem para lhes proporcionar.

    1. A realidade é mesmo essa que descreve. A autarquia tomarense faz o possível para correr com os investidores- Os eleitos porque não lhes convêm as mudanças que o futuro traria. Os quadros superiores porque só aceitam investidores “sumarentos”.
      O turismo que temos é praticamente todo de passagem. Só uma ínfima minoria cá almoça ou janta, e ainda menos cá pernoitam. Tudo produto da enxurrada geral, e não de ações promocionais.
      Infelizmente para todos, a fraca cultura do eleitorado, que pouco ou nada lê na sua grande maioria (com a notável excepção dos jornais desportivos), não lhe permite compreender, que o mesmo é dizer, não lhe permite ver as coisas como elas são. E vá de votar em quem usa falinhas mansas, palmadinhas nas costas, promessas vãs, feijoadas e outros meios semelhantes para conseguir votos.
      Ou mudam, ou estamos bem lixados.

      1. Eduardo Nicolau, se é como você diz que só uma infíma parte dos turistas cá janta e almoça e muito menos pernoita eu não entendo como é que há tanto hotel, hostel, residencial e alojamento local em Tomar. Nos últimos anos lembro-me do Hotel República, Casa dos Oficíos, Thomar Boutique, e acho que está um alojamento local de luxo onde antigamente era o PS. Tudo isto nos últimos três ou quatro anos!!! Fora o Hotel dos Templários, Cavaleiros de Cristo, o grupo Isidro Rosa Martins, o Trovador, aquela ao pé do banco Millenium na Alameda que de momento não me lembro o nome, o tabuleiro, que além de restaurante também aluga quartos, etc…, etc…. Eu admiro-me como é que numa cidade tão pequenina e que só oferece turismo cultural e não é tanto como isso, tem tanta oferta de dormida disponível!!!!

        1. Há realmente cada vez mais oferta turística em Tomar, sem qualquer planeamento ou aconselhamento fundamentado. O que vai provocar falências a médio/ longo prazo, infelizmente. Com ou sem mais pandemias.
          Quanto ao relativo progresso acelerado nessa área, é tudo muito relativo. Convém lembrar que fazemos parte de um país que em poucos anos, e praticamente sem saber como, passou de 8 para quase 20 milhões de turistas anuais.
          Mesmo assim, e apesar de algum triunfalismo bacoco, a capacidade hoteleira tomarense não chega sequer a metade da de Fátima. Em termos quantitativos. Quanto a qualidade, já é outra questão, a abordar mais tarde.

  7. Planos para o futuro de Tomar?

    O problema é que existem, são maus e ao sabor dos caprichos de quem em cada momento está presidente.
    Por exemplo tivemos fontes cibernéticas, pavilhões multiusos, ” novos estádios sintéticos” parques de estacionamentos, etc. Depois temos passadiços, espetáculos mediáticos com artistas locais, caridade e apoio à saúde, etc.

    A dívida vai baixando porque se tem de ir pagando e quase se não investe NADA!!

    Quanto ao Turismo e termos muitos hotéis novos , lembro que em Fátima existem mais de 43 hotéis com
    7 500 camas sem mencionar alojamentos de outro tipo e em 2019 visitaram Fátima mais de 6,3 MILHÕES de pessoas. Por cá tivemos um RECORD de visitantes no Convento de 380 mil. em 2019.
    Não entendem a diferença de escala?? Não entendem que termos uns passantes na cidade , parece que visitaram a Sinagoga pouco mais de 70000 pessoas ,são tretas?

    Já agora , por causa da pandemia não tivemos um evento MUNDIAL de mulheres ligadas ao ayurveda?? que estava previsto para Tomar e que em 2018 motivou uma deslocação à Índia da vereadora do pelouro. Isso sim traria milhares de pessoas ao burgo.

    O problema é que Fátima tem um tema/conteúdo a religião.

    Tomar poderia ter o seu tema os Templários/Descobertas mas em primeiro lugar o Convento tem a sua marquesa que não dá cavaco à nossa duquesa nem com a porta reaberta, por isso o Convento não tem conteúdos para os turistas verem demoradamente e ficarem em Tomar. E é gerido por um organismo extremamente dinâmico e competente…

    Os operadores turísticos que vivem e percebem de Turismo nem consideram Tomar para a sua estadia.
    Não temos hotéis com capacidade de alojar um autocarro de turistas , salvo o único hotel com esse nome que temos o Hotel dos Templários.

  8. O maior número de turistas que visita Tomar é um número significativo de jovens, pouco endinheirados por sinal, que de segunda a sexta no período diurno se fazem deslocar pela cidade a passearemr alguns livros, quando não os deixam em casa, com o pretexto de virem á a escola!
    Quem pensa que algum dia Tomar possa viver do turismo está no planeta errado.

  9. Zé Caldas, pensando bem a dívida da Câmara e a da República vão baixando porque os juros, por influência do BCE, baixaram muito, e eles pagam dívida antiga com empréstimos novos a juros baixos. Não foi porque de repente passámos a produzir muito e a sermos poupadinhos e assim pagámos o que devia-mos. Eu já disse que não gosto do PS e do PSD, acho que só fazem merda e depois está cá o contribuinte para pagar, veja-se o que acontece na TAP, mas eu a muito custo e engolindo uns sapos tenho de admitir que acho que esta gestão camarária tem feito coisas boas, já sei que me vão insultar aqui, mas é o que penso. Achei genial a ideia da Tejo Ambiente, acho que é uma boa ideia para permitir concelhos pequenos partilharem recursos, sempre com o objectivo de optimizar a gestão em beneficío do consumidor, o que parece estar a correr mal. Achei muito boa a ideia da requalificação da várzea grande, acho que aquele largo de terra e cheio de buracos logo á saída da estação não dignificava Tomar. Achei genial a requalificação do cine teatro, era algo que faltava a Tomar, que parece ter ficado muito bom. E para mim o que mais me surpreendeu foi o dinamismo que a câmara , provavelmente por mérito da Filipa Fernandes deu a Tomar. Aquela ideia de aproveitar o rio para fazer wakeboarding foi de génio. Até hoje não me lembro de um executivo que tenha tido ideias tão boas para promover Tomar, repare que você refere o congresso mundial de mulheres.

    1. Respeitável sr. Helder Silva, procurando rebater, que é como quem diz contrariar, aquilo que avança neste seu comentário, começo por lhe solicitar que não procure armar-se em vítima. “Já sei que me vão insultar aqui”, escreve você. Mas em que se baseia? Que me recorde -e já lhe respondi duas vezes antes desta, até agora sem retorno da sua parte- ainda ninguém o insultou ou foi sequer inconveniente para com o sr.
      Não lhe agradam os escritos, quando discordam daquilo que proclama? É normal. Mas daí ao insulto vai uma distância que ainda não foi percorrida.
      Acresce que, ao tomar tal posição, o sr. assume-se inadvertidamente tal como é: alguém intolerante e autoritário, mascarado de liberal moderno. Sem ofensa.
      Indo ao âmago da questão, a sua posição em relação à gestão desta maioria, focada particularmente nas duas senhoras, é tão insólita e óbvia que se autoclassifica. Falar, por exemplo, do mérito da vereadora sempre em festa, só podia vir de si e percebe-se bem com que intuito.
      Para não alongar demasiado, limito-me ao congresso mundial de mulheres ao qual o sr. e o sr. Caldas se referem. Se não erro, houve viagem à Índia e tudo, mas depois a anunciada reunião em Tomar foi um malogro. Falou-se em 500 participantes, depois em 300, depois 200 e assim sucessivamente. Contas feitas, segundo a imprensa da época terão estado entre 70 e 80 participantes. Antes da pandemia. Se isto é boa promoção, vou ali e já volto.
      A recuperação do cine-teatro, a recomposição da Várzea grande, a criação da Tejo ambiente, o aproveitamento do rio para wakeboarding são coisas geniais, afirma o sr. Seria pedir demasiado que explicasse qual o retorno efectivo e verificável para Tomar, de todas essas maravilhas que elenca? Para o liberal que o sr. proclama ser, não deve ser difícil fazer-nos um quadro explicativo de custos-benefícios. Porque de paleio elegante mas oco estamos todos fartos. E não basta afirmar. Há que provar, para ser credível.

      1. António Rebelo, eu juro-lhe pela minha saúde que não conheço a Filipa Fernandes ou a Anabela Freitas de lado nenhum, nem sequer sou amigo de Facebook. Mas eu tenho que dar o mérito a quem o tem, e acho a Filipa Fernandes uma pessoa muito capaz, e sou idóneo porque eu não a conheço pessoalmente. Você não percebe que o trabalho dela é andar sempre em festa???!!!! Quanto á Anabela eu acho que também tem jeito para promover o concelho mas acho que não tem tanto jeito para a gestão, pelo menos pelas intervençōes que eu tenho ouvido na Hertz. Eu confesso que tenho um certo preconceito contra a Anabela Freitas pelo facto de achar que ela subiu na vida via PS, conforme já admitiu o ex companheiro e chefe de gabinete. Ela é licenciada em recursos humanos pelo IPT logo não á de ter sido uma aluna brilhante, mas eu acho que o desempenho como Presidente tem sido positivo. Quanto ao retorno destas iniciativas de marketing eu tenho uma pergunta a fazer-lhe: você acha que o dono do Hotel República, 5×, private banquer, gestor de fortunas, é maluco para investir 2 ou 3 milhōes de euros so Tomar se não visse condiçōes para tal????!!! Ou os donos do Thomar Boutique, que já eram donos do Thomar Secret Story????!!!! Você já olhou bem para aquilo? Parece-lhe barato???!!! Ou os donos do casa dos oficíos???!!!! Estão ali muitos milhōes investidos. Qualquer tomarense que passea-se pela cidade pré covid ficava admirado com a afluência de turistas!!!!

        1. Não tem que jurar pela sua saúde, ou pelo que seja, Helder. É a sua opinião, que eu respeito, mas com a qual não concordo. E nunca deixei ou deixarei de explicar porquê.
          Já você, Helder, parece ter uma habilidade rara para fugir das questões que o embaraçam. Neste caso, resolveu recorrer ao investimento hoteleiro, em vez de responder caso a caso, como seria normal. Pois vamos então ao referido investimento na área hoteleira.
          1 – Está por determinar que haja qualquer relação de causa a efeito entre a gestão da actual maioria camarária e os investimentos que cita. Até porque não consta que, em termos gerais, o PS morra de amores pela iniciativa privada. Nem é isso que dele se espera.
          2 – Parte importante desses investimentos é a fundo perdido e proveniente de Bruxelas, via fundos europeus. A partir daqui, sabemos bem como é.
          3 – Abundam em Tomar os cadáveres hoteleiros: Grande Hotel, Pensão bar, Pensão tomarense, Pensão Gândara, Pensão Lisbonense, Estalagem de Santa Iria, Pensão Nun’Álvares, Estalagem do Castelo do bode. Por conseguinte, mais um ou dois, menos um ou dois, ninguém se vai dar conta sequer.
          4 – Nunca escrevi ou disse que havia na área hoteleira, ou noutras, investidores malucos. Mas já disse cara a cara, e em tempo útil, ao proprietário do Hotel república, que não me parecia um empreendimento com futuro, por falta de dimensão e classificação inadequada. A seu tempo veremos quem tem razão, e quem está enganado. Neste e nos outros casos que cita.
          5 – Já lhe disse há três dias atrás, conforme poderá verificar mais acima, que não convém confundir inundações sazonais com sistemas de rega instalados. O Helder provavelmente não leu e vai daí repete a mesma cantilena: havia uma enorme afluência de turistas em Tomar, antes da pandemia. Lá haver havia, Helder. Mas repare, o Convento recebeu, em 2018, 380 mil visitantes, com entradas a 6 euros. Cá em baixo, a Sinagoga ficou-se, nesse mesmo ano, pelas 70 mil entradas, todas gratuitas. E Fátima recebeu, também em 2018, 6,4 milhões de peregrinos. Está ver o filme?

          1. Ok António Rebelo. Respeito a sua opinião. Tal como você eu também me encontro fora, no meu caso há já 18 anos e tal permite-me ver e pensar Tomar fora da caixa, daí as minhas opiniōes divergirem ás vezes de quem aí reside. Desejo voltar um dia e que os tomarenses analisem bem e façam critica construtiva, e que vão em massa ás urnas votar, não fiquem so casa como habitual. Votos de boas festas e de um 2021 com muita saúde.

    2. Escreve Helder Silva que “aquele largo de terra e cheio de buracos logo à saída da estação não dignificava Tomar”. Há, antes de mais, um detalhe a salientar: Para os tomarenses aqui nascidos e os simples residentes, a Várzea grande não fica à saída, mas à entrada da estação. O que significa que Helder Silva, se não é turista, pelo menos tem essa visão de quem chega. Não a de quem parte.
      Volvendo à questão primitiva, é facto que um largo de terra cheio de buracos não dignifica uma terra, nem dignifica ninguém. A começar pelos autarcas que o deixaram chegar a tão mísero estado, eventualmente para depois se servirem disso como argumento para queimar mais de 3 milhões de euros em obras ornamentais.
      Mas mesmo de terra e cheio de buracos, o referido largo servia para estacionamento diário de centenas de carros, em grande parte de gente vinda à cidade, não com turistas, mas para governar a sua vida. Agora, depois de estoirados os ditos 3 milhões, a Várzea bonitinha serve concretamente para quê? Para mais um gasto anual de dezenas de milhares de euros com a respectiva manutenção? O que antes não havia para tapar os buracos, passa agora a haver, para cuidar de tudo aquilo, que é bem complexo?
      Haja um pouco de decoro, sr. Helder. Os tomarenses são como são. Mas não tanto assim.

      1. Fernando Esteves, quem sai de Tomar volta depois a entrar e as primeiras impressōes são as que ficam e, na minha opinião, aquela área precisava de uma requalificação. Quanto ao dinheiro é o que já referi, os juros baixaram e a Câmara pode usar engenharia financeira para arranjar o dinheiro.Agora se 3 milhōes foi barato ou caro isso não sei. É natural que a estratégia da presidente passe por gastar um bocado mais agora para ser reeleita, isso é normal.

        1. Lá está você, Helder, a tentar fugir com o dito à seringa. O problema não é esse, criatura. A requalificação da Várzea grande era consensual. O que está errado e se critica é a forma como foi feita. Ornamentou-se, a meu ver mal e toscamente, gastou-se um balúrdio, mas não se fizeram os equipamentos que se impunham, à cabeça dos quais o parque de estacionamento subterrâneo. E até houve o descaramento de retirar da empreitada, com uma argumentação infantil, a recuperação dos sanitários que estava prevista, e agora vai ser submetida a novo concurso, ainda não se sabe quando.
          Você é um cidadão livre, Helder. Pode portanto simpatizar com quem queira, e louvar quem bem entenda. Mas não convém tentar convencer os tomarenses que o Gualdim está virado para a Câmara, porque coisas assim só o podem desacreditar.

    3. Caro Helder Silva
      Tem direito a ter como todos a sua opinião mas é importante alicerçar a opinião em factos se possível. A dívida quando foi contraída teve um prazo de maturidade e um plano de pagamentos definido. Ora que eu saiba a CMT não renegociou o prazo nem os juros dos empréstimos, tem gerido o pagamento dos mesmos. Ora se por limites de endividamento não contrai mais empréstimos , a dívida vai diminuindo…
      A questão não está em gostar ou não dos partidos que refere , mas sim o que têm feito pelo desenvolvimento do concelho e nesse respeito estamos falados.

      A ideia da Tejo Ambiente é um “presente” envenenado, e passo a explicar.
      1- O centro de decisão deixa de estar no concelho e passa para uma entidade “colegial”
      2- O custo mais importante do “negócio” está na compra da água em grande parte à EPAL, e aí podia ser um fator de diminuição de custo por renegociação do seu preço mas tanto quanto saiba não é o caso.
      3- Tomar é um concelho rico em água ( Mendacha) e deveria ser auto suficiente no seu abastecimento, mas para isso era necessário uma estratégia de em primeiro lugar reparar e melhorar a rede de abastecimento dessa fonte. e com os ganhos desse investimento melhorar a rede de saneamento
      4- A passagem para a Rejo Ambiente veio por a nu os prejuízos acumulados derivados de uma péssima gestão.
      Por fim será muito mais fácil a uma empresa estrangeira comprar a Tejo Ambiente insolvente , do que tentar comprar concelho a concelho. Ou pensa que esta “obrigação” de juntar para ter fundos europeus é bem intencionada?
      Quanto à Várzea Grande claro que ficou muito melhor, depois de mais de 3 milhões de euros gastos, mas dá caviar a um faminto ou um bife? A Zona industrial está ao abandono há décadas e completa, não há lotes para instalar empresas, essas sim geradoras de progresso e melhores empregos.
      Quanto a dinamismo por causa do wakebord é talvez só superada pelas maravilhas culinárias do cabrito de Tomar.
      Quanto ao congresso das mulheres que nem acabamos por saber se era uma iniciativa privada ou paga pelo município o ridículo fala por si….

      1. Caro Zé Caldas, quanto á dívida e Tejo Ambiente eu não tenho dados concretos para uma análise técnica dessas soluçōes, apenas falo do geral. Eu oiço dizer ás pessoas que contrairam empréstimos bancários que os juros desceram e que ficam com mais dinheiro dísponível ao final do mês e oiço os economistas nas TVs a dizerem o mesmo am relação á dívida da República e pensava que a Câmara não seria diferente!!!!. E quanto há Tejo eu apenas apliquei o principío da economia de escala, (fOR PRINCÍPIO) quanto maior a empresa maior poder de negociação vai ter, logo vai poder comprar mais barato e pode haver uma partilha de recursos materials e humanos. Se calhar Tomar tem capital investido em máquinas a que dá pouco uso e poderia perfeitamente partilhar com outros concelhos como Ourém ou Ferreira do Zêzere, ou pode não ter uma máquina e um operador para a mesma e o concelho vizinho ter, ou Tomar tem nos quadros advogados, arquitectos e engenheiros que passam o dia a coçar a micose porque o concelho é pequeno e não tem assim tanto o que fazer e esses quadros poderiam perfeitamente trabalhar noutros concelhos, e vice versa. Eu parto do princípio que há uma boa gestão. Também há o reverso e ás vezes quanto maior a empresa mais o desperdicío mas como disse parto do principío da boa gestão. Quanto á zona industrial eu a última vez que lá passei, talvez á uns 2 ou 3 anos vi lotes com fartura, não há é empresas nem empresários!!!! Mas se calhar sou eu que tenho de mudar de óculos!!!! Quanto ao wakeboard eu apenas elogiei a ideia porque a mim nunca me passaria tal pela cabeça, nem passou a ninguém que tenha passado pela CMT antes, porque ninguém o fez. Quanto custou não sei mas achei uma ideia simples, inovadora e com poucos meios técnicos, só precisaram de 2 ou 3 gruas no rio e nas margens. A ideia das maravilhas culinárias também achei boa, não sei quanto custou, mas em princípio pareceu-me bem. Pelo seu raciocínio estão não se fazia nunca a festa dos Tabuleiros, porque ela é deficitária, ela só deu lucro com o subsídio da câmara. Eu como já disse passei uma vista de olhos pelos relatórios é contas de anos anteriores da CMT, já na presidência Anabela Freitas, e lá diz que a dívida tem vindo a descer, logo presumo que todas estas iniciativas pelo menos ainda não arrebentaram com a câmara!!!!

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