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Vila Galé compra Convento de Santa Iria e colégio feminino para hotel com 100 quartos

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Ainda falta acertar alguns pormenores, mas a câmara de Tomar já chegou a acordo com o grupo Vila Galé em relação à venda do Convento de Santa Iria e antigo colégio feminino, junto ao rio Nabão.

O atual executivo tentou vender o imóvel por 1 milhão e 350 mil euros, mas o concurso ficou deserto. Agora o grupo Vila Galé propõe-se comprar por 700 mil euros e investir entre 5 a 10 milhões de euros naquele espaço.

A proposta vai ser analisada e votada na próxima reunião de câmara e vai depois à assembleia municipal.

Segundo o Expresso, o novo hotel que a Vila Galé quer construir em Tomar vai ter 100 quartos

Estamos ainda a discutir o contributo que podemos dar neste antigo espaço Templário, e contamos acabar o projeto para o poder entregar até ao final do ano na câmara, onde ainda terá de ser aprovado em sessão camarária”, adianta o presidente da Vila Galé ao Expresso, lembrando que a câmara de Tomar já tinha aberto para aquele edifício “um concurso que ficou deserto, e agora desafiou-nos para o podermos desenvolver”.

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Jorge Rebelo de Almeida frisa que este projeto em Tomar representa mais uma aposta do grupo hoteleiro em ‘puxar’ pelo interior do país.

 

Notícia do Expresso

Vila Galé vai abrir hotel em Tomar num antigo colégio Templário

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11 comentários

  1. É uma excelente notícia. O Vila Galé é um grande e conceituado grupo hoteleiro, com unidades em Portugal e no estrangeiro.
    Resta saber se o tradicional “império dos sentados”, também conhecido nos últimos mandatos por DGT, estará pelos ajustes, bem como quanto dinheiro e tempo levará a aprovar o projecto. Veja-se o que está a acontecer com a Estalagem de Santa Iria. Fechada há mais de um ano, não se conhecem perspectivas a curto prazo.
    Neste caso do ex- Convento de Santa Iria, para já aparece um lapso imperdoável, no texto da empresa hoteleira: “neste antigo espaço templário”??? Onde diabo foram pescar semelhante heresia histórica?

  2. Bem, a notícia do Expresso é o descalabro.
    Espero que no projeto algumas coisas fiquem preservadas, como a capela de Santa Iria.
    Estes investimentos turísticos têm sido a ferramenta para a recuperação urbana e muito bem.
    A dúvida que me fica é como vai ser a resposta de estacionamento para os visitantes e residentes.

  3. Excelente título, com o qual ficamos contentes.

    Mas o diabo está sempre nos pormenores.

    É que vender por 700.000€ um espaço que custou ao Estado 1.350.000€, tem o pequeno problema de ter de ter uma excelente explicação e garantia de que não haja gestão danosa, com venda abaixo do valor de compra – é que o Município comprou os dois edifícios a privados.

    Escrevam: se for assim, tal e qual está na notícia, vamos ter problemas, semelhantes à venda pelos CTT da sua sede em Coimbra em 2005…

  4. Negócios à moda do Estado Português.
    Alguém que diga quem foi o “inteligente” que na altura avaliou aquilo em 1.350.000€….
    E também gostaria de saber da legalidade de o Município vender 1 edifício onde pagou 1.350.000€ e agora vende-o por 700.000€. Representa uma perda financeira de 650.000€ que mais uma vez quem paga é o zé contribuinte…..

    1. Talvez mereça a pena esclarecer. Onde se lê “Negócios à moda do Estado Português”, deve ler-se NEGÓCIOS À MODA DOS ELEITOS DO PS, pois aquilo foi comprado em condições bastante estranhas pela maioria PS de Pedro Marques, sendo agora vendido pela maioria PS/Pedro Marques, se tivermos em conta o acordo pré-eleitoral PS-IpT que deu a maioria à senhora presidente.
      A política tem destas coisas.
      Diga-se porém que, mesmo vendendo a perder bastante dinheiro, caso o negócio avance, a actual maioria tem muito a ganhar em termos eleitorais. E a cidade também, em termos económicos.
      Em termos administrativos e de legalidade estrita nas contas públicas, uma coisa pode justificar cabalmente a outra. Não se tratará de uma venda com perda elevada, mas de um investimento arriscado e promissor.

  5. Como não haverá certamente turistas para tanta oferta de hospedagem, podemos estar perante um negócio de recuperação dos edifícios a baixo juro e fundo perdido. Alguém pagará, melhora-se o edificado tomarense e quando se verificar não haver clientes, vende-se na forma de frações ou apartamentos. Isto se houver população para comprar. Também pode correr tudo bem para este investimento a custa de fecharem outras ofertas. Alguém acredita que o turismo em Tomar estica? Ou que Tomar é como Lisboa ou Porto?

    1. A Cristo o que é de Cristo, a César o que é de César. Trata-se de iniciativas privadas, que envolvem a autarquia-vendedora apenas no caso do ex-Convento de Santa Iria. Não cabe portanto à câmara e muito menos ao governo interferir em negócios de privados.
      E se não resultarem, se fracassarem, os gestores das respectivas empresas que se amanhem. Também me parece demasiada capacidade hoteleira para Tomar. Tal como considero um exagero os anunciados 100 quartos do eventual futuro hotel. Houve um tempo em que os camaristas no poleiro falavam de “hotel de charme”, mas numa terra pequena, uma unidade hoteleira com 200 camas não pode ter charme nenhum.
      Há também, aquele outro da Praça da República, com 5 estrelas, 19 quartos e sem estacionamento.
      Mas como costuma escrever o boss aqui do blogue, é a “dinâmica dos negócios”. Câmara e governo devem limitar-se a apoiar, a facilitar. E ficar por aí. Já não estamos a caminho do socialismo, se é que alguma vez estivemos mesmo.

  6. De facto PARECE SER a dinâmica dos negócios. Na realidade será a dinâmica dos fundos perdidos e juro subsidiado. Donde a sociedade pode e deve questionar a viabilidade e sustentabilidade do gasto. Ou alguém acredita que o dito investidor do Portugal de hoje arrisca o seu dinheiro? O estado em que se encontra a banca devido aos financiamentos de negócios ah portuguesa é esclarecedor.

  7. Para Tomar à ré:
    Gosto muito de ler os seus comentário, bem escritos e bem fundamentados em geral. Gostaria de obter os seguintes esclarecimentos:
    1 – Quando fala de indústria de manufatura, em vez da opção turismo, da qual não gosta, está a referir-se concretamente a que indústrias e manufaturas?
    2 – Escreveu mais acima …”e quando se verificar não haver clientes, VENDE-SE NA FORMA DE FRAÇÕES OU APARTAMENTOS.” Denotando pela sua escrita ser uma pessoa esclarecida e bem formada, sabe concerteza que tal só é possível se for previsto desde o projeto inicial. Isto porque uma fração ou apartamento tem de ter, no mínimo, cozinha e casa de banho, quando regra geral os hotéis, salvo os de apartamentos, têm quartos e instalações sanitárias, mas não têm cozinhas.
    Caberá portanto ao executivo autárquico ponderar em tempo útil se autoriza ou não essa possibilidade. Seria bem-vindo um esclarecimento da sua parte.

    1. 1-Não gostar do turismo? Claro que é uma atividade económica importante onde o pode ser. Capitais como Paris ou Lisboa sabem isso. Algarve, Baleares ou Canarias, também. Zonas com clima especial, riqueza paisagística e tradição como a Madeira também. Todas com aeroporto. Que condições tem Tomar para achar que o turismo (que na melhor das hipóteses é de passagem de um ou dois dias) dá suporte económico a uma cidade com 15 mil habitantes? E se é verdade que a atividade turística emprega muitos, os ordenados são baixos porque é baixo o valor acrescentado. 2- Outras atividades/ manufaturas possíveis? Todas aquelas que nos ultimos 30 anos se têm estabelecido nas outras autarquias: Leiria, Pombal, Castelo Branco, Fundão, Évora, Águeda, etc. Em Tomar é que há o misterio de ninguém se querer instalar.

      1. Não sei se deliberadamente, porém o certo é que no turismo se esqueceu de Óbidos, Alcobaça, Évora, Elvas ou Batalha, por exemplo. Que não têm aeroporto nem praia. São mais pequenas? É verdade no caso da Batalha. E daí? Apesar de também situadas no interior, não têm perdido tanta população como Tomar
        A respeito das tais atividades/manufaturas para facultar desenvolvimento económico, e pagar salários dignos, acho a sua resposta demasiado vaga. O ideal seria dar nome aos santos.
        Finalmente, no caso daquele “mistério de ninguém se querer instalar”, algumas perguntas que parecem pertinentes: Porque será? Falta de candidatos, ou falta de empenhamento por parte da autarquia?
        O mal está no turismo, ou na cabeça de quem governa?

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