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Situação financeira “negativa e desequilibrada” na câmara de Tomar

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Já é conhecido o relatório da auditoria que a Inspeção Geral de Finanças realizou na câmara de Tomar referente ao triénio de 2014/2016.

Segundo o documento, “o Município de Tomar apresentou, em 2016, uma situação financeira de curto prazo negativa e desequilibrada”.

Os inspetores realçaram “algumas melhorias na situação económico-financeira do Município de Tomar face ao período de 2009/2013″, mas, “globalmente, mantiveram-se os principais problemas estruturais, tendo os indicadores mais importantes registado uma evolução negativa com níveis muito distantes dos parâmetros indicados como referência”.

“A Autarquia apresentou, entre 2014/2016, uma gestão orçamental desequilibrada, persistindo uma elevada rigidez ao nível das despesas orçamentais, sem margem de atuação para fazer face às demais despesas (…)”, refere-se nas conclusões.

A presidente da câmara conseguiu livrar-se de uma “responsabilidade financeira sancionatória” pela sua gestão “graças” ao processo ParqT. Ou seja, a câmara não cumpriu a lei argumentando com o pagamento da dívida à ParqT.

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Ao longo do triénio de 2014/2016, existiu “uma prática reiterada de empolamento da previsão das receitas orçamentais (54%, 60% e 61%)”. Além disso “os documentos de prestação de contas daqueles anos “continuam a não refletir, com total fiabilidade, a situação financeira e patrimonial da Autarquia”, concluíram os inspetores.

O relatório pode ser consultado aqui

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10 comentários

  1. Este relatório, velho de três anos em termos factuais, mostra afinal duas coisas:
    1 – Tomar está mesmo no caminho certo…rumo à despromoção.
    2 – Sem querer, a srª presidente acabou por dizer a verdade, ao contrário do que geralmente acontece. Afirmou que o seu primeiro mandato foi “para arrumar a casa” e verificamos agora que Tomar como concelho está mesmo arrumada, no mau sentido do termo.
    Perante isto, se ainda houvesse tomarenses civicamente vivos e activos, valia a pena deflagrar acções em prol de um melhor futuro para todos. Como não há tal coisa, mas sobretudo gente carneiralmente acomodada, que Deus nos ajude, se puder!

  2. Continuem a pensar que será o turismo cultural a âncora económica de Tomar que o andar para trás continua. Agora a outra desculpa é não estarem aproveitadas as potencialidades turísticas. De desculpa em desculpa até se chegar a uma vilória com história.

    1. Pois é. Anda tudo enganado. Fábricas com muitos operários é que tem de ser. Tudo operários especializados. E sem precários. Para se poderem filiar nos sindicatos da CGTP – A força de quem trabalha. Só duas perguntas: Fábricas de quê? Com que operários especializados?
      Faça favor de continuar a procurar meio-dia às duas da tarde, que o caminho é mesmo esse.

      1. É olhar para o que conseguiram em Évora (em pleno Alentejo vermelho) com o terceiro maior fabricante mundial de aviões. Ou em Ponte de Sor, uma aldeia há 50 anos. Ou Vila Real, ou Fundão, Viseu. Para não referir tudo o que é litoral. Parece que por aqui a contemplação basta. E realmente dá muito menos trabalho e requer muito menos esforço.

        1. Vomecê é realmente um bocadinho de ideias fixas. Cismou que o turismo não serve como motor económico para Tomar, e bumba. Vá de combater essa ideia, usando verdades e falsidades. Desta vez vem com exemplos de terras que se desenvolveram graça à indústria. O problema é que as três principais (Évora, Vila Real e Viseu) são capitais de distrito, com a vantagens inerentes, e Tomar joga numa divisão inferior. Já Fundão e Ponte de Sor não são exemplo para ninguém. Têm vindo a perder população, tal como acontece com Tomar. Entre 1989 e 2017, Fundão perdeu 1.547 eleitores, Ponte de Sor 1.443 e Tomar 3.979.
          Comparativamente, na outra divisão, a das capitais de distrito, durante o mesmo período, Évora registou mais 4.087 eleitores, muito pouco em relação a Vila Real (+ 12.048 eleitores) ou a Viseu (+ 25.367 eleitores).
          Como pode ver, caso as suas lentes ideológicas o permitam, o grande factor de desenvolvimento em Portugal não é certamente a indústria, mas o aparelho administrativo. Infelizmente, porque se trata de uma circunstância que não é sustentável a médio/longo prazo, como se está a ver em Tomar.

          1. Se para “vomecê” o desenvolvimento futuro depende do aparelho administrativo deve estar a contar com a Camara, o Politecnico, outros poucos serviços públicos (enquanto não fecham ou são transferidos) e gabinetes de contabilidade. Boa sorte.

          2. É claro que não serve como motor económico, nem em Tomar, nem em Lisboa, nem em Portugal, nem parte nenhuma.

            O Turismo depende de uma premissa: A boa saúde financeira das outras economias, e essa, para todos os feitos, pelo menos nas economias que competem com Portugal, apesar de em teoria ser bom, implica que outros perde, no caso nós.

            O turismo traz divisa, é certo, mas só enquanto ela for excedentária lá fora, não sendo uma necessidade básica, em caso de crise, é das primeiras a retrair.

            Não nos podemos iludir com o momento alto que o país está a viver no sector e descurar a criação de riqueza por via da exportação de bens menos suceptíveis de serem descartados quando a economia mundial afunda.

            Caso contrário, quando esse tempo vier, e no turismo sabemos bem que ondula mais que o mar, se não nos tivermos preparado, não vamos ter nem uma coisa nem outra, nem turismo, nem indústria, nem nada.

            Bem sei que a muita gente lhe padece o mal da fraca visão, mas alertas não faltam. Em nenhum lado do mundo as economias mais fortes dependem do turismo, nem muito menos se especializam somente nele. Isso é válido para países como para cidades.

            O turismo é importante? É, sem dúvida. Que é uma óptima fonte de divisa? Estamos de acordo. Mas que pode substituir a produção de bens e serviços? Não.

            O turismo deve servir como complemento. Aliás, o turismo é uma mais-valia no dar a conhecer uma região e tudo o que ela produz.

            Basear-se no turismo significa, perder identidade, aumentar a precariedade e viver sempre ao sabor de algo que muito dificilmente poderemos controlar. Ora isso, sem uma economia estável que lhe dê sustento quando necessário, significa uma espécie de prostituição da cultura, do património, da ética e dos valores em troca de divisas submissas a bons-humores económicos externos e ultimamente a uma nulidade enquanto região e povo.

            A economia precisa de todos os sectores a concorrem em conjunto para uma melhoria dos níveis de rendimento e consequentemente de vida.

            Lisboa e o Porto, mostram essa realidade, a negação do acesso à habitação, o encarecimento do custo de vida, e o proveito de muito poucos com as mais benfeitorias públicas pagas com o dinheiro de todos, a classe média e baixa não viu melhorias. Se somente dependessem do turismo, imaginem o que seria de quase todos os lisboetas e portuenses, e imaginem o que aconteceria quando os turistas se mudsassem para outras paragens, e isso é praticamente certo que acontecerá, mais tarde ou mais cedo.

  3. Comentários ao teor de um relatório como este, não são dificeis.
    Continua a reinar a incompetência da administração da camara municipal de Tomar, apesar das declarações de pompa (e concluimos agora, tambem, de circunstancia) com que fomos visados pela presidente.
    Continua a reinar a demagogia esteril, com a noticia, ou a promessa, de investidores a chegarem, e de projetos em carteira para melhorar o futuro, respetivamente.
    Continuam os e as responsaveis a querer fazer de parvos, os Tomarenses.
    Já acabou o prazo de validade do argumento da herança da administração PSD.
    E agora, se houver coragem (desfaçatez, haverá certamente), qual será a explicação para o estado calamitoso das finanças da camara?
    Aguardemos…

  4. Como habitante de fds em Tomar há 20 anos, custa-me ver esta cidade a morrer devagar, encontra-se moribunda! Os problemas continuam os mesmos e parece-me que não há ninguém na câmara com competência e ” tomates” para trabalhar para a cidade e para os seus municipes! Tanta cagança com a festa dos tabuleiros mas para o que é essencial e estrutural no dia a dia dos tomarenses não vejo interesse!
    Penso que nas proximas eleições os cidadãos devem-se envolver e mudar o que está mal! Continuar no mesmo marasmo e deixar que destruam essa bela cidade e uma zona que já foi óptima de se viver com qualidade, está nas mãos de quem vota!

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