O projeto do conjunto Turístico/Resort, designado por Quinta do Aqueduto, está à venda numa agência imobiliária de Vila Nova de Gaia, DS Private, por 14 milhões e 300 mil euros.
O terreno é apresentado como “integrado numa vasta propriedade de cerca de 138 hectares com Plano de Pormenor aprovado, permitindo a construção de um complexo hoteleiro e de urbanização residencial, associados a um campo de golfe de 18 buracos, entre várias estruturas desportivas, parques naturais e de apoio ao condomínio”.
A área total da propriedade é de 1,383,681.17 m2, a área do terreno destinado a hotel é de 60,607.94 m2 com área bruta de construção de 12,000 m2, a área de terreno destino a Habitação é de 425,659.72 m2 com área bruta de construção de 48,769.98 m2 e a área de construção total é de 64,809.35m2.
Este projeto só foi possível depois de a câmara, há cerca de 15 anos, ter aprovado o Plano de Pormenor dos Pegões. Há poucos anos chegou a estar à venda por 10 milhões de euros, valor que agora aumentou.
O projeto é constituído por quatro aldeamentos turísticos e um estabelecimento hoteleiro, todos com a categoria de quatro estrelas, tendo como componente fundamental o campo de golfe que constitui um equipamento de animação autónomo.
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É louvável o esforço para tornar a cidade de Tomar um destino turístico. Talvez isso seja conseguido daqui a alguns anos. O que eu lamento é que se perca a sua tradição industrial. Tomar foi uma cidade muito dinâmica nesse aspecto com um parque fabril notável, com 3 fábricas de papel, uma fiação com mais de 1.000 trabalhadores, uma empresa de carácter familiar como foi a Mendes Godinho, considerada a mais importante do centro do país, cerâmicas, moagens. Até a pequena Fundição Tomarense chegou e empregar 26 trabalhadores.
Todas estas empresas geravam valor acrescentado e produziam postos de trabalho. Tomar era então uma cidade de pleno emprego, practicamente.
Infelizmente os tempos mudaram e esse pendor industrial perdeu-se, e a cada momento que passa é cada vez mais apagado da memória colectiva.
As coisas não têm de permanecer na mesma eternamente, e por isso estes novos projectos da área do terciário são benvindos, mas há que ter muito cuidado porque o turismo é uma área muito volúvel, susceptível a modas e variações de mercado.
Seja como for, há que dar o benefício da dúvida…e porque não apostar?
O futuro da economia local é o turismo. Os que quiserem trabalho qualificado, carreira profissional, rendimentos acima do minimo, que procurem outras paragens.