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Politécnico de Tomar encerra Laboratório de Engenharia Civil

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O Instituto Politécnico de Tomar decidiu encerrar o Laboratório de Engenharia Civil que funcionava desde 1990. A justificação, segundo apurámos, está nos cortes que o governo obrigou a fazer aos politécnicos que são deficitários financeiramente.

O Laboratório de Construção Civil tinha como finalidade a execução de ensaios e estudos, a formação e a realização de peritagens no âmbito da engenharia civil e da reabilitação urbana.

Era um serviço certificado, ou seja, reconhecido pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC) que trabalhava para várias empresas da região que agora têm de recorrer a outros laboratórios, sendo Coimbra o mais próximo.

O encerramento do Laboratório de Engenharia Civil do IPT apanhou de surpresa os funcionários e, na prática, não se traduz numa redução de despesa porque esses funcionários não podem ser despedidos dado pertencerem aos quadros. Vão continuar a trabalhar no IPT não se sabendo o que vão fazer.

O fim deste serviço representa um duro golpe para as empresas de fabrico de materiais de construção como a Paviprel, grupo Verdasca ou a Pavifalcão, que só podem vender produtos se forem acreditados.

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Não é só o Instituto Politécnico de Tomar que perde, é a cidade e a região. Mais um duro golpe para a economia da região.

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15 comentários

  1. Falemos claro:
    Onde é que está o “duro golpe”? Pois se aquilo não tem trabalho nem tem alunos, para que é que se há-de manter aberto. (aberto não é a funcionar, claro)
    “Duro golpe” é para nós todos, Zés pagantes, que pelos vistos vamos ter de continuar a sustentar esse elefante branco que é o Politécnico e que, tanto quanto se sabe, serve principalmente para dar empregozinho a umas pessoazinhas medíocres cá de THomar.
    A figura da “extinção do posto de trabalho” existe precisamente para estas circunstâncias. E é a ela que têm de recorrer todas as empresas que, depois de pagar uma catrefada de impostos para abrir e tentar funcionar, se vêem obrigadas a encerrar.

    1. Oh amigo… no dia que o politécnico fechar muita gentinha morra a fome… se calhar esta incluido nessa lista e nem se apercebe.

      O tomarenses tem o habito de dormir a sobra do castelo, industria zero, comercio fugiu para Torres Novas, sector primário é praticamente nulo à excepção da vinicultura… vão viver do ar

  2. Continuemos a falar o mais claro possível:
    O “Dean” de uma universidade do Reino Unido vai de bicicleta. Um famoso cientista numa universidade Holandesa, na hora de almoço, está na fila do refeitório, tabuleiro na mão, no meio dos alunos (foi um “Erasmus” que me disse isto).
    O presidente dessa coisa aí que se “fechar muita gentinha morra a fome…, eu incluído sem saber”, morava na Alameda e vinha um motorista de carro de serviço buscá-lo a casa. E tudo isto orgulhoso e sem uma pinga de vergonha ou um mínimo de noção do ridículo.
    Agora percebo. Aquela gente, na altivez da sua mediocridade administrativa acham que, espatifando assim os nossos impostos, estão a contribuir para o nosso bem-estar e a salvar a Pátria.
    Já faltou mais para que um dia se possa voltar a dizer a palavra vergonha.

  3. Continuemos a tentar falar claro:
    O “Dean” de uma universidade no Reino Unido vai de bicicleta para a “reitoria”.
    Um físico de renome internacional (com uma referência na tabela periódica), numa faculdade holandesa, segura o tabuleiro no refeitório no meio dos alunos. (Foi um Erasmus que me contou isto).
    Sua Excelência o presidente dessa coisa aí que se “fechar muita gentinha morra a fome… eu incluído sem saber”, morava na Alameda e tinha de ir o motorista no carro de serviço busca-lo a casa diariamente. Tudo isto com serena soberba, altivez qb, e sem um pinguinho de vergonha ou noção do ridículo. (esqueceram-se de os avisar que a Idade Média já acabou).
    E é esta gente que acha que nós tomarenses que pagamos aquilo com os nossos impostos, directa ou indirectamente, havemos agora de chorar baba e ranho por aquele elefante branco estar em crise.
    Temos pena.
    Mas também vamos ganhando algum alento por sabermos que já há quem consiga ter a coragem para dizer vergonha.

  4. Tristeza de mentalidades todos perdem e ninguém entende será tão difícil entenderem sem vomitar tanta asneira.

    Cada vez mais pobres será que ninguém vê os cortes cegos do estado???

    Já temos uma deficitária fiscalização assim ainda vamos ficar melhor.😥😪

  5. Curioso achar que “nós, zes pagantes”. Nós, quem? Os tomarenses reformados, funcionários públicos, comerciantes que vendem o que os dois primeiros recebem do Estado? Em Portugal, fora do litoral onde há atividade económica privada e retirando a agricultura de subsistência do interior, todos vivem do Estado. Fechem mais serviços públicos em Tomar e depressa a cidade será uma aldeia com um castelo. Tal não significa que não tenham sido cometidos erros demais no IPT. O fecho deste laboratório é só o último.

  6. Como antigo aluno do IPT só posso lamentar está situação pois o laboratório é muito completo e preenchido com técnicos de excelência como Pedro Costa e a Ana Paula Machado, entre outros.
    Mas está situação era de esperar quando o departamento de Engenharia tem como responsável alguém que é o deixa andar que isso resolve se….
    A todos os técnicos que ali trabalham e que conheço pessoalmente só posso deixar um abraço de solidariedade
    Civil 4ever

  7. Bem podem rasgar as vestes, vomitar ódio e ameaçar de morte quem pensa diferente e diz as verdades.
    Mas factos são factos.
    Esse tal politécnico não tem razão de ser. Não tem mercado.
    Não tem alunos. (ou melhor: só tem os que só conseguem entrar com nota baixa, ou os de perto que precisam do diploma para a administração pública). De resto, não há pessoas, não há população. Não há mercado de trabalho que absorva os que lá andam ou andaram.
    O grande problema que concerne ao politécnico é o empregozito dos professores medíocres que lá tem.
    Não é por acaso que os politécnicos de Leiria e de Santarém, que também estão à rasca, procuram evitar a agremiação com o de Tomar porque este tem muitos professores, alguns já velhos, cheios de direitos adquiridos e desnecessários e incapazes para a dinamização daquela coisa.
    Isto promete. Pois se é assim com um governo que se gaba de ter acabado com a austeridade, vão pondo as barbas de molho para e quando aparecer um que enfrente e chame as coisas pelo nome.
    A única safa do politécnico (melhor dizendo: dos interesses que lá estão instalados) é esta ideia parva que que sem ele seria uma desgraça.
    Seria?
    Nunca ninguém pensou ou reparou que Portugal tem um parque universitário desmesuradamente superior às suas reais e verdadeiras necessidades? Os Politécnicos são como as autoestradas em duplicado: caros, com custos de “estar lá” carissimos e desnecessários.
    Mas tem mais: vendo pelos professores que a gente conhece, e comprovado pelos alunos que de lá saem, a literacia e a qualidade técnica daquilo é mesmo baixota. Envergonha.

  8. Muita coisa se passa naquele IPT que não lembra o diabo! Não há dinheiro para muita coisa, mas para certas coisas já há! Muita gente sem fazer nadinha das 9h as 17h. Abram os olhos! Logo ai já poupam!

  9. Um Politécnico é um valor em qualquer sítio. Por isso todas as cidades queriam ter um. O de Tomar, como alguns outros, pode ter sido mal gerido e não ter sido aproveitado como devia. Isso deve ser corrigido. Mas falar em fechar e acabar, como insiste um dos comentadores só se percebe se o dito o pretende mudar para outra cidade ou se alguma vez viu recusada a sua candidatura como colaborador.

  10. Ó João Agulha:

    “Só se percebe”, não!
    O que queres dizer é: “só consigo perceber”. Mas isso, como é bom de ver, tem sobretudo a ver com a tua capacidade (ou limitação) de entendimento.
    “Um Politécnico é um valor em qualquer sítio” Como assim?
    Talvez seja então de exigir a criação da antiquíssima universidade de Carregueiros. Ou duas, sei lá. Sempre ficávamos com mais valor, não seria?

    Ninguém percebe, nem quer perceber, que esta coisa de criar e manter instituições destas sem base material (económica) ou sem necessidade, acaba por se pagar muito caro.
    Paga-se em EMPOBRECIMENTO.

  11. Dirigido sobretudo ao comentador A. Samora mas também a outros.

    Parágrafos transcritos do jornal Público (versão on-line) de 6 de Nov de 2021, de

    https://www.publico.pt/2021/11/06/economia/entrevista/18-anos-lisboa-empobreceu-algarve-norte-centro-enriqueceram-1983318

    “Em 18 anos, Lisboa empobreceu e o Algarve, o Norte e o Centro enriqueceram”:

    “… Use as ferramentas de partilha que encontra na página de artigo.
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    https://www.publico.pt/2021/11/06/economia/entrevista/18-anos-lisboa-empobreceu-algarve-norte-centro-enriqueceram-1983318

    Os dados recentes mostram um agravamento da situação, face a 2003?
    Em termos de rendimento per capita em relação à Europa, houve uma degradação em média das várias regiões portuguesas, o que se acentuou a partir da crise de 2010, com um aumento do desemprego, mais emigração e queda dos rendimentos. Mas há outra fotografia que resulta das várias cidades universitárias instaladas fora do litoral que permitiram, em primeiro lugar, fixar população, não só de alunos, mas dos que, depois de formados encontram empregos na zona. Em segundo lugar, as universidades de um modo, ou de outro, têm tentado desenvolver projectos com indústrias locais. Depois, há também parques industriais, muitos deles fruto da colaboração com os municípios, e que têm conseguido atrair empresas, como é o caso de Évora, que atraiu projectos na área da aviação.”,

    “…Em 2003, a CEA concluiu que nas zonas do interior, a actividade económica estava empolada pela despesa pública, com cerca de 30% a 40% do emprego na esfera estatal. Esta situação ainda perdura?
    Sim, a despesa pública continua a ser usada para gerir o declínio dessas cidades e vilas do interior. Os dados de 2003 mostraram que a vida económica de muitos concelhos de pequena dimensão estava dependente das autarquias, de empresas públicas ou directamente da Administração Central. Esta é uma das razões pela qual é difícil fazer uma reforma administrativa do país, é difícil unir estes vários concelhos, o que iria acelerar a desertificação. Ainda que a junção de vários municípios num só pudesse ser economicamente mais adequada.”

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