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Menos gente, mais velhos, menos empregos e menos estudantes

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O Jornal Torrejano publicou na sua última edição um retrato dos concelhos da região com base nos indicadores da PORDATA e a primeira conclusão que se pode tirar é que o cenário é pouco animador.

“Torres Novas e os concelhos vizinhos de Abrantes, Tomar, Alcanena, Golegã, Barquinha e Entroncamento, em indicadores comparados de 2010 e 2018, têm menos população, cada vez menos nascimentos e mais idosos, o número de empregos diminuiu em quase todos os municípios, tal como o número de estudantes”, lê-se neste trabalho da autoria de João Carlos Lopes.

A “acentuada sangria demográfica” é transversal aos concelhos de Tomar, Torres Novas, Abrantes ou Alcanena, que revelam “perdas assustadoras” de população.

Torres Novas tem uma queda de 4,7% da sua população, mas Tomar perde o dobro e Abrantes ainda mais, para uma média nacional de 157, só o Entroncamento se situa abaixo dessa média, com Tomar e Abrantes no topo das populações mais envelhecidas, revela o Jornal Torrejano.

Entre 2010 e 2018, Tomar perdeu 25 por cento da sua população escolar do ensino não superior a que se junta a perda de mil estudantes do Politécnico, o que leva o articulista a questionar a viabilidade do IPT a médio prazo.

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João Carlos Lopes refere ser “curioso que o número de empregos diminuiu mais, genericamente, nos concelhos onde houve uma maior e mais precoce abertura à implantação das grandes superfícies de comércio a retalho, o que quer dizer que a criação de novos empregos foi claramente insuficiente para compensar aqueles que essas políticas destruíram, claramente num efeito de eucalipto”. Neste item, Tomar, Torres Novas, Abrantes e o Entroncamento têm os piores resultados.

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8 comentários

  1. É bastante curioso que o autor do artigo original, que não sei se é jornalista profissional, ou apenas um amador com coragem, se tenha esquecido do principal concelho vizinho. Não menciona Ourém porquê? Porque, ao contrário dos vizinhos, não é governado pelo PS, mas pelo PSD, e vai de vento em popa, com a população a crescer, apesar de não ter tropa, nem hospital, nem ensino superior? Porque não se integra nos parâmetros do título? Ou por simples vergonha?
    Convinha que explicasse esse silêncio deliberado. Não é por ignorarmos os problemas que eles deixam de existir. Pelo contrário.

  2. Pouco há a acrescentar à realidade, muito dura e muito preocupante, retratada e documentada neste artigo.
    A situação desgaraçada a que chegamos, é o resultado de decadas de imobilismo e de incapacidade na administração do Concelho e da Cidade. Esse imobilismo e essa incapacidade não têm cor partidária, já que a responsabildade do estado desgraçado em que estamos se reparte por todos os Partidos.
    Não venham é com conversas, de crianças e para crianças, dizendo que a culpa é dos outros, e das heranças!
    É certo que a situação a que chegamos em Tomar, não difere muito da que se conhece em concelhos vizinhos. Também é certo que, não sendo muito diferente, está porém entre as piores.
    E o que é mais certo ainda é que Tomar tem ativos exclusivos, de ordem e natureza diversa, que os concelhos e as cidades vizinhos não têm. E que podem, desde há muito, ser uma mola real para lançar desenvolvimento em Tomar. Para captar Investimento, criar Emprego e atrair População.
    Mas as sucessivas Câmaras não souberam, nem sabe a atual, aproveitar e valorizar esses ativos.
    Continuam os discursos bacásios, e festas e festivais, para enganar eleitores e conquistar votos.
    Continuam promessas ocas e demagogicas.
    Continua a incapacidade de fazer alguma coisa pelo Futuro e pelas Gerações que aí vêm.
    Para terminar, é patente a incapacidade desta Câmara, e das que a antecederam, em captar investimento, que cria emprego e que atrai População.

  3. A situação é preocupante. Mas se considerarmos os últimos 40 o campeão das perdas económicas, de população e de acessibilidades é Tomar. Quanto ao comentário anterior, sobre o progresso de Ourém tem razão. Fátima e a proximidade de Leiria fazem diferença. Já no entendimento que tal progresso se deve a que a autarquia tem sido governada nos últimos 7 anos pelo PSD é fazer dos outros parvos: a degradação de Tomar começou nos anos 90 e acelerou nos 15 anos de autarquia PSD.

    1. A parte final do seu comentário dá um valente pontapé naquilo que mostram os resultados oficiais. Sectarismo político? Simples ignorância? Para alguém do ensino superior é grave. Conforme se passa a tentar demonstrar:
      1 – A degradação de Tomar não começou nada nos anos 90. Em 2005, 15 anos mais tarde!!! Tomar ainda tinha mais eleitores inscritos que Ourém (38.518 em Tomar, 37.811 em Ourém). E em 2009 Tomar até cresceu ligeiramente, para 38.724. O problema é que entretanto Ourém galgou para 43.907 eleitores inscritos. Simples milagre de Fátima? Ou maiorias PSD?
      2 – A desgraça de Tomar NÃO “acelerou nos 15 anos de autarquia PSD”, ao contrário do que escreve. Em 2013, quando a atual maioria socialista iniciou o seu primeiro mandato, ainda havia 37.310 eleitores inscritos em Tomar, apenas menos 1.208 que em 2005, oito anos antes, o que equivale a 2 mandatos PSD. Onde está a tal aceleração do descalabro que refere? Essa desgraça só aconteceu realmente no primeiro mandato da presente maioria: Em 2017, após 4 anos de brilhante governação PS, restavam apenas em Tomar 34.814 eleitores inscritos, contra 42.224 em Ourém. Ou seja, em Tomar desapareceram entre 2013 e 2017 2.496 eleitores inscritos, contra apenas 1.115, menos de metade, em Ourém. Porquê?
      Como pode ver, a realidade não é de todo aquela que você obstinadamente vem tentando pintar, atribuindo culpas ao PSD e a uma alegada opção de desenvolvimento baseado no turismo, que só existiu e existe ao nível de balela difundida pelos eleitos maioritários, e na sua cabeça.
      Nisto, como em tudo, há que procurar ter tento na língua e respeitar sempre os factos.

  4. Em resumo: a presidente, as suas aias e os Hugo(s) estão a fazer um belo trabalho para o destino turístico daqui a uns anos ser vendido como deserto a 1:30 de Lx..

    1. Os habituais exageros imprecisos da srª dª Sílvia, ou de quem por ela se faz passar. Onde é que a senhora foi pescar, nos comentários acima, isso que agora afirma?
      Dá-se o caso de até eu estar muito de acordo com a srª, quando usa por exemplo a expressão “a presidente, as suas aias e os Hugo(s)”. Agora convém não exagerar. Por muito que definhe, por muitas asneiras que os sucessivos autarcas possam cometer, deliberadamente ou sem disso se darem conta, o produto turístico Tomar nunca chegará “daqui a uns anos a ser vendido como deserto…”
      Apesar de, como todos sabemos, incluindo a srª, haver por cá muitos camelos. Não é verdade?!

  5. Ao norberto das caldas falta-lhe o que as canecas têm…
    Não sei se percebe.. visto ser da escola que gosta de palha para encher e no fim insultar e não dizer nada..

    1. Não, minha cara senhora, não consegui perceber. Que quer? O meu bestunto não chega a tanto.
      Insultar e não dizer nada, queixa-se a senhora. Pois faça favor de continuar por essa via. Vai ver que chega longe. Pode é ser para baixo.
      Que mesmo assim Deus a consiga abençoar, uma vez que, rezam os livros, “benditos os simples, deles será o reino dos céus”. Dos céus, não o reino nabantino.

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