DesportoEconomia

Câmara quer demolir quiosque privado, o único na cidade

- Publicidade -

O único quiosque existente em Tomar, o Arco-Íris, situado perto do bairro da Caixa, é propriedade privada e está devidamente legalizado. Apesar disso, a câmara pretende despejar e demolir o quiosque sem dar qualquer indemnização ao proprietário.

A câmara anunciou a “substituição” desse quiosque por outro que pretende contruir do lado oposto da rua, junto ao futuro parque canino. Isto sem sequer iniciar negociações formais com o proprietário que se prepara para uma batalha judicial contra a autarquia.

Na reunião de câmara do dia 23 de novembro, foi aprovado avançar-se com o concurso para concessão e “exploração de um quiosque a instalar no topo da Avenida Dona Maria II, na sua confluência com a Rua General Fernando de Oliveira (Bairro da Caixa), junto do futuro parque canídeo, nas imediações do Pavilhão Municipal Jácome Ratton (círculo branco na imagem)”.

Acrescenta a autarquia que o novo quiosque “terá como objetivo ser utilizado para venda de jornais, tabaco, café, revistas, etc., substituindo o atualmente existente na rua oposta, havendo a intenção de colocar instalações sanitárias acopladas”.

Ou seja, a câmara pretende construir um quiosque a escassos metros do único quiosque que existe em Tomar, depois de desmantelar os quiosques existentes na Várzea Pequena e em frente ao mercado municipal.

- Publicidade -

Já foi aprovado que a renda é de 100 euros por mês, além de um prémio cujo montante mínimo é de 1.500 euros, podendo o mesmo ser elevado mediante propostas escritas e posterior licitação, sendo este o único critério que determinará a adjudicação. O prazo previsto para a concessão é de 15 anos, com uma possível prorrogação máxima de 5 anos.

Os pormenores do concurso ainda não foram publicados.

quiosque 16 2448903691126942500 o

- Publicidade -

9 comentários

  1. Boa tarde a todos

    Não há utilização do espaço público – e sim os passeios são espaço público, sem o devido contrato de concessão ou pelo pagamento do respetivo direito de concessão, legalmente constituído. Qualquer ato que, eventualmente antiga vereação tenha tomado de “atribuir” a determinada pessoa o uso ou a permissão de instalação de equipamento privado em espaço público, sem o devido pagamento, nos termos do regulamento de taxas e licença ou, à margem de concurso de concessão nos termos da lei, torna esse ato administrativo nulo. Por isso, se o atual quiosque não foi objeto de contrato de concessão, nos termos da lei, nem o seu usufrutuário paga pela utilização do espaço público, encontra-se em situação de utilização abusivo do espaço público, pelo que nem se percebe qual o problema de, agora, se procurar fazer as coisas como deve ser. Recordo que os dois anteriores mencionados na peça, se encontravam irregularmente atribuídos, ou seja, totalmente à margem da lei.

    Recordo ainda que estes casos não eram únicos e que só em 2015 – com a aprovação do Regulamento respetivo pela Assembleia Municipal, se terminou com a recolha ilícita que a “Comissão da Festa dos Tabuleiros” fazia da utilização do espaço público da cidade, direito que só o Município tem.
    Saudações democráticas e boas festas a todos.

    Luis Ferreira, ex-vereador da Câmara Municipal

    1. Não é bem assim.
      Temos que levar em conta o ano (30 anos atrás) em que tal legalização ocorreu e quais as regras (legislação) existentes na altura, e não pelas consecutivas alterações ás leis que foram realizadas ao longo deste período de tempo.

    2. Estás sem sorte nenhuma neste caso, Luís. Seja qual for a situação oficial, de acordo com as legislação da época e /ou a actual, trata-se de uma ocupação do espaço público há mais de 30 anos, com conhecimento de todos e sem qualquer oposição.
      Por conseguinte, o proprietário do quiosque adquiriu o terreno e o edificado nele erguida por usucapião. A partir daqui, a autarquia só poderá tomar posse por expropriação, alegando utilidade pública. Mas desde quando é que, mudar um quiosque de um passeio para o passeio em frente, é uma obra de utilidade pública?

  2. Muito bem.
    A maneira sucialista de bem fundamentar os caos, e de desprezar a vida das pessoas.
    Haveria espeço para uma negociação de modo a não desalojar o detentor do negocio?
    Ou atira-se com o homem para o meio da rua, e desmantela-se a coisa?

  3. Uma das expressivas evidências do pós-modernismo em Tomar. Devia ser edifício protegido. Não há respeito pelo património arquitectónico.

  4. Socialismo : sempre a pensar nos cidadãos. Acaba-se com o ganha pão de alguém sem sequer olhar a meios. Oh Luis, vai dar banho ao cão. O homem está lá há mais de 30 anos e tem que se ver o caso a partir daí. É igualzinho a um velhote que está numa habitação há 40 anos, não se pode colocar uma renda de 500 paus agora, se pagava 20 paus. Vocês do PS vivem na disney.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Botão Voltar ao Topo