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O último assunto da reunião da câmara de Tomar desta segunda feira, dia 16, é uma informação da Divisão Financeira sobre a custo total da Festa dos Tabuleiros 2019 para os cofres do Município.
Em dinheiro, a câmara transferiu para a comissão central da festa 270 mil euros em várias tranches.
A este valor acrescenta-se a compra de material e serviços que totaliza cerca de 198 mil euros.
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Fazendo a soma, chega-se à conclusão que a festa dos Tabuleiros custou aos cofres do Município 468 mil euros, valor que é apresentado pela Divisão Financeira da câmara.
UMA VERDADEIRA PECHINCHA! VOTOS PRATICAMENTE AO PREÇO DA UVA MIJONA.
Feitas as contas, 468.000 euros gastos pela autarquia, a dividir pelos 34.814 eleitores inscritos (em 2017, que agora já devem ser menos) dá só 13,44 euros por eleitor. Uma bagatela! Uma miséria!
E dividindo os mesmos 468.000 euros pelos 7.992 votos obtidos pela senhora do PS em 2017, apuramos 58,55 euros por cada voto.. É um bocadinho mais elevado, mas mesmo assim nada de relevante. A Câmara é rica e os habitantes são cada vez menos.
Tomar no rumo certo, proclamam os socialistas.
Tomar cidade salafrária, digo eu.
(Para quem não saiba o significado de SALAFRÁRIA: reles, ordinária, vil, biltre, safardana). A cidade, bem entendido. Os eleitores não têm nada com isso. E os eleitos ainda menos.
É tudo boa gente. E de primeira água.
Estúpidos são só os que não concordam.
Enquanto houver dinheiro, claro!
Não é caro! 468 mil euros a dividir por 800 tabuleiros, igual a 585 euros por tabuleiro. Se juntarmos aos gastos agora revelados pela câmara, as despesas das juntas de freguesia, verificamos que cada tabuleiro do desfile terá ficado por mais de 600 euros.
Isto numa altura em que a senhora presidente se queixa (com toda a razão!) que 55% de despesas fixas é demasiado, enquanto os tomarenses que não são cegos de todo se vão lastimando que falta pessoal municipal trabalhador (varredores, jardineiros, por exemplo).
Mas ao que dizem estamos no bom caminho. Tão bom que os eleitores continuam a dar corda aos sapatos.
Deve ser das alterações climáticas…
É sabido que os tomarenses tem dado mostras de muito elevada bagagem política desde o 25 de Abril. Logo no 1º de Maio seguinte foram quase todos na respetiva manifestação, quando em 24 de Abril de 74 eram bem raros os críticos do regime. Maneiras de ser e de estar. Hipocrisia, oportunismo, e coisas semelhantes.
Ainda assim, poderá ser útil assinalar que os 468.000 euros que a autarquia revela ter gasto com os tabuleiros em 2019, correspondem à bagatela de 93 mil e 600 contos, na moeda portuguesa antiga.
Coisa de nada, para um município tão rico e com tantos recursos fiscais, que de resto, paradoxalmente, dizem que aumentam, apesar de a população continuar a diminuir. Só em Tomar!
Só para corrigir os leitores desatentos, o município não gastou 468 mil euros, o município investiu 468 mil euros.
Quanto terá sido o retorno directo e indirecto? Vale lembrar que papel é papel, existem coisas infinitamente mais importantes, resta saber se trouxe dessas coisas.
Curiosa a sua maneira de ver as coisas. Primeiro afirma que o município não gastou, investiu. Depois mostra que afinal nem sabe se haverá ou não qualquer retorno. Em que ficamos afinal?
Ainda não percebeu (ou não lhe convém perceber) que se tratou apenas de tentar comprar votos, sem qualquer ideia de investir em prol de outros objectivos?