Através da agência imobiliária Remax, a antiga fábrica de papel da Matrena está à venda por meio milhão de euros (500 mil euros).
Construída nas margens do rio Nabão, na freguesia de Asseiceira, a fábrica foi inaugurada a 15 de janeiro de 1900. Foi uma das principais produtoras de papel do concelho de Tomar e do país. Nos seus tempos áureos, chegou a empregar cerca de mil funcionários e tinha como clientes por exemplo a Xerox ou a Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Em outubro de 1999, foi declarada insolvente.
Já neste século, após ter sido adquirida por uma outra empresa, voltou a laborar, até à fatídica manhã de 2 de janeiro de 2013, quando o seu proprietário morreu esmagado nos cilindros de um equipamento de grandes dimensões.
Segundo o anúncio da Remax, “tanto a fábrica como a mini hídrica encontram-se desativadas, estando somente uma turbina em funcionamento para gerar energia elétrica destinada exclusivamente a consumo da fábrica, não existindo qualquer ligação à EDP”.
A imobiliária sugere que, “pela sua localização, as instalações poderão permitir a reativação da indústria do papel, a instalação de um hotel, um lar, a exploração de armazéns e escritórios e a reativação da mini hídrica”.
A área total do imóvel é de 19.854 m2.
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Para armazém não dará tendo em conta os maus acessos; para indústria ainda menos porque está visto que essa atividade (vulgar) não é do agrado dos tomarenses. Para escritórios não se vislumbra de quê e hotel já é o que mais há em Tomar. Resta o lar, que realmente faz falta enquanto houver reformados do tempo em que havia Matrenas e uma outra economia.