Em 2022 verificaram-se três acidentes com javalis na A23, segundo o relatório de Monitorização da Mortalidade de Fauna nas Estradas da Infraestruturas de Portugal.
A autoestrada que liga Torres Novas à Guarda, passando por concelhos como Torres Novas, Entroncamento, Tomar, Vila Nova da Barquinha e Abrantes, é a terceira autoestrada com maior número de ocorrências com animais.
Se em 2022 foram registados três javalis, em anos anteriores não houve ocorrências ou foram reduzidas, tendo sido o maior número de ocorrências registado em 2018, 2012 e 2011, de acordo com o mesmo relatório.
No total, entre 2010 e 2022, registaram-se 22 javalis atropelados na A23, concretamente um ao km 10,4 e os outros dois aos km 30,5 e 34,7.
Perante estes números, a equipa que elaborou o relatório recomenda que se alertem os condutores e que se equacionem medidas mais eficazes para minimizar o risco de colisão com estes animais.
No caso da A23, uma vez que a via é vedada, os pontos de entrada poderão ser os nós ou zonas em que a vedação poderá não estar enterrada, permitindo que os javalis escavem por baixo. “Assim, deve ser verificado o estado da vedação e equacionada a possibilidade da instalação de rede em “L” nos troços de maior risco”, recomenda-se.
Ao km 33,4 da A23, já foram construídos passadiços secos em Passagens Hidráulicas (PH) e implementada vedação com rede em “L” para proteger os animais mamíferos.
Durante o ano de 2022 foram registados 2147 atropelamentos de animais nas vias sob gestão direta da IP, aumentando em cerca de 19% o valor registado em 2021 (1804), mas 23,4% mais baixo que o valor médio dos anos 2015 a 2019 (2803).
Ainda a nível nacional, em 2022 há registo de atropelamento de dois corços, três linces-ibéricos, sete veados e 92 javalis.
O relatório de Monitorização da Mortalidade de Fauna nas Estradas da Infraestruturas de Portugal pode ser consultado aqui.
Acidentes com animais nas estradas não param de aumentar
