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Pelos cemitérios de Tomar

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Apesar de o dia de finados ser só amanhã, dia 2 de novembro, as famílias aproveitam o feriado de todos os santos para rumarem aos cemitérios e lembrarem os seus familiares que já partiram.

Nos cemitérios de Tomar o movimento de pessoas não parou durante todo o dia, com as floristas a não terem mãos a medir com tantos pedidos de flores.

Quem mais compra grandes quantidades de ramos de flores são as famílias ciganas que cuidam e ornamentam as campas dos seus familiares com esmero (ver fotos em baixo).

Segundo o site dos monumentos, o cemitério velho data de meados do séc. XIX. Na sessão da câmara de 16 de janeiro de 1838, foi decidido oficiar à Junta da Paróquia no sentido de construir um cemitério. Encontrámos pelo menos uma campa com a referência ao ano 1870 (ver foto em baixo).

Foi mandado construir pela Junta da Paróquia de Tomar e mais tarde cedido à câmara. Segundo o mesmo site, a capela que existe no cemitério foi construída no final do séc. 19 conforme projeto de José Maria Nepomuceno.

Em meados do séc. XIX o governo legislou sobre a criação de cemitérios e a proibição de enterramentos nas igrejas ou na sua envolvente, como era prática até então.

A chamada “cidade dos mortos” de Tomar possui vários jazigos com manifesto interesse patrimonial, onde não faltam referências às profissões dos defuntos ou à maçonaria, por exemplo.

Há uns anos, Cristina Marques, aluna do curso de Gestão Turística e Cultural do Instituto Politécnico de Tomar, desenvolveu um projeto de turismo cemiterial como mais uma oferta turística a desenvolver na cidade. Nessa altura criou um blogue e uma página no Facebook.

Escreve a investigadora que “o Cemitério de Santa Maria do Olival, começou a ser construído em 1840 situando-se nessa época fora da zona urbana da Cidade de Tomar, ao longo de mais de quarenta anos sofreu várias transformações com obras de melhoramento, é do pelouro do Município desse 20 de Fevereiro de 1872, até esta data pertencia à Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais. Muitas das obras efectuadas ao longo dos quarentas acima referidos foram oferecidas por beneméritos, como por exemplo o desenho da Capela do Cemitério que foi oferecido pelo Senhor Eng.º José Maria Nepomuceno de Lisboa, o Marquês de Tomar, contribuiu monetariamente para as obras, e a 27 de Fevereiro de 1890, D. Severina Rosa Mendanha custeia as obras da capela do cemitério que se encontravam inacabadas, A capela foi inaugurada a 29 de Janeiro de 1891, tendo-se denominado de Capela de Nossa Senhora do Carmo”.

Quanto ao cemitério novo, situado em Marmelais, foi construído em 1974.

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