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Mais votos nulos do que a favor nas eleições no Centro de Assistência Social

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Foi surpreendente o resultado das eleições para os órgãos sociais do Centro de Assistência Social de Tomar (CAST) realizadas na noite desta segunda feira, dia 21.

Com apenas uma lista a sufrágio, liderada pelo atual presidente, Pedro Marques, registaram-se 24 votos a favor, 25 nulos e dois votos em branco.

Este resultado está a ser interpretado como uma forma de protesto pela atual gestão da instituição.

Pelo que apurámos, o boletim de voto continha apenas um único quadrado.

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8 comentários

  1. Trata-se de um resultado que confirma o que já se cochicha por aí há muito tempo. Se a democracia tomarense não fosse como é e não funcionasse como funciona, os senhores da lista não tomavam posse e a atual direção convocava outra eleição, de preferência com mais de uma lista a concorrer.
    Assim, uma vez que a democracia tomarense funciona como sabemos, por nos ter sido oferecida de bandeja, e dados os antecedentes de quem encabeça a lista, todos vão tomar posse em paz com a sua consciência, pois outros valores mais altos se alevantam.
    Pouco pouco, o CAST irá perdendo credibilidade, como vai acontecendo noutras instituições locais, e chegará o tempo em que a sua situação será sem outro remédio que não seja um funeral tão discreto quanto possível.
    Não há piores cegos que aqueles que não querem ver. No CAST como na autarquia, como no Politécnico, como num ou noutro clube desportivo, como numa ou noutra agremiação cultural. A doença é sempre a mesma. Um misto de ganância, cinismo, hipocrisia e incompetência.

  2. Com tantos descontentes, porque não formaram uma lista? Fácil é dizer mal, mas que tal dar a cara e alguma coisa à instituição. Tomar é muito disto, dizer mal só porque sim ou falar de barriga cheia, já meter as mãos à obra ou fazer alguma coisa pelos outros é mais complicado.
    Houve dois prazos para apresentar listas e só apareceu uma.
    No final da contagem vi quarenta pessoas a bater palmas aos eleitos. É preciso muito cinismo.

    1. Amigo e sr Manuel Dias, creio que sem se dar conta, o sr. referiu duas vezes a doença que pouco a pouco vai arruinando Tomar. Tanto a cidade como o concelho. Essa doença é um misto de cegueira deliberada e de intolerância nunca assumida. Por outras palavras, os tomarenses em geral padecem de uma espécie de cegueira selectiva, que só lhe permite ver o que lhes convém. Como se não bastante, juntam a essa síndrome uma outra, tão ou mais grave. Falo da intolerância, que nunca assumem mas sempre praticam.
      Repare. Neste seu comentário o sr. Dias afirma que “Fácil é dizer mal”, e logo mais abaixo “dizer mal só porque sim”. Mas que entende você por “dizer mal”? E por “dizer mal só porque sim”? Não se tratará antes, em ambos os casos, de criticar? De discordar? Do direito à indignação? De mostrar as coisas como elas são?
      “Dizer mal” é caluniar, difamar, mentir deliberadamente. Acha que é o caso dos que anularam o voto, nestas eleições do CAST?
      Termino citando a sua pergunta “Com tantos descontentes, porque não formaram uma lista?” Simplesmente por medo de retaliações, de vinganças pessoais, de “ficar marcados”, que a terra é pequena e todos nos conhecemos, sr. Dias.
      De resto, sr. Manuel Dias, o sr. já sabia de antemão a resposta. A sua pergunta é apenas retórica eleitoralista. Uma frase feita, que aparece sempre neste tipo de contexto.

  3. O melhor da democracia, é que não existe uma opção clara “Nenhuma das opções é do meu agrado.” que seria bastante mais fácil de interpretar como: não quero nenhuma destas soluções, quero outras soluções, ou quero ser melhor esclarecido antes de decidir-me por uma outra opção… conforme o tipo de votação.

    Chamam-lhe democracia… mas é só para o que convêm, e como for conveniente.

  4. Há medida que a cidade reduz a população e o emprego, há condições para o receio de retaliação, até por falta de alternativas de trabalho, tal como em todos os meios pequenos. Acresce que quem é jovem, sério, independente e tem ambição vai embora. Os outros ficam evitando fazer ondas com a consciência de que são minoritários.

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