Pedro Marques e Rui Pascoal lideram as duas listas concorrentes nas eleições do CAST – Centro de Assistência Social de Tomar (lar de S. José), marcadas para 27 de dezembro.
O grupo de sócios contestatários da atual gestão do CAST, presidida por Pedro Marques, decidiu avançar com uma lista.
O atual empresário e ex-técnico da instituição Rui Miguel Ribeiro Pascoal apresenta-se como candidato a presidente da direção.
Da mesma lista, encabeçam os restantes órgãos, o solicitador Alberto Godinho (Conselho Fiscal) e o advogado Tavares Martins (Mesa da Assembleia Geral).
Sabemos que desta lista faz parte António Cúrdia (ex-chefe da divisão financeira da câmara), apontado para as funções de diretor financeiro.
Pedro Marques, o atual presidente que já vai no seu terceiro mandato, deverá apresentar uma lista com poucas mexidas em relação à atual composição dos órgãos sociais.
As listas têm de dar entrada até às 16h00 do dia 20 de dezembro.
As eleições decorrem no dia 27, das 20h00 às 21h00, nas instalações do lar de São José (Carrascal – Alvito).
A lista de Rui Pascoal já apresentou o seu manifesto eleitoral que a seguir transcrevemos:
De algum tempo a esta parte que um grupo de associados do Centro de Assistência Social de Tomar (CAST) tem vindo a intervir nas Assembleias Gerais da Instituição, manifestando a sua preocupação pela degradação da sua situação financeira e organizacional, não havendo sinais de inversão dessa mesma situação. Há nove exercícios financeiros que a instituição acumula prejuízos tendo já esgotado a quase totalidade das suas poupanças.
Cientes da gravidade desta situação, um grupo de sócios com provas dadas na vida associativa, no sector social e mesmo noutras fases da vida da Instituição, decidiram unir-se para apresentar uma lista com vista às próximas eleições da Instituição, apresentando-se como alternativa ao atual estado de coisas.
É nosso propósito dar corpo a um projeto que devolva a estabilidade financeira à Instituição, que promova um ambiente saudável de trabalho, onde o bom desempenho dos colaboradores esteja acima de tudo e valorizar o papel dos sócios. Em suma, potenciar todas as áreas da Instituição para que apoie da melhor forma os seus Utentes.
Assim, as linhas orientadoras desta candidatura são as seguintes:
Recuperação financeira da Instituição
A trajetória financeira dos últimos nove anos, fruto de investimentos de qualidade duvidosa e de uma política de recursos humanos desastrosa, colocou o CAST numa situação financeira insustentável.
Para nós é importante que a recuperação financeira da Instituição seja feita essencialmente pela via da redução da despesa e não pelo aumento das mensalidades aos Utentes:
- Iremos alterar a atual política de recursos humanos de forma a que haja uma redução do volume salarial, mas que em simultâneo valorize o bom desempenho afastando quem não o tem;
- Eliminaremos ou reduziremos algumas prestações de serviços que não estão dimensionadas à realidade da Instituição e /ou que não acrescentam o valor desejado;
- Procuraremos aumentar a cobrança de cotas junto dos associados;
- Colocaremos um rigor e transparência absolutos na aquisição de bens e serviços onde o único critério será o da melhor compra possível para a Instituição.
Melhoria do ambiente organizacional
Entendemos que o papel dos colaboradores é fundamental para o bom funcionamento da Instituição, nomeadamente quanto ao carinho e à dedicação indispensáveis para cuidar dos nossos Utentes. Isto não se consegue desvalorizando quem efetivamente se empenha e premiando quem não cumpre minimamente as funções que lhe são atribuídas. Faremos precisamente o oposto, vamos valorizar o bom desempenho e quem não estiver à altura das suas funções, terá de abandonar a Instituição.
- Reorganizaremos a estrutura funcional da Instituição para que as tarefas operacionais sejam geridas pelas chefias da Instituição, sob supervisão da Direção e não através de uma constante intromissão e condicionamento no seu trabalho;
- Daremos todo o apoio aos colaboradores que dele necessitem, mas num ambiente saudável, respeitando hierarquias e acabando com a “cultura das paredes com ouvidos”;
- Colocaremos especial atenção à transparência no recrutamento de trabalhadores, tendo como orientação única a adequação do perfil às funções.
Valorização do papel dos Sócios
Tendo em conta que o número de sócios da instituição tem vindo a diminuir, que os que existem são de idade já avançada e que o ficheiro atual necessita de uma revisão profunda, vamos lançar uma campanha de angariação de novos associados, dando a conhecer melhor a Instituição à comunidade.
A cobrança de cotas significa mais que uma receita da Instituição, ela representa uma ligação efetiva entre o sócio e a Instituição.
- Em cada exercício, iremos alocar esta receita a uma obra ou aquisição de um bem específico e divulga-lo perante os sócios para que sintam que é esse o seu contributo.
- Iremos dedicar recursos à cobrança mais efetiva das cotas para que não se verifiquem os atuais atrasos no seu pagamento (não por culpa dos sócios, mas sim porque não tem havido sequer interesse na cobrança).
- Vamos convidar os sócios a participar nas iniciativas da Instituição e a desenvolver voluntariado junto dos nossos Utentes.
Apelamos aos Sócios do CAST que participem na vida da Instituição, que atualizem as suas cotas e que no dia 27 de dezembro entre as 20:00h e as 21:00h se desloquem ao Lar de São José para que, procurando o melhor para a Instituição, votem.
Larga o osso, Pedro…!!!
“Eliminaremos ou reduziremos algumas prestações de serviços que não estão dimensionadas à realidade da Instituição e /ou que não acrescentam o valor desejado;”
Uma IPSS como deve ser, com valor acrescentado monetário (lucro) nas atividades. Assim é que é!