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A câmara de Tomar lançou um concurso para admissão de 16 bombeiros sapadores (recrutas). O anúncio foi publicado no Diário da República de 11 de fevereiro.
Os candidatos devem ter entre 18 e 25 anos e, no mínimo, o 12.º ano.
As candidaturas devem ser apresentadas no prazo de 10 dias úteis.
O anterior concurso lançado em meados de 2020, também para 16 vagas, resultou no preenchimento de apenas 13 vagas, e mesmo assim com algumas questões de legalidade por esclarecer.
Sobre o atual concurso, mais informação aqui e formulário aqui
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Mesmo que entrem mais 16 bombeiros tenho sérias dúvidas que seja suficiente para garantir um bom nível de serviço para uma população de mais de 40 mil pessoas. 16 bombeiros na prática são 3 equipas completas de 5 elementos, se quiserem fazer um serviço bem feito claro… ora isso na prática e mesmo fingindo que ninguém vai ficar de baixa, folga, ou de férias, significa mais uma nova equipa a cada 8 horas (se os turnos forem de 8 horas (desconheço). Ainda há dias no Entroncamento existiram dois incêndios seguidos em edifícios de habitação diferentes e afastados e estiveram lá, segundo jornal local, 18 elementos, ora Tomar é muito maior e as probabilidade de existirem mais situações em simultâneo que necessitem da presença dos bombeiros são igualmente maiores.
Sonhando a média altura, diria que um valor razoável para o dia a dia normal seria em redor de 40 bombeiros operacionais, além dos de secretária, em permanência em cada turno… e para quem pensa que é muito, basta começar a arder um prédio a partir do rés-do-chão, ou um qualquer incêndio florestal detectado tardiamente e 40 elementos não chegarão nem de perto na maioria das situações. A menos é claro que adoptem técnicas, equipamentos e por vezes agentes extintores caríssimos que são muitíssimo mais eficazes que a água e por vezes até que a água com espuma… mas para os quais duvido que o município tenha dinheiro, embora se fosse eu o responsável eu colocaria o máximo de dinheiro nisso e estava-me a borrifar para o desporto, festas e similares e colocava tudo nos bombeiros municipais para tentar que com poucos elementos humanos colmatar as falhas tendo meios muito mais eficazes, e se sobrasse dinheiro (provavelmente nem chegava de perto) ainda tentava meter mais dinheiro na prevenção, sensibilização e coordenação geral via protecção civil municipal.
Raramente vejo ou ouço alguém do povo (pelo menos daqueles sem interesses políticos) dizer que se gastava demais em bombeiros ou protecção civil, excepto é claro em casos óbvios de abuso, como aqueles kits para incêndios florestais distribuídos em alguns lugares que não serviam para nada na prática e palermices do género.