Este é um problema que continua a envergonhar Tomar. Apesar de todos os alertas e denúncias, continua a verificar-se o problema das papeleiras cheias e o lixo espalhado na zona desportiva.
“Tem de escrever lá qualquer coisa que isto é uma vergonha. Há mais de uma semana que não recolhem este lixo. Está tudo cheio”, dizia-nos uma moradora que passeava o seu cão. Na mão segurava um pequeno saco à espera de encontrar uma papeleira onde o pudesse depositar. Aconteceu na manhã deste feriado de 10 de junho, mas é um cenário recorrente numa zona nobre da cidade, junto a uma esplanada e a um parque infantil.
Com a sucessão de feriados e pontes imagina-se que a situação vá continuar assim nos próximos dias.
O vereador Hélder Henriques (PS), responsável pelo pelouro da higiene e limpeza na câmara de Tomar, revela-se incapaz de resolver o problema. E Tomar continua a ficar mal na fotografia.
Com a conhecida competência administrativa da câmara, bem patente na pobreza franciscana dos projetos de obras e nos sucessivos desastres burocráticos, aposto que este caso das papeleiras a abarrotar tem uma explicação simples: Quando a Câmara transferiu os SMAS para a Tejo Ambiente e esta posteriormente subcontratou a uma empresa privada a recolha de resíduos sólidos (e limpeza urbana?), ninguém pensou nas papeleiras. De maneira que agora empurram uns para os outros, como habitualmente. E o trabalho fica por fazer. A Câmara tem funcionários a mais e falta de trabalhadores.
Nas próximas eleições já sabem. Continuem a votar nesta gente, que trata tão bem dos problemas da cidade e do concelho. Como este das papeleiras, por exemplo.
Não se pode ter tudo. Ou festarolas, almoçaradas, subsídios e passeatas, ou quem saiba tratar e trate mesmo dos nossos problemas.
Vergonhoso.