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A sina das obras em Tomar

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Tiago Carrao 2
Tiago Carrão*

É impressão minha, ou não há nenhuma obra pública em Tomar que acabe a tempo e horas? Que sina a nossa!

São dias, semanas, meses de transtorno para residentes, comerciantes, visitantes – muito para além do que seria expectável.

Bem sabemos que as obras são necessárias e bem-vindas. O investimento público é fundamental para o desenvolvimento do nosso território. Quando se trata de investimento com critério, bem estruturado, planeado e articulado. O que não me parece que seja o caso para as mais recentes obras públicas em Tomar.

Vejamos:

Foi assim com a Sinagoga.

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Foi assim com o Centro Comunitário para as famílias de etnia cigana.

Foi assim com a Ecovia da estrada do Prado.

Obras cujo prazo de conclusão foi largamente ultrapassado.

E é assim com o Centro Escolar da Linhaceira, que deveria estar concluído em maio de 2019. Quase um ano de atraso, para o qual nem o próprio Presidente da Junta de Freguesia encontra explicação.

Vai ser assim com a requalificação da Avenida Nuno Álvares Pereira, que deveria estar concluída em abril próximo. E provavelmente será também assim com a requalificação da Várzea Grande.

É caso para perguntarmos: tem mesmo que ser assim? Afinal de contas, o que é que falha? São erros nos projetos? São os empreiteiros que não têm condições para executar as obras no prazo estipulado? É falta de fiscalização? Atrasos nos pagamentos? São perguntas legítimas, uma vez que a Câmara Municipal não informa a comunidade tomarense do que se passa.

Facilmente se percebem os constrangimentos que se colocam a quem circula na cidade, seja de carro ou a pé. Já para não falar no estacionamento – caótico na envolvente da estação ferroviária e noutras zonas da cidade.

É um erro avançar para obras desta envergadura sem acautelar primeiro alternativas para as centenas de pessoas que diariamente estacionam na zona da Várzea Grande. Sofrem também os comerciantes, que veem o seu negócio ser afetado por sucessivos atrasos.

E não se vislumbra uma preocupação da parte de quem governa a Câmara Municipal em tomar medidas para minimizar estes problemas.

Duas das principais entradas na cidade, a Avenida Nuno Álvares Pereira e a Várzea Grande, estão neste momento em obras e são exemplos da falta de coordenação que existe nas obras municipais.

As obras da Várzea Grande estão já bem perto da Av. dos Combatentes da Grande Guerra, em frente à estação ferroviária. O que acontecerá se tiverem que ocupar a estrada e o trânsito ficar condicionado, com a Av. Nuno Álvares Pereira ainda em obras? Por onde entrará e sairá o trânsito em Tomar?

Mas será mesmo falta de estratégia, ou será que as obras estão afinal muito bem coordenadas com o calendário eleitoral – as eleições autárquicas de 2021 estão aí à porta e a obra tem que aparecer feita, doa a quem doer.

Tiago Carrão
*Vice-Presidente do PSD de Tomar

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2 comentários

  1. Qualquer ‘coincidência’ é pura ‘semelhança’

    De facto o PSD é engraçado, não porque não se ache razão no que aqui foi escrito, mas por vir o PSD lamentar a situação, isto porque o campeão nesta matéria é… o PSD!

    «É caso para perguntarmos: tem mesmo que ser assim? Afinal de contas, o que é que falha? São erros nos projectos? São os empreiteiros que não têm condições para executar as obras no prazo estipulado? (…) São perguntas legítimas, uma vez que a Câmara Municipal não informa a comunidade tomarense do que se passa.»

    | «Polis de Tomar atrasa 13 meses», O Mirante, 02-06-2004

    | «Última obra do Polis de Tomar chega com dois anos de atraso», O Mirante, 13-12-2007 [Esta nem chegou]

    “(…) Câmara quer transformar Flecheiro num local de animação nocturna.”

    “Se não houver mais contratempos, a requalificação urbana da zona ribeirinha da cidade fica concluída em Outubro de 2008. As obras devem avançar já em Janeiro.”

    Qualquer coincidência com o Programa Polis de Tomar quando a Câmara era do PSD é, necessariamente, pura semelhança!

  2. Este está com medo de ser esquecido e está a fazer pela vida…

    São obras é verdade e obras são quase sempre assim. Mas à quanto tempo não tínhamos obras com esta dimensão em Tomar? Não gostam paciência, mas se quando estiveram na câmara as tivessem feito nada disto acontecia agora. São obras, venham elas. Vivam as obras.

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