Com casa quase cheia, a praça de touros de Tomar foi palco pela primeira vez de uma peça de teatro. Na noite deste sábado, dia 24, o grupo Fatias de Cá representou a peça Viriato, para cerca de 2 mil pessoas.
O grupo temia que o tempo não ajudasse e que o espetáculo não resultasse, mas a adesão do público superou as expectativas e o balanço é positivo. Pretendia-se também demonstrar que a praça de touros pode servir para outros espetáculos que não apenas corridas de toiros, objetivo que foi alcançado.
A peça envolveu quase uma centena de pessoas entre atores e figurantes, além de cavalos, da escola equestre de Vitor Rodrigues.
Viriato foi estreada pelo Fatias de Cá há mais de 20 anos em Conímbriga e depois foi representada no castelo de Almourol. Em Tomar, havia a dificuldade em encontrar um espaço adequado para a peça e a ideia surgiu após conversações com a Misericórdia de Tomar, proprietária da Praça de Touros.
Escrita a partir do romance “A Voz dos Deuses” de João Aguiar, a peça tem encenação de Carlos Carvalheiro que é também responsável pela adaptação em conjunto com Filomena Oliveira.
O Fatias de Cá é um grupo de teatro criado em 1979 que tem como lema “não resistir a uma ideia nova nem a um vinho velho”.
João Mota
https://observador.pt/especiais/joao-mota-no-teatro-nao-ha-classe-nao-sei-se-quem-esta-ao-meu-lado-e-um-operario-ou-se-e-o-filho-de-um-ministro/
A quem tiver literacia e cultura suficientes para ler e entender recomendo vivamente a leitura no Observador da entrevista a João Mota.
Tenho a ideia que João Mota é de Tomar.
Ponderando o sucesso deste espectáculo requentado, penso que nem o público em geral nem os promotores da coisa sabem desse tal João Mota, nem dessa coisa a que chamam teatro.
É o país que somos. É o país de cá.