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Escavações arqueológicas revelam Tomar desde há mais de mil anos (c/ vídeo)

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Camada a camada, as escavações arqueológicas que decorrem nos terrenos anexos à sinagoga de Tomar revelam a história desta cidade desde o séc. IX, antes de Gualdim Pais, até aos nossos dias.

“Antes de Gualdim Pais cá chegar já existia aqui uma forte comunidade Islâmica e as provas estão à vista”, garante o arqueólogo Carlos Batata, responsável pelos trabalhos arqueológicos.

Até agora o balanço é “muito positivo”, pelos achados revelados, desde muros e estruturas de várias épocas, que se sobrepõem e que revelam uma grande ocupação humana.

Nesta altura, as escavações chegaram aos três metros de profundidade, atingindo-se a camada islâmica, que podemos situar nos séculos IX e X.

Carlos Batata faz questão de sublinhar a importância da presença islâmica em Tomar de que são prova por exemplo os cerca de 160 silos já encontrados um pouco por toda a cidade.

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No terreno que agora está a ser estudado foram encontradas moedas, cerâmica, faianças, jarras em vidro e um medalhão banhado a ouro pertencente a um cinto de mulher, entre outros objetos.

O destino das peças é o Instituto Politécnico de Tomar onde se acumulam em caixotes milhares de peças à espera de um futuro museu arqueológico que Tomar já merecia ter.

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22 comentários

  1. Tal significa que Tomar tem um potencial econômico com muitos séculos. Só a incompetência e falta de visão dos dirigentes dos ultimos 40 anos pode justificar a decadência local.

  2. Essa dos vestígios islâmicos não passa de mais uma palermice, numa terra de palonços. “As provas estão à vista” diz o pretensioso sr. Batata. Que provas? Onde? Que garantias há de que são mesmo da época islâmica? Está lá escrito?
    Mais uma versão da “célebre” calçada islâmica, nas ruínas dos Paços do Infante?
    Tal mestre, tais discípulos.
    Um cavalheiro que faz um relatório a pedido da autarquia, no qual propõe a desclassificação das “ruínas da Nabância”, em Cardais, monumento nacional desde 1911, pretextando que no presente não se conseguem localizar, não tem qualquer credibilidade científica. E a maioria autárquicas que, na sequência da proposta do sr. Batata, aprovou a desclassificação dessas ruínas romanas também não.
    Estamos confrontados com cada vez mais esterco em Tomar. Até na área dita científica.
    Tomar, cada vez mais capital da parvoíce.

    1. Será que Tomar é uma terra de palonços 🙁 🙁 🙁 :(e depois diz que Tomar cada vez é mais a capital da parvoice 🙁 🙁 Em que lugar, aldeia, vila ou freguesia vive Sr.,Hipólito Martins Castanheira?????O Sr. deve ser muito espero e nada parvo…desculpe, mas pense nas coisas antes de as escrever está a ofender TOMAR inteiro..eu de palhaço não tenho nada e de parva também não. Mais valia estar mudo e calado…desculpe! O Sr. Batata é um grande arqueólogo!

  3. A história é algo muito forte e realista. É o sentimento flui somente naqueles que a ama. Se o povo entendesse a história esses políticos e administradores entre aspas governantes…. O Brasil teria outra linha de vida…. Por isso que os políticos escraviza e mata esse povo…

  4. “Um futuro museu arqueológico que Tomar já merecia ter”, refere a notícia. Mais um desastre, após o dos museus da Levada? Ou pretende-se apenas criar mais uns lugares bem remunerados na função pública local?
    Que tal criar em Tomar o “Museu da mama”, uma especialidade com cada vez mais gente experiente no concelho?

  5. Quem não se sente não é filho de boa gente. Normalmente não respondo a pessoas como o Sr. Hipólito Correia. Não insulto nem ofendo ninguém gratuitamente. Faço o meu trabalho o melhor que sei e sou respeitado na comunidade científica pelos trabalhos de investigação que desenvolvo. Só acredita quem quer. Os Velhos do Restelo também não acreditavam nas Descobertas.

    1. Meu caro Dr. Batata:
      É muito confortável ficar-se sempre pelas generalidades e lugares comuns. No caso, seria porém bem mais útil explicar, se possível ilustrando com fotos e/ou factos, em que se baseia para sustentar que as camadas agora postas a descoberto são mesmo do período da alegada ocupação islâmica. Que objectos apareceram, que sejam indiscutivelmente maometanos?
      A fechar, um conselho: Nas próximas vezes seja mais cuidadoso ao citar o nome de quem o critica. Chamo-me Castanheira e não Correia. Assim como o senhor também é Batata e não Alperce.
      Quem se equivoca nos apelidos, não se enganará também nas sucessivas ocupações humanas do território nabantino?

  6. Muitas peças à espera de um futuro Museu Arqueológico que Tomar já merecia ter!!!

    Será que a Sra. Dra. Anabela… Presidente da Câmara só se importa com os eventos em TOMAR?!? … E as casinhas para os nossos amigos” Lelitos”, quando existem ucranianos, brasileiros,negros, chineses, indianos, venezuelanos que também precisam de uma casa para habitar?!?

  7. Dr. Carlos Batata, muito grato pelo trabalho que tem feito em prol da nossa cidade!
    Assuntos de maior elevação o preenchem e disso todos temos prova e evidência e as evidências do seu trabalho, assim como o dos seus companheiros são um contributo para todos nós e para a nossa identidade enquanto tomarenses.
    Eu tenho dito e já fiz questão de agendar reunião na Câmara Municipal para expressar a minha insatisfação e alertar a presidência enquanto cidadão, de que a nossa Cidade tem vindo sucessivamente ao longo das últimas décadas, a negligenciar a sua própria história e essa é uma negligência grave.
    Não só uma negligencia pela nossa história mas também por quem para ela contribui, que não é devidamente envolvido para a valorização do património e isto é muito grave.
    Como explica, não faz sentido uma cidade com a nossa história não ter um Museu Municipal que acompanhe a cronologia da cidade com todos os documentos históricos, achados arqueológicos e créditos do contributo das investigações e todos investigadores envolvidos, como expõe, todo o seu trabalho e dos seus companheiros de investigação é completamente desperdiçado e isto é uma ofensa á nossa identidade.
    A vida passa a correr, e as pessoas também, e com elas levam também a história que estudaram e a Cidade não soube aproveitar.
    Temos na nossa cidade entre o Sr. um conjunto de investigadores notáveis, reconhecidos além fronteiras, que dedicaram a sua vida à história da nossa cidade, a curva de aprendizagem que individualmente possuem acerca da nossa história é vasta e foi sempre ignorada pelas sucessivas presidencias da nossa cidade, pois preocupa-me esta questão, uma vez que as pessoas envelhecem e se desperdiça a oportunidade de contar com a sua preciosa contribuição para a construção do nosso património, e neste momento, dada a idade de alguns que avança os próximos breves anos serão a última oportunidade que a Cidade tem de poder aproveitar a sua contribuição.
    O assunto é do interesse público e na minha opinião urge fazer algo, a sociedade civil tem de tomar alguma iniciativa pois promover a nossa própria história, pois esta é a melhor oportunidade para a nossa cidade, é nela que está o seu tesouro.

  8. A liberdade de expressão, foi sem sombra de dúvidas uma das maiores conquistas de Abril…mas confundir liberdade de expressão com insultos e enxovalhos á dignidade das pessoas é uma coisa bem diferente, não concorda, Sr. Hipólico Martins Castanheira, ou heterônimo de outro qualquer?
    O Dr. Carlos Batata, ou mais informalmente, como gosta de ser tratado pelos amigos, Carlos Batata, é uma pessoa de elevado sentido altruísta, tomarense “dos quatro costados” e totalmente desprovido de “pretensiosismos” como alvitra aquele bloguista no seu chorrilho de impropérios.
    Contrariamente à prática de muitos pseudo-historiadores, ou “fazedores de opinião” o Dr. Carlos Batata não se limita a recolher e reproduzir as informações produzidas sobre determinados trabalhos e alterar-lhe a capa…. a sua ânsia de informação e busca das raízes, leva-o a realizar trabalhos de prospecção e escavação arqueológica que lhe permitem, dentro do que é possível na ciência da arqueologia, alicerçar e fundamentar as conclusões dos seus estudos e das suas teses;
    De facto, é no mínimo espantoso ou antes, confrangedor, constatar o nível de iliteracia deste bloguista ao colocar em causa a idoneidade e credibilidade científica do Dr. Carlos Batata relativamente às evidências da ocupação islâmica na região de Tomar; por certo as únicas “garantias” que convenceriam este senhor, seriam o achado da “lâmpada do Aladino”, preferencialmente acesa, e um árabe a tocar flauta ao mesmo tempo que a serpente se elevava do silo enterrado nas ruínas !
    No que concerne às ditas “Ruínas da Nabância” e à proposta de desclassificação efetuada pelo Dr. Carlos Batata, no âmbito do trabalho que lhe foi adjudicado pelo município para integração no Plano Director Municipal, e documento fundamental deste Plano, seria interessante e pedagógico que o Sr. Hipólico, antes de despejar a sua verborreia, efetuasse uma pesquisa histórica sobre as mesmas, da qual teria concluído:
    1. Em 1882, o Arquitecto e fundador da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Joaquim Possidónio Narciso da Silva efetuou escavações no lugar de Marmelais, colocando em evidência restos de casas, pavimentos em mosaico policromático, antigas ruas calcetadas cruzando-se em várias direcções, um cano de esgoto que conduzia ao rio e um forno de tijolo.
    2. A expensas próprias, Possidónio da Silva, contrata um guarda para zelar pela conservação dos vestígios encontrados e pela segurança dos objectos recolhidos numa estrutura provisória edificada perto das escavações.
    3. Por decreto de 16/06/1910 estas ruínas são classificadas como Monumento Nacional
    4. Em novembro de 1913, o Arqueólogo e Presidente do Conselho de Arte Dr. Leite de Vasconcelos visita as ruínas acompanhado pelo Dr. Vieira Guimarães. (Anais do Município de Tomar, Vol. IX
    5. Já no inicio do Séc. XX, o Conselho Superior de Monumentos, sucessora da Comissão dos Monumentos Nacionais debatia o valor histórico e arqueológico deste sítio, ponderando seriamente a hipótese de proceder à sua desclassificação ( site da DGPC – ruínas ditas da Nabância)
    6. Em 1946, o General João de Almeida, refere na sua obra “Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses” (pág. 303, vol. X) que naquela data “não existem ali os mais insignificantes vestígios”
    7. Efetivamente, tal constatação é reforçada pelo historiador Amorim Rosa na sua obra “História de Tomar” vol. I, (pág. 17) que refere : “ O Sr. Augusto César da Mota faleceu, a quinta foi vendida, e os novos proprietários, sem qualquer auxílio do Estado, foram mantendo “aquilo” à custa dos turistas…..a quem iam vendendo alguns souvenires. A guerra 1914-1918 diminuiu o número de turistas, e logo, os proventos dos proprietários. Estes, fartos de esperar, acabaram com tudo, cavando o terreno e semeando-o! Em 1921, segundo Pedro Vitorino no “Comércio do Porto”, estava tudo em ruínas!”
    8. Corroborando todas estas informações, e antes de propor a desclassificação destas ruínas, o Dr. Carlos Batata procedeu a exaustivos trabalhos de prospecção no local, confirmando a inexistência de quaisquer estruturas das antigas ruínas, encontrando ali apenas ténues vestígios de resíduos das construções (pedaços de telhas e algumas pedras soltas).

    Mais uma vez, senhor Hipólito, não se entende as suas insinuações de falta de credibilidade científica que atribui ao Dr. Carlos Batata, e muito menos, a forma malévola como remata o seu comentário !

    Sobre o Dr. Carlos Batata, do qual me orgulho ser grande admirador e amigo, importa ressalvar as suas origens humildes e todo o esforço e dedicação que sempre nortearam o seu percurso académico e profissional, sendo a sua competência reconhecida pelos mais credenciados arqueólogos e historiadores do nosso país.
    -Sócio co-fundador do Centro de Estudos e Protecção do Património da Região de Tomar (CEPPRT) em 1976, juntamente com muitos outros tomarenses, dos quais eu próprio me incluo;
    – Responsável pelo desenvolvimento da arqueologia na região de Tomar, acompanhando desde 1976 a grande maioria dos trabalhos e escavações arqueológicas realizadas no concelho pelo CEPPRT e por outras entidades convidadas;
    – Autor da carta arqueológica do concelho de Tomar, editada pelo CEPPRT em 1997;
    -Responsável por inúmeras escavações arqueológicas realizadas em todo o país;
    – Autor de várias obras, artigos científicos e participação em colóquios e seminários internacionais;
    – Autor da carta de condicionantes arqueológicos que integra a Revisão do Plano Diretor Municipal de Tomar;
    -Autor da revisão e actualização da Carta Arqueológica do concelho de Tomar a publicar no próximo mês de setembro;

    É caso para lhe perguntar Sr. Hipólito:
    Esta breve descrição do curriculum do Dr. Carlos Batata é suficiente para lhe conferir algum crédito científico, ou ainda lhe continua a cheirar a esterco ? é que, se assim for o caso, só me resta sugerir-lhe que levante os pés e verifique se o problema não está na sola dos seus sapatos!

    Vitor Silva

    1. 1- Olhe sr Vítor, nunca fui nem sou bloguista. Apenas escrevo uns pobres comentários, pelos vistos demasiado agressivos e mais não sei quantos, de tempos a tempos.
      2 – Iliterato em História será o sr. pois, segundo julgo saber, se formou em engenharia como estudante-trabalhador, um regime que todos sabemos muito favorável para os alunos.
      3 – Escreve o sr. que “É no mínimo espantoso ou antes, confrangedor, constatar o nível de iliteracia deste bloguista ao colocar em causa a idoneidade e credibilidade científica do Dr. Batata relativamente às evidências da ocupação islâmica na região de Tomar…”
      Deixe-se de lérias e de alardear indignação. Respeite o seu título académico. Enumere essas alegadas evidências da ocupação islâmica, não na região de Tomar como escreve, mas concretamente em Tomar. Não tente enganar as pessoas, confundindo amiguismo com rigor, imparcialidade e respeito pela verdade histórica.
      4 – Decerto saberá que, à excepção do Dr., nada do escreveu sobre o seu grande amigo Batata o credencia no mundo académico. Útil poderia ser a lista de publicações dele, caso exista, com a indicação das obras ou revistas especializadas onde podem ser consultadas. De paleio provinciano estamos todos fartos.
      5 – O seu comentário-resposta, em estilo algo precipitado, que até chega a maltratar o ritmo frásico, é muito curioso, ou peculiar, para dizer o mínimo sem vir a ser acusado de agressividade. Por um lado, defende a desclassificação de umas ruínas romanas antes monumento nacional e muito documentadas por si próprio, dado que entretanto terão desaparecido por incúria humana. Por outro lado, defende o seu amigo Dr. Batata, quanto a “evidências de ocupação islâmica na região de Tomar”, que salvo provas em contrário, até agora só o sr., o sr. Dr. Batata e amigos é que conhecem.
      Na minha imensa ignorância, confesso que a única referência documentada à alegada ocupação islâmica em Tomar que conheço é a do cerco de 1190, que durou seis dias, após o que “o dito rei tornou para a sua terra com inumerável detrimento de homens e de bestas”.
      Caso o sr, Eng. ou o sr. Dr. Batata, ou os vossos apaniguados, conheçam outras, pois venham elas quanto antes. Mas, por favor, mais balelas não! Tenho mais que fazer.

    2. O sr. Vítor traz para aqui, com este seu alambicado e malcriado texto, aquele princípio bem conhecido nos meios da bola, segundo o qual “a melhor defesa é um bom ataque”.
      Enganou-se. Nestas coisas da arqueologia, como em muitas outras na área do saber, o fundamental são os factos. Só na política à portuguesa é que imperam e bastam as opiniões, mesmo se infundamentadas.
      Comporte-se, respeitável sr. Vítor. Não sendo o sr. historiador nem arqueólogo de formação. se conhece por mero acaso alguns factos, verificáveis por todos, que possam apoiar a afirmação, meramente opinativa, do seu amigo Dr. Batata, sobre a hipotética ocupação islâmica em Tomar, avance-os.
      Deixe-se de tretas encapotadas, para tentar defender um amigo, que afinal só prejudicam a ambos. Ao sr., porque francamente… Ao Dr. Batata, porque com amigos assim…

  9. O seu comentário chega a ser cómico, Srª Dª Ana Paula. Logo a abrir porque a senhora parece ignorar que os vocábulos palonço e parvo são sinónimos, pelo que uma terra de palonços pode ser também uma capital da parvoíce. Depois porque não ofendi todos os tomarenses. Os chapéus só servem a quem os queira enfiar na cabeça. Porque será que a senhora se sentiu tão ofendida? Diz a senhora que não tem nada de palhaço e de parva também não. Acredito, embora nada me garanta que assim seja, para além da sua palavra, o que me parece pouco.
    Quanto a eu dever estar calado, ou o sr. Batata ser um grande arqueólogo, são outras opiniões suas, que valem o que valem tendo em conta quem as escreveu.
    Seja feliz, se puder.

  10. Caro Sr. Castanheira afigura-se que o senhor é tambem um grande arqueólogo. Mas chamar parvo ou palonço a quem trabalho no terreno a fazer investigação nao será de bom tom. Se calhar, para uma melhor investigação que é muito importante, o senhor deveria juntar os seus vastos conhecimentos aos do sr. Batata.
    Sendo habitante desta cidade há pouco tempo ficaria muito feliz por saber a historia vastissima da cidade que escolhi para viver.

    1. 1 – Não minha senhora, não sou arqueólogo. Nem grande nem pequeno. Apenas um modesto historiador amante da sua terra e da verdade histórica.
      2 – Não chamei parvo ou palonço a ninguém em particular. Limitei-me a ousar escrever o que é do conhecimento geral: -que a população tomarense não prima pela inteligência, nem pela intervenção cívica.
      3 – Ser ou não ser “de bom tom” ´mais não é afinal que uma visão subjectiva da realidade, em geral usada para tentar camuflar questões menos agradáveis. Esta, por exemplo: A crítica que fiz é justa ou injusta? O resto não passa de música para embalar.

  11. Li com muita atenção os comentários assim como as resposta e perante o que li questiono o seguinte:

    Porque é que as pessoas andam tão amargas e agressivas umas com as outras?
    Acho que Tomar, até pela sua cultura pelas suas belezas e povo em geral merecia um pouco mais de elevação de pessoas que demonstram conhecimento e grau académico tão elevado.
    Será que em vez de se hostizarem dialogar e trocarem conhecimento em nome de TOMAR não seria mais produtivo para o bem comum?

  12. O povo em geral, meu caro senhor Mário, merece aquilo que tem. E mais não.
    Nada de confundir acutilância deliberada com frases amargas ou agressivas. Após 45 anos de democracia, não será já tempo de encarar as coisas sem rodeios? De ousar “chamar os bois pelos nomes”?
    No que me toca, não procuro hostilizar, mas tão pouco me submeto às estranhas regras locais, em nome das quais qualquer escrito contra o que está é logo classificado como demasiado agressivo.
    No meu entender, o ideal será que os tomarenses que ainda pensam se orientem doravante no sentido de favorecer a substância e não o estilo.
    Ocupação islâmica? Forum de Sellium? Banhos sagrados (mikva) ao lado da Sinagoga? Vestígios islâmicos nos Paços do Infante? Por favor apresentem provas inequívocas, ou deixem-se de brincar com coisas sérias. Não envergonhem ainda mais os tomarenses, cuja reputação académica já não é nada boa entre os historiadores por esse país fora.

  13. Fico satisfeito por verificar que o Sr. Hipólito afinal sempre consegue opinar dentro das condutas mínimas da “boa educação”! ….constato também que me conhece, ou julga conhecer, o que lhe confere alguma vantagem, pois contrariamente a si, não me escondo atrás de qualquer heterônimo!
    Efetivamente, e mercê das minhas origens humildes, tive de começar a trabalhar com 18 anos, o que me obrigou realizar a formação académica na qualidade de trabalhador-estudante; fiz o 12º ano na Escola S. Maria do Olival em regime noturno, o bacharelato em Engª Civil em regime pós-laboral no IPT, a licenciatura em Engº Civil Municipal na Escola Sup. de Engenharia de Coimbra também em regime noturno e a pós-graduação na Univ. de Coimbra, igualmente em regime noturno. Como vê, e se tiver em conta que já trabalhava e era chefe de família, certamente reconhecerá que foi uma missão extremamente fácil, sobretudo comparando com quem fez e faz estes percursos em regime de exclusividade, como porventura terá sido o seu.
    Permita também que o corrija quando refere que o regime de trabalhador-estudante é muito favorável para os alunos; não sei em que se baseia para fazer esta afirmação, mas garanto-lhe que o meu curso não foi obtido através de exames ad-hoc ou por “equivalências”; pelo contrário, foram muitas noites sem dormir e muito sacrifício pessoal e familiar!
    Mas voltando ao tema principal, e uma vez que me parece conformado com a informação que lhe prestei sobre as ditas “Ruínas da Nabância”, ou antes sobre o fim das mesmas, e constatando que o mesmo não se passa relativamente à ocupação islâmica em Tomar, dir-lhe-ei que apesar de não ser arqueólogo, sempre me interessei por esta área, especialmente, pelo período da romanização. No que toca ao Islamismo, reconheço as minhas limitações, pelo que, lhe sugiro, caso a sua demanda seja realmente “a história de Tomar” e não outro qualquer fito, que procure o meu amigo Dr. Carlos Batata que se encontra a escavar o Logradouro anexo à Sinagoga, e que, certamente sem qualquer ressentimento, lhe prestará todas as informações e esclarecimentos que necessitar, isto é, se tiver coragem de despir a máscara e dar a cara.
    Tal como pediu, e não querendo ser exaustivo, aqui lhe deixo algumas publicações, extraídas do extenso curriculum do Dr. Carlos Batata:
    1 – BATATA, Carlos e GASPAR, Filomena, Levantamento Arqueológico do concelho de Pampilhosa da Serra, Coimbra, 1994;
    2 – BATATA, Carlos, As Origens de Tomar – Carta Arqueológica do Concelho, ed. Centro de Estudos e Protecção do Património da Região de Tomar (CEPPRT), Tomar, 1997;
    3 – BATATA, Carlos, Carta Arqueológica do Concelho de Sertã, ed. Câmara Municipal de Sertã e União Europeia, Sertã, 1998;
    4 – BATATA, Carlos e GASPAR, Filomena, Levantamento Arqueológico do concelho de Vila de Rei, Vila de Rei, 2000;
    5 – BATATA, Carlos e ARSÉNIO, Paulo, Carta Arqueológica do concelho de Ferreira do Zêzere, Ferreira do Zêzere, Abrantes, 2006;
    6 – BATATA, Carlos António Moutoso, Idade do Ferro e romanização entre os rios Zêzere,Tejo e Ocreza (Tese de Mestrado), Trabalhos de Arqueologia, nº 46, Instituto Português de Arqueologia, Lisboa, 2006;
    7 -BATATA, Carlos; BORGES, Nelson; CORREIA, Heitor e SOUSA, Albertino, Carta Arqueológica do concelho de Vila Pouca de Aguiar, Vila Pouca de Aguiar, Abrantes, 2008;
    8 – BATATA, Carlos e GASPAR, Filomena, Carta Arqueológica do concelho de Pampilhosa da Serra, Coimbra, 2009;
    9 – BATATA, Carlos (Ed.), Actas do VI Simpósio sobre Mineração e Metalurgia no Sudoeste Europeu, realizado na Casa de Artes e Cultura do Tejo (Vila Velha do Ródão), nos dias 18, 19 e 20 de Junho de 2010. SEDPGYM. Abrantes, 2011;
    10 – BATATA, Carlos e GASPAR, Filomena, Carta Arqueológica do concelho de Vila de Rei, Vila de Rei, 2013;
    Já agora, por mera curiosidade, seria interessante conhecer o seu vasto, multifacetado e magnânimo curriculum, Sr.Hipólito!
    Tal como o senhor, também eu tenho mais que fazer…, por isso, e tal como refere num comentário anterior… faça o favor de ser feliz! E já agora, deixe de espalhar o seu veneno como um lacrau!

    1. Mas quanto às tais evidências da apregoada ocupação islâmica em Tomar, nada!
      Embora já esperado, é triste.
      Fica para melhor oportunidade?
      Quando e onde?
      Falar com o seu amigo Batata? Para quê? Cesteiro que faz um cesto, faz um cento.

  14. Chamaram-me a atenção para determinada heteronímia aqui nos comentários…
    Lembrei-me de vos brindar com uma canção:

    Noutro tempo a fidalguia
    Que deu brado nas toiradas
    Andava p’la mouraria
    Em muito palácio havia
    Descantes e guitarradas

    E a história que eu vou contar
    Contou-ma certa velhinha
    De uma vez que eu fui cantar
    Ao salão de um titular
    Lá p’ró paço da rainha

    E nesse salão dourado
    De ambiente nobre e sério
    Para ouvir cantar o fado
    Ia sempre um embuçado
    Personagem de mistério

    Mas certa noite houve alguém
    Que lhe disse erguendo a fala
    Embuçado, nota bem, que hoje não fique ninguém
    Embuçado nesta sala!

    E ante admiração geral
    Descobriu-se o embuçado
    Era el-rei de Portugal, houve beija-mão real
    E depois cantou-se o fado

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